blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com

domingo, dezembro 31, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Natalie Portman

... uma parte muito importante da exploração mineira está concluída! Estafada, mas contente, desejo um feliz 2007 a todos!

sábado, dezembro 30, 2006

Gostar (muito) de homens©

Image Hosting by PictureTrail.com
George Michael
The sound of bomba

"Gotta have some faith in the sound
It's the one good thing that I've got"

Freedom, George Michael
[Pub.]©

Image Hosting by PictureTrail.com
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer

- Nem sempre. Começo pelas notícias menos boas: o Frescos está inactivo e o Perguntar Não Ofende deixou de fazer perguntas. Tá mal!
- Para compensar, a batukada volta a moodswingar. Iupi!
- Claro que percebo, João. Absolutamente de acordo com este post.
- Pedro Correia afirma que a vida humana é um valor absoluto: não sei (ou seja, há pelo menos 50% de hipóteses de o ser). Tenho uma opinião radical a respeito de assassinos (e não só) e que é a seguinte: não têm recuperação possível. Não falo de quem mata para se defender, mas de quem mata, como fez Saddam Hussein, e como fizeram e ainda fazem (cada um à sua medida, de acordo com as suas possibilidades...) tantos como ele, para controlar, dominar e por prazer. Não pode haver espaço neste mundo para essas pessoas como existe para as outras que não cometem crimes hediondos. A pena de morte é algo terrível e é evidente que o enforcamento (e logo a brutalidade da imagem da corda à volta do pescoço) mesmo de um tirano é algo de uma violência tremenda para nós (europeus, portugueses, jovens trintões), mas - repito - não sei. A verdade é que continuo sem saber o que se pode fazer perante tanta maldade. Quando tiver uma solução, escrevo, está bem? Ah, sou a Charlotte, muito gosto e votos de um feliz 2007.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Nas bancas!

Image Hosting by PictureTrail.com
The sound of bomba: Sweet Justice, Jill Scott.
Ninho de cucos (78)

Image Hosting by PictureTrail.com

Comprei o mesmo calendário para 2007 do que no ano passado, para 2006. Não, não quero propriamente repetir o ano. A explicação não é assim tão prosaica (sim, tenho uma explicação para este acto impulsivo). Mas os cartoons são diferentes, claro. De todos, o meu preferido para 2007 é o que ilustra o mês de Novembro. Vemos uma série de gatos no paraíso, todos com asinhas, a arranhar sofás. Um mês hedonista?

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Dos Modernos: talvez o livro que mais esteja a gostar de ler ultimamente seja este com os textos essenciais sobre a psicanálise, de Freud, apesar da tradução nem sempre clara e da edição com uma letrinha mazota para caixas-de-óculos. A dada altura (na página 150), Freud afirma muito claramente o seguinte: "A psicanálise está baseada na análise dos sonhos; a interpretação dos sonhos é o trabalho mais completo que a jovem ciência fez até ao presente." Isto é de um arrojo impressionante! E depois continua (na página 156) com um descaramento que só lido: "A psicanálise pede apenas que apliquemos este processo de inferência a nós próprios - procedimento a que, é verdade, não estamos constitucionalmente inclinados. Se o fizermos, somos obrigados a dizer: todos os actos e manifestações que noto em mim e que não sei ligar ao resto da minha vida mental devem ser julgados como se pertencessem a outra pessoa qualquer: terão de ser explicados por uma vida mental imputada a essa outra pessoa." Estou a passar por uma fase de difícil leitura (muito técnica) em que fala sobre o inconsciente, mas até agora, nada de mãe, nem de pai e muito menos de avô ou de avó. Mas, afinal, quem foi a mãe de Medeia? Ou a mãe de Jocasta? Pode Antígona ter tido a mãe como avó, dado que teve a avó como mãe, por mero acaso decidido pelos deuses?

Adenda: perante termos como "investimento", "pré-consciente" e "impulso de amor", decidi ler a complicada parte em que Freud explica o conceito de inconsciente, com uma pequena ajuda. Mas o próprio escreve o seguinte: "O que conseguimos reunir nas discussões precedentes é provavelmente tudo o que podemos dizer a respeito do Ics. [inconsciente] (...). É verdade que não é muito e em certos pontos dá-nos a impressão de obscuridade e confusão; e, acima de tudo, não oferece qualquer oportunidade de se coordenar ou inserir o Ics. num qualquer contexto que nos seja familiar." (p. 177) Se é assim, fico mais descansada.

Segunda adenda: um momento! Descubro que o meu Marido é proprietário do Dicionário do Inconsciente, sob a direcção de Jacques Mousseau e Pierre-François Moreau, editado pela Verbo. Ah, isto agora é que vai aquecer!
Bom em todas as línguas

"Tal como o físico, o psíquico também não é, na realidade, necessariamente, aquilo que nos parece ser."

Sigmund Freud, Textos essenciais da psicanálise, volume I, tradução de Inês Busse, Publicações Europa-América, 2001, p. 158.
Metabloggers do it better (42)

Tenho a seguinte teoria: quem está na blogosfera ininterruptamente há três anos (ou mais) - mesmo quem começou como leitor e depois decidiu criar o seu blogue - nunca mais daqui sai. Esses blogues não acabam. Mas atenção que se pode tratar apenas de um entusiasmo matinal da minha parte.
Metabloggers do it better (41)
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Christina Ricci

... frio? A sério? Mas muito frio mesmo? Não pode ser. Aqui nas minas está um calor insuportável.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Estado em que se encontra este blogue

Image Hosting by PictureTrail.com

Mais um esforço na exploração mineira antes do fim do ano. Até daqui a uns dias!
The sound of bomba: Whistle While You Work, Snow White.

sábado, dezembro 23, 2006

"- Cabum?
- Yes, Rico. Cabum."

Blockbomba: Wittgenstein (não sei se foi por não ter nenhuma expectativa que gostei do filme).
Coisas que melhoram algumas vidas (57)

Image Hosting by PictureTrail.comImage Hosting by PictureTrail.com
Metabloggers do it better (40)

Percebi que a minha resistência à utilização dos termos "umbiguismo" ou "umbiguista" se deve a um entendimento muito diferente dos seus significados. Diga-se, então, "umbloguismo" ou "umbloguista" e passarei a utilizá-los sem reservas.
Dos Modernos: inconsciente e memória são sinónimos.
Bom em todas as línguas

"Ideias contrárias são expressas nos sonhos preferentemente por um só e mesmo elemento. O 'não' parece não existir no que diz respeito aos sonhos. A oposição entre dois pensamentos, a relação de inversão, pode ser representada por outra parte do conteúdo do sonho transformada no seu oposto - como que por uma reflexão posterior. Falemos de outro método de exprimir uma contradição. A sensação de inibição do movimento, que é tão comum nos sonhos, serve também para exprimir a contradição entre dois impulsos, um conflito de vontades."

Sigmund Freud, Textos essenciais da psicanálise, volume I, tradução de Inês Busse, Publicações Europa-América, 2001, p. 119.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Jessica Simpson

... tudo resolvido no eixo Cartier-Hermès.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

The sound of bomba: Santa Baby, Kylie Minogue.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Kylie Minogue

... ora, 22 de Dezembro e apenas um presente comprado. Enfim, um clássico natalício.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Os meus blogopreferidíssimos* em 2006?

Image Hosting by PictureTrail.com

- Qualquer palavra escrita pelo Alexandre Soares Silva e o seu lindíssimo StumbleUpon.
- Os posts apagados ou não do maradona.
- O Paulo Pinto Mascarenhas, o José Pacheco Pereira, a Isabel Goulão, o Filipe Nunes Vicente, o Paulo Gorjão, o Luís M. Jorge (a quem eu gostava de dar um conselho, mas não tenho lata para isso), a Lucy Pepper, o Miguel Castelo-Branco (a quem eu gostava de dizer uma coisa, mas não tenho coragem), o Paulo Cunha Porto, a Sam, o Groucho, o Tomás Vasques, o Eduardo Pitta, o João Gonçalves (a quem eu quero dizer que difícil a sério é dizer bem com a mesma veemência com que se diz mal), o Pedro Mexia, o Francisco José Pessoa Viegas, a Margot, a Batukada, a Rititi Barata Silvério, a Sofia Vieira, a Tati, o João Morgado Fernandes, o Impensado, o Almocreve, o Luís Carmelo, o José Bandeira (o blogue é excelente, será coisa que se diga?), o Edgar, o Tiago Cavaco, o Nuno Miguel Guedes (preferido na blogosfera e fora dela - ai, será que isso existe?) e o recém-chegado Rogério Casanova.
- O Jansenista: o melhor de todos nós.

* blogopreferidos são todos os que se encontram na lista ao lado.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Elizabeth Taylor

... e a lista, Deus meu, e a lista...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

The sound of bomba: É preciso muito amor, Agepê (este sim, o verdadeiro samba natalício, cuja letra já cá estava, que não ouvia há muito tempo e do qual ando há anos à procura. Uma salva de palmas para o limewire!).
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Ava Gardner

... a questão é esta e mesmo muitos anos depois continua a ser a mesma. Não há nada a fazer e ainda bem. Ah, e a fotografia de Ava Gardner é espantosa: o penteado inacreditável e a expressão entre o pânico e a curiosidade, a ânsia ou a simples curiosidade de saber o que por aí vem.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Canções de Natal (6)
Canções de Natal (5)
Canções de Natal (4)
Canções de Natal (3)
Enfim, um episódio de puro génio! ("Is anyone offended by mistletoe?")
Canções de Natal (2)
Canções de Natal (1)
Ninho de cucos (77)

Image Hosting by PictureTrail.com
Ninho de cucos (76)

Image Hosting by PictureTrail.com

Ninho de cucos (75)

Image Hosting by PictureTrail.com

segunda-feira, dezembro 18, 2006

The sound of bomba: Se eu soubesse que tu vinhas, Simone.
Se eu soubesse que tu vinhas...*

Entrámos naquela época do ano em que todos esperamos que nos dediquemos uns aos outros, que perdoemos as pequenas traições e, já agora, as grandes, e que nos esforcemos por compreender e tolerar coisas que, na Primavera ou sob o sol escaldante de Agosto, desprezaríamos sem pestanejar. Com o Natal chega uma vaga ideia da necessidade da partilha. Vaga porque há coisas mais importantes para fazer, como comprar, comprar e comprar. Substituímos a partilha pela troca, por uma espécie de intercâmbio rotineiro. No outro dia, quando percebi que ao meu lado, na livraria, estava um cavalheiro a comprar 15 exemplares do mesmo livro, pensei que havia qualquer coisa estranha neste neo-Natal. Não que seja errado oferecer o mesmo livro a 15 pessoas diferentes, mas lá que é estranho é. Quando cheguei a casa, percebi que o meu problema era outro: tinha ficado roída por não ter tido essa ideia genial. Mas ainda vou a tempo.

O encanto da partilha consiste simplesmente em dar qualquer coisa a alguém, talvez mesmo a muita gente e ao mesmo tempo, sem esperar nada em troca. Sempre que penso em "partilha" imagino uma aula, uma conferência, um almoço de família, uma conversa entre amigos. A partilha é colectiva e implica a presença de todas as pessoas envolvidas nesse acto de generosidade. Uma argentina residente em Portugal deu-me um bom exemplo de partilha. Ao conversarmos sobre o mate - uma infusão popular no Uruguai, no Paraguai, no Rio Grande do Sul e na Argentina -, a Paula explicou-me que não se trata de uma actividade solitária, como tomar uma chávena de chá a meio da tarde. O encanto do mate está na partilha: cada pessoa toma a infusão do mesmo recipiente e pela mesma bombilha. A água quente é acrescentada à medida que vai sendo necessária. Mesmo que não se goste da bebida, o ritual é interessante.

Outro hábito do Natal, que muitos fazem cada vez mais por esquecer, é a hospitalidade. Aparecer sem ser anunciado, bater à porta sem aviso prévio, é mal visto, mesmo no Natal. Não haverá aqui uma contradição flagrante? O espírito natalício está pela hora da morte! Em vez do habitual Jingle Bells, proponho que cantemos "Se eu soubesse que tu vinhas», como a brasileira Simone: "Ai, meu bem, se tu soubesses / Que a surpresa da presença / Me maltrata mais que a dor / Que eu sofri com a descrença". Aparecer de surpresa pode ser mais terrível do que permanecer desaparecido. Embora o tema de Martinho da Vila seja sobre a paixão, associo-o a uma distorção da ideia de filoxenia grega, ou de "amor pelo estrangeiro".

Quando na Odisseia, Atena disfarçada de rei Mentes entra no palácio de Ulisses, ninguém questiona se o estrangeiro há-de ser recebido de braços abertos ou com um sorriso amarelo acompanhado de um "volte mais tarde". Penélope sofre com a presença dos pretendentes no palácio, mas não os expulsa. Um caso de hospitalidade aguda? Gostaria de pensar que sim, mas a explicação é mais prosaica: Penélope era uma mulher frágil, o marido estava ausente e naquele tempo não havia espingardas. A pergunta "o que está aqui a fazer?" não é feita ao filho de Ulisses, Telémaco, quando aparece acompanhado por Atena, de novo disfarçada, na corte do rei Nestor. Ambos são convidados a sentar-se, a comer e a beber. Só depois o rei se dirige aos estrangeiros e lhes pergunta quem são.

Do amor ao estrangeiro (filoxenia) passámos ao ódio ao estrangeiro (xenofobia). A partilha está presente no primeiro conceito e ausente no segundo. Os gregos inventaram os opostos e o mundo civilizado fechou-se em casa a ver televisão.

* Texto publicado a 10-12-05, na Única.

domingo, dezembro 17, 2006

Coisas que melhoram algumas vidas (56)

Image Hosting by PictureTrail.com

Uma maravilha!
Ninho de cucos (74)

Tenho o gato Varandas como companhia quase permanente nas minas. Na maior parte das vezes dorme, enquanto eu com a picareta lá ando a ver se descubro alguma coisa de jeito. Sempre que me sento e suspiro por cansaço ou por temporário desalento, o bichano levanta a cabeça e olha para mim. Reprovando as minhas interrupções, por vezes mia qualquer coisa como: "Então, pá, isso vai ou não vai?" Freud estava certo quando disse que o tempo passado com um gato nunca é mal gasto.
The sound of bomba: Rivers of Love, Lisa Ekdahl.

sábado, dezembro 16, 2006

João: proponho que fechemos o negócio em filósofo.
Gostar (muito) de homens©

Image Hosting by PictureTrail.com
Bom em todas as línguas*

Helen

All Greece hates
the still eyes in the white face,
the lustre as of olives
where she stands,
and the white hands.

All Greece reviles
the wan face when she smiles,
hating it deeper still
when it grows wan and white,
remembering past enchantments
and past ills.

Greece sees unmoved,
God's daughter, born of love,
the beauty of cool feet
and slenderest knees,
could love indeed the maid,
only if she were laid,
white ash amid funereal cypresses.

H. D., 1924

* mesmo no original.
Metabloggers do it better (39)

"Emendo posts que releio. Às vezes são meros erros de dactilografia, outros por não estar bem assim, por me parecer - e estar - abstruso e emendo pela mera irritação de não querer aquilo. Outros posts, deveria apagá-los: as palavras, por escritas, não devem deixar de ter o direito ao momentâneo, a serem coisas breves e desde logo semi-esquecidas." Impensado.
Muitos blogoparabéns: ao Je Maintiendrai pelo seu primeiro aniversário!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Hilary Swank (Calendário Pirelli 2007)

... lembro-me vagamente de o ex-estimado Jansenista falar de certo fato de amianto, coisa um bocado quente para usar no Verão, mas que agora com este frio talvez possa experimentar, só para ver como se sente... Pois li o artigo de Christopher Hitchens que sugeriu e... damn, he's good. Mas calma: há diferenças entre ter piada, ser alegre e ter sentido de humor e julgo que Hitchens se refere sobretudo ao primeiro ponto: as mulheres não têm piada porque 1) não precisam de ter para conseguir nada dos homens; 2) porque o humor é um sinal de inteligência e as mulheres sempre foram educadas a não desenvolvê-la excessivamente para não intimidar os homens (e aqui Hitchens passa um atestado de burrice ao sexo masculino); porque as mulheres têm a suprema tarefa da reprodução, "and that is no laughing matter" (aqui Hitchens marca pontos porque além de apontar uma questão seríssima - eu acho que ele nem percebe muito bem o que está a dizer ou pelo menos não desenvolve - tem imensa graça); 4) porque o humor (no sentido de comédia do termo) é sobretudo uma actividade agressiva e toda a gente sabe que com as mulheres a coisa é mais gatinhos e bordar e ZzZzz... coisas quidas, o que me leva ao ponto principal do artigo e que é 5) fazer piadas está relacionado com o poder e o poder é uma coisa masculina. Ah, Hitchens... é isso. Façamos o seguinte teste: uma mulher num grupo de homens faz uma piada a um deles em frente aos outros. Se a mulher ocupar um lugar de chefia, é abuso; se ocupar um lugar subalterno é falta de educação. Seja como for, minhas senhoras, arrisquem e força com as piadas, porque se o grupo de homens for inteligente (e, como tal, não se sentir ameaçado) podem acontecer coisas como a empatia, que leva a relações muito duradouras (de amizade, amorosas, profissionais). Hitchens não refere uma questão que me parece importante: o humor (a ironia, a comédia, enfim) está directamente associado à leitura e à formação superior e a educação das mulheres é algo relativamente recente (40 anos, 50?). Se bem que há excepções. Uma das mulheres que conheço com mais graça nunca leu um livro na sua vida. Inversamente, um dos homens que conheço com mais graça, é um génio, um sábio com toneladas de leituras. Quanto ao outro artigo que o não é nada ex-estimado Jansenista recomenda, fiquei com curiosidade para ler o livro de Laura Kipnis por causa desta frase de Emily Nussbaum: "Kipnis is especially smart on the ways in which the rhetoric of women's empowerment has turned into an airless culture of complaint, a syndrome one might call 'bad-dog feminism' - that defensive 'you go, girl!' posture that treats men as brainless puppies who need a good smack on the nose with a newspaper." É verdade que essa postura existe e, ainda por cima, teve graça na descrição.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Adenda: recordo que Nuno Rogeiro (que não conheço pessoalmente) é uma espécie de padrinho por afinidade do bomba inteligente por causa de uma frase da sua autoria e que foi direitinha para o blogue como o seu primeiro post. Memories...
Nuno Rogeiro: ontem felicitei Nuno Rogeiro pela intervenção naquela reunião de mentecaptos em Teerão. A coragem implica impulsividade, ingenuidade e optimismo. Não vejo nenhum mal em nada disso, pelo contrário. Às vezes, é preciso atirarmo-nos de cabeça, mesmo que acabemos com ela partida. Vejo agora pelo Corta-Fitas a notícia de que Nuno Rogeiro terá desistido de fazer a sua intervenção. Está no seu pleno direito. Percebeu que tudo aquilo era uma farsa e desistiu. A minha compreensão para o comentador em ambos os momentos.
The sound of bomba: I Can See Clearly Now, Holly Cole.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Gong Li

... "Time present and time past / Are both perhaps present in time future, / And time future contained in time past. / If all time is eternally present / All time is unredeemable." O início de Burnt Norton dos Four Quartets, de T.S. Eliot, parece acompanhar bem esta extraordinária imagem de Gong Li, mas a verdade é que os versos de Eliot sobre o tempo podiam acompanhar qualquer fotografia. Mas Eliot e Gong Li, assim suspensa, surgiram por causa deste post da Sam - muito bem observado! - acerca da memória e da ausência de paz de espírito de quem tudo se lembra. A parte trágica dessa tensão permanente de que a Sam fala leva-nos a viver apenas no presente - na medida em que a memória cristaliza todas as coisas - e à consciência de incapacidades várias; como, por exemplo, a impossibilidade de perdoar. Ou, pior ainda, de refazer qualquer coisa. Ter memórias muito más dos seis anos de idade, por exemplo, pode ser uma angústia: não dá para refazer nada. Ou dará? Claro que não ajuda, mas como agora tenho esta nova paixão, associo tudo a ela: em hebraico, não existe o tempo presente, só o passado e uma espécie de futuro. Como se o presente fosse qualquer coisa que cada um tivesse de resolver por si próprio.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Bedtime stories (5)
Três coisas

- Juro que não tenho nada a ver com este assunto! Não consta que os dois portugueses tivessem blogues nomeados...
- O atentado de ontem no Iraque é um acto de maldade particularmente repugnante. Um bombista (não gosto da designação bombista-suicida, porque parece desculpabilizar o crime: soa a qualquer coisa do género "matou, mas também morreu"; não gosto, não consola ninguém) atraiu uma série de desempregados, prometendo-lhes emprego. Quando se aproximaram, fez-se explodir. Uma coisa abominável.
- Uma salva de palmas de pé para Nuno Rogeiro, our man naquela infâmia em Teerão. Bravo!
Não são horas

Estou comovida com a entrevista do Miguel Esteves Cardoso a Rui Ramos no programa Portugal de... Tudo o que tenho para dizer é difícil. Há pessoas que têm uma grande facilidade em expôr as suas emoções. Eu demoro. Só posso dizer que o Miguel é das melhores pessoas que este País tem. Daqui a 20 anos alguém escreverá um livro sobre a sua obra. Daqui a 40 anos perceberão como influenciou uma geração inteira de novos escritores. Dirão que foi jornalista, cronista, romancista, não sei. Mas não podem dizer aquilo que eu sinto e que por algum handicap emotivo (que terá cura à medida que os anos passem, tenho essa esperança) não consigo escrever. Mas tem tanta razão quando diz que todas as famílias deviam ter um estrangeiro. Tenho ali o meu a dormir.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Modo de vida

Image Hosting by PictureTrail.com

The sound of bomba: Paperback Writer, The Beatles.
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer

- Grande poema! É isso mesmo que importa, obrigada.
- Mais um post absolutamente extraordinário!
- Gracias, Rititas!
- Três vivas para o PPM!
- Estimada Xantipa, surripie away. E evxaristó pollí pelos votos tão simpáticos (também no sentido original da palavra).
- Kavafis e Calímaco: óptima associação!
- Por fim, agradeço aos leitores do Geração Rasca que no Concurso votaram tanto em mim como no bomba inteligente, provocando uma cisão entre mim própria e o meu blogue nunca antes sequer imaginada. Claro que terei de convidar os restantes participantes para um sashimi ao fim da tarde. Recebi agora uma dose de polónio 210 fresquinha... Bwahahahahaha! Mas antes do lanche a festa é assim:

Image Hosting by PictureTrail.com

Parabéns a todos!
Fim de missão

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

Gaivota, Alexandre O'Neill
The sound of bomba: Gaivota, Amália Rodrigues.
Prós & Contras: tenho muita pena de ter chegado atrasada para assistir a este programa. Está a ser tão bom que merecia ser comentado minuto a minuto, mas ainda consegui ouvir Teresa Ricou, indignada, a dizer que Portugal devia ser preso. Take me away!

domingo, dezembro 10, 2006

Honoré Daumier sobre uma influência

Image Hosting by PictureTrail.com

sábado, dezembro 09, 2006

Bom em todas as línguas

Image Hosting by PictureTrail.com
Morte de Sarpédon, Eufrónio, ca. 515 a.C.

O funeral de Sarpédon

Zeus tem grave pesar. Pátroclo
matou Sarpédon; e agora o filho de Menécio
e os Aqueus correm
para tomar e humilhar o corpo.

Mas Zeus nada disso consente.
O seu filho amado - que deixou, perdeu-se;
assim era a Lei -
ao menos honrará o morto.
Envia Febo abaixo à planície
instruído para que tome conta do corpo.

Febo levanta o cadáver do herói com respeito
e tristeza e leva-o para o rio.
Lava-o do pó e do sangue;
fecha as feridas, sem deixar
nenhum sinal à vista; os aromas
da ambrósia deita sobre ele; e veste-o
com vestes resplandecentes e olímpicas.
Branqueia a sua pele; e com um pente de pérolas
penteia os cabelos negros.
Endireita e deita os seus belos membros.

Agora parece um jovem rei condutor de carro -
com vinte e cinco, vinte e seis anos -
descansado depois de ter vencido,
com um carro todo em ouro e os cavalos velocíssimos,
o prémio numa competição célebre.

Assim, quando Febo terminou
a sua missão, chamou os seus dois irmãos,
Hipno e Tânato, ordenando-os
que levassem o corpo para a Lícia, um lugar rico.

E até esse lugar rico, a Lícia,
caminharam estes dois irmãos,
Hipno e Tânato, e quando chegaram
à porta da casa real,
entregaram o corpo glorioso
e voltaram aos seus trabalhos e afazeres.

E mal aí o receberam, em casa, começou
com cortejos, e honras, e lamentos
e com inúmeras libações de crateres sagrados
e com tudo o que é apropriado, a triste sepultura;
e depois operários experientes da cidade,
e ilustres trabalhadores da pedra
vieram e fizeram o túmulo e a estela.

Konstandinos Kavafis, 1908, tradução de Carla Hilário Quevedo (2004)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Modo de vida às vezes

Image Hosting by PictureTrail.com

The sound of bomba: Nature Boy, Lisa Ekdahl.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Bom em todas as línguas

Termópilas

Honra àqueles que nas suas vidas
se dedicam às suas Termópilas e as guardam.
Nunca se desviando do dever;
justos e correctos em todos os seus actos,
mas também com pena e compaixão;
destemidos quando ricos e quando
pobres, de novo destemidos,
de novo a ajudar o mais que podem;
sempre dizendo a verdade
mas sem ódio pelos que se desdizem.

E merecem maior honra
quando prevêem (e muitos prevêem)
que Efialtes aparecerá no fim,
e os Medos no final passarão.

Konstandinos Kavafis, 1903, tradução de Carla Hilário Quevedo (2004).

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Bedtime stories (4)
The sound of bomba: Trust in me, Holly Cole.
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer

- Mais um post absolutamente extraordinário. Hip, hip, hurray!
- Já estava a ver que tinha de telefonar para o blogue... Que a recomposição seja muito rápida.
- Entretanto, ainda vestígios de conversas sobre sapatologia: aqui e aqui. E o mundo visto em cima de 85 mm é seguramente diferente. Bravo!
- Temos centenário na blogosfera: o d'Os Dedos! Muitos parabéns!
- Estimado Impensado, intuitivamente, diria que são ambas a mesma palavra. Aliás, parece-me que sempre foram. Há ali um ómega que me parece unir os sentidos. Mas vou investigar e já cá venho. [Já se sabe que este já é sempre um bocadinho talvez amanhã ou depois de amanhã. A verdade é que me ponho à procura de uma coisa simples e, de repente, já estou noutra mais complicada e noutra ainda; entretanto fecho-me nas minas e ponho-me na pesquisa de coisas que já não têm nada a ver com nada.] Ora, o departamento grego e moderno da minha cabeça, mal olhou para esses idiotés e idiotai, lembrou-se logo de idios, que hoje em dia significa "próprio", "idêntico" ou "o mesmo". Ora este idios escreve-se com ómikron e não com ómega, o que me levou ao idios antigo, também escrito com ómikron, e que, além desses significados, tem mais um: "privado". De idios passei a idiótes, com os seguintes significados: "natureza peculiar" ou "propriedade". Mas a dúvida mantinha-se. Nada disto nos levaria ao idiota tal como o conhecemos, o tal indivíduo de fraca cabeça. Salva-nos idiwtes, com ómega, e os seus múltiplos significados: "pessoa privada", "plebeu", "ignorante". Pois cá está o nosso idiota perfeito e desde sempre. Voltando aos nossos dias, o idiwtes moderno (só com ómega, porque com ómikron já não existe) refere-se apenas ao indivíduo privado ou ao civil. E um momento! Há uma indicação no idiwtes antigo de que podia ser usado no sentido de leigo, mais concretamente, como antónimo de soldado profissional. O idiota podia então ser aquele que não participa na guerra, se o dicionário não me falha. Se, em grego moderno, quisermos chamar idiota a alguém (ah, bons tempos!), temos de utilizar ilíthios (no masculino), ilíthii (no feminino) ou ilíthio (no neutro), palavras bonitas do ponto de vista fonético (as fricativas são sempre sexy) ou as harmoniosas xazós, xazí ou xazó (guturais e sibilantes, personal favourites). Quase tão belas como a palavra hebraica mahhbéret, que designa caderno, ou mais concretamente "um conjunto de folhas ligadas" e que no meio tem um outro vocábulo, hahvehr, que significa amigo. Ora, amigo-união, união-escrita, escrita-caderno. É bonito, não é?
Blockbomba: Miami Vice (grande filme, excelente. Gostei sobretudo da sempre fabulosa Gong Li e das suas breves indicações com o queixo (doce e mandona) a Colin Farrell, muito certa do que quer: vamos beber mojitos em Havana, vai para ali dançar, faz aquilo, faz o outro, muito bom).
Fim de missão

Sonetos garantidos por dois anos.
E é muito já, leitor que mos compraste
Para encontrar a alma, que trocaste
Por rádios, frigoríficos, enganos...

Essa tristeza sobre pernas faz-te
Temeroso e cruel e tonto e traste.
Nem pior nem melhor que outros fulanos,
Não vês a Bomba e crês nos marcianos...

E é para ti que escrevo, é para ti
Que um verso lanço - ó mão! - como o destino,
e nele ponho mesura, desatino,

rasgo, invenção, lugar-comum, protesto?
Antes para soldado ou para resto,
Escroto de velho, ronco de suíno...

Sonetos garantidos, Alexandre O'Neill

terça-feira, dezembro 05, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Angelina Jolie

... de novo num estilo feminino sombrio-meditativo-reflexivo, com um nadinha de romantismo e um bocadinho (muito ligeiro) de drama e umas sobrancelhas inaceitáveis em alta competição. Ah, e encostada a uma parede e tarde, bastante tarde...

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Bedtime stories (3)
Blockbomba: Pirates of the Caribbean Dead Man's Chest (gostei muito do mau com cara de polvo ou de choco, de Johnny Depp, da cena de luta a três na praia com a rapariga à correr à volta, aos gritos para que parem com aquele disparate e do diálogo sobre a pronúncia correcta do nome do monstro: Kraiken à inglesa ou Kraken por ser escandinavo - óptimo filme).
Ninho de cucos (73)

A Playstation do Varandas é um cestinho de papéis branco.
The sound of bomba: You're the Top, Cole Porter por Ella Fitzgerald.
A melhor coisa do mundo*

Qual é a melhor coisa do mundo? Há tantas, respondo, derrotada. Não, mas aquela! insistem. Tu sabes, aquela que é a melhor de todas, sem a qual não conseguirias viver, ou a que reconheces como a melhor, quer a tenhas ou não. Aquela, sim. Ainda cabisbaixa, penso: não há; ou melhor, há muitas, separadamente, em diferentes fases da vida ou mesmo consoante as estações do ano. A melhor coisa do mundo no Verão pode não ser a melhor coisa do mundo no Inverno, como, por exemplo, ler na esplanada, comer gelados e passear no jardim ao fim do dia. No Inverno, são boas as mantas na sala, o chocolate quente, os pijamas: cada coisa, por melhor que seja, no seu lugar e, sobretudo, no seu tempo. Mas depois olho para aqueles sapatos pretos com pintinhas cor-de-rosa que comprei em Buenos Aires e concluo que se podem usar na Primavera, no Verão, no Outono ou no Inverno, característica que os torna ainda mais baratos e melhores entre os melhores sapatos pretos com pintinhas cor-de-rosa.

Mas não nos desviemos do tema: qual é a melhor coisa do mundo? Quando Ella Fitzgerald canta You're the Top, de Cole Porter, a comparação (porque para ser "melhor" tem de se o ser comparativamente a qualquer coisa, triste e inevitavelmente, pior) é ilustrada com vários exemplos de coisas melhores do mundo. A outra pessoa (amada, supomos) não é "como", mas simplesmente é "o Coliseu, o Louvre, uma melodia de uma sinfonia de Strauss, um soneto de Shakespeare, o Rato Mickey, o rio Nilo, a Torre de Pisa, o sorriso da Mona Lisa", por oposição ao que o desgraçado que admira é: "um cheque inútil, um desastre total, um falhanço". Ao contrário do pior (o "eu"), que é "um balão de brincar prestes a rebentar", o outro, a melhor coisa do mundo, é: "Mahatma Gandhi, a luz violeta de uma noite de Verão em Espanha, a National Gallery". Não teria dúvidas em traduzir You're the Top por "Tu és a melhor coisa do mundo". É disso que se trata. Podemos continuar o tema de Cole Porter e acrescentar: "és uma canção de Cole Porter, Frank Sinatra, o templo de Zeus, és um verso de Safo, o iPod nano, és Madonna", ao contrário de mim que sou "um telemóvel sem bateria, um dvd sem legendas, um bolo queimado". A melhor coisa do mundo precisa de contraditório para se afirmar como a melhor. Embora, na verdade, nem precise.

Numa tentativa desesperada de fugir com o rabo à seringa, podemos avançar com uma definição geral, do tipo: a melhor coisa do mundo é o amor. Bocejo. Sim, mas o amor de mãe, de pai, de marido, de mulher, todos esses e o amor ao automóvel que tens guardado na garagem e sobre o qual terás agora de pagar um imposto acrescido? Muito vago. Posso também dizer que a melhor coisa do mundo é a memória. Julgo que é uma fortíssima candidata ao título. Mas o excesso de memória (ou nunca esquecer) pode ser terrível, e a melhor coisa do mundo nunca se tem em doses suficientes. É por isso que, por exemplo, filetes de polvo com arroz do mesmo não é um bom candidato. Nem sumo de clementina sequer. A melhor coisa do mundo não é de comer, nem de beber, porque enjoa e porque há pessoas que nem isso têm e que não podem ser excluídas neste concurso democrático. Arrisco: a melhor coisa do mundo é o entusiasmo. Remeto os que consideram a minha escolha frívola para a origem da palavra: entusiasmo significa literalmente "ter deus em nós". Pode ser uma ideia um pouco megalómana, mas, afinal de contas, estamos a falar da melhor coisa do mundo.

* Texto publicado a 5-11-05, na Única.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Eva Mendes

... esta é de longe a minha fotografia preferida de Eva Mendes de sempre. Há muitas no Google Images, muito mais sexy, maquilhada, vestida e superpenteada para revista de moda, vestida, pouco vestida, muito despida, só da cara, de costas, de frente, de lado - até de cuecas em cima de um piano! -, o que se quiser. Gostei também muito desta, num género sombrio-meditativo, mas a de hoje, com os polegares nos dentes, com a cara toda a sorrir e cheia de cor é particularmente atraente. Vou chamar a este um género feminino entusiasmado. Para muitos pode parecer frívolo e, no entanto, mais sério é difícil.

sábado, dezembro 02, 2006

Bedtime stories (2)

Stimpy's big day - part one.
Stimpy's big day - part two.
Blockbomba: Over the Hedge (muito bom).
David Bomberg sobre "Eu hoje acordei assim..."

Image Hosting by PictureTrail.com
The Mud Bath, 1914
David Bomberg sobre "Eu hoje acordei assim..."

Image Hosting by PictureTrail.com
Bathing Scene, 1912-13
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Mena Suvari

... não há elemento mais feminino do que a água. Símbolo de fertilidade, renovação (catarse), sensualidade, a água representa tantas coisas que me fico pela do banho. Para ajudar à limpeza profunda, nada como um bom exfoliante, logo seguido de 15 minutos de meditação, mergulhada numa boa essência ou a despertar, com energia, com o gel adequado. De repente, lembrei-me dos versos da Adília Lopes: "À medida que a paixão / acabava / o cabelo dela ia ficando / por lavar". Pois não lavar os cabelos é, no mínimo, um péssimo sinal: champô e máscara. Já não ardem nos olhos, como nos versos de Adília Lopes: "chorava por causa do shampoo / depois acabaram os shampoos / que faziam arder os olhos / no more tears disse Johnson & Johnson". Para depois da banheira, temos isto ou isto ou isto. Ora, não há elemento mais feminino do que a água...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Bedtime stories (1)
The sound of bomba: Cry (If You Want to), Holly Cole.
Dos Antigos: o trágico, na medida em que não depende da culpa, mas do momento em que o destino se cumpre, afasta-se da moral. Dificilmente podemos falar de moral quando há situações que não controlamos. Mas não deixam de ser trágicas, uma vez que são também irreversíveis, desequilibradas e injustas. A propósito de como acordei hoje.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Eva Mendes

... isto pode ser muita coisa, mas masculino não é.

Seguidores

Arquivo do blogue