blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com

sábado, junho 30, 2007

Madonna

Peggy Lee

Eu hoje acordei assim...


Joan Collins

... numa das minhas pesquisas habituais no Google Images, percebi que Joan Collins foi no seu tempo de juventude muito bonita. Nesta imagem de hoje, que revela o modo como acordei (uma pessoa às vezes acorda em cada posição mais estranha), não se nota tudo, mas façam uma pesquisa. É o problema destas cirurgias plásticas excessivas: apagam os sinais da beleza da juventude. Não permitem comentários do género "Quando era nova deve ter sido muito bonita" habitualmente seguidos de apologéticos "E ainda é". Essas observações não são más. São apenas naturais como o tempo que passa sem a intervenção do bisturi. Este post do Ex-Ivan merece ser posto de castigo sem direito a Playstation. Gena Rowlands sempre! Descobri esta maravilha através do Mise en Abyme, e que completa aquela outra. O Nuno e o Vasco Barreto passaram-me a batata quente dos cinco livros que li nos últimos tempos e de que gostei (não foram os últimos cinco, mas não faz mal, pois não? para compensar, o último da lista é o que estou a ler agora). Okidoke, aqui vai:

- Poesia, Alberto Caeiro;
- Contos, Dorothy Parker;
- As Vidas dos Doze Césares, volume 3, Suetónio;
- The Sovereignty of Good, Iris Murdoch;
- Pre-Psycho-Analytic Publications and Unpublished Drafts (volume I da Standard Edition), Sigmund Freud.

E passo a batata, que vai ficando cada vez mais fresquinha, ao Rui Zink, à Ana Cristina Leonardo, ao José Bandeira, à Fátima Rolo Duarte e à Ana Cláudia Vicente.

sexta-feira, junho 29, 2007

Coisas que melhoram algumas vidas (73)

"Maimónides, o maior pensador moral judeu do período medieval, concebeu uma «Escala Dourada da Caridade». O grau inferior da caridade, disse ele, é dar relutantemente; o segundo, é dar com alegria mas não em proporção à aflição da pessoa com necessidade; o terceiro nível é dar com alegria e proporcionalmente, mas apenas quando nos é solicitado; o quarto é dar com alegria e proporcionalmente, sem que nos seja solicitado, mas colocar a oferenda na mão da pessoa, fazendo-a sentir vergonha; o quinto é dar de forma a não se saber a quem se beneficia, mas o beneficiado conhecer a nossa identidade; o sexto é saber quem beneficiamos, mas permanecermos incógnitos para o beneficiado; e o sétimo é dar de modo a não sabermos quem beneficiamos e o beneficiado não conhecer a nossa identidade. Acima deste sétimo nível, Maimónides colocou apenas a antecipação da necessidade de caridade e a sua prevenção, ajudando os outros a ganhar o seu sustento sem precisarem de recorrer à caridade."

Peter Singer, Como havemos de viver?, Lisboa, Dinalivro, 2005, p. 291.
"But the dutch speak four languages and smoke marijuana"


"He was a cheeky monkey"


"Why not call it Church of England?"




Eddie Izzard totally rules! (Obrigada!)
Eu hoje acordei assim...



... Há uma pergunta clássica que grande parte dos jornalistas obrigatoriamente faz a quem tem um blogue e que é a seguinte: «Porque é que tem um blogue?» As respostas se não são deviam ser quase tantas quantos (pelo menos) os blogueadores inquiridos. Aquelas de que mais gosto oscilam entre um «sei lá» snobe seguido de um popularucho encolher de ombros que felizmente ninguém vê e um frívolo «diverte-me» que desresponsabiliza completamente o seu autor ou a sua autora. No entanto, a resposta que mais tenho ouvido nos últimos tempos vem sempre acompanhada de um relato breve, embora enfadonho, que acaba indefectivelmente com um «e foi nessa altura que [nome do pai, da mãe, do tio, do amigo, da namorada, do aluno, antecedido de artigo] me perguntou porque é que eu não fazia um blogue». Ora vamos lá a ver, quem diabo pode alguma vez sugerir uma coisa destas? Mas pior ainda: quem pode levar tal sugestão a sério? (Tu devias ter um blogue continua na Atlântico de Junho)

terça-feira, junho 26, 2007

Um resultado do trabalho numas minas

Espero que gostem tanto de ler A procura do amor, de Nancy Mitford, como eu gostei de o traduzir.
Um resultado do trabalho numas minas paralelas

Época de acasalamento, de P. G. Wodehouse foi traduzido por Alexandre Soares Silva, que também colaborou na adaptação da sua tradução para português de Portugal feita por Fernanda Mira Barros e por mim para os Livros Cotovia. Espero que se divirtam com a leitura!
Sylvie Guillem (3)

Sylvie Guillem (2)

segunda-feira, junho 25, 2007

Rachid Taha, Rock El Casbah



Magnífica versão de vocês-sabem-o-quê.
Existem livros de Verão?

Quando chega a altura de escolher que livros pôr na mala para uns dias de descanso à beira-mar, será o critério de escolha o mesmo com que se escolhem leituras durante o resto do ano? Na próxima edição dos Livros em Desassossego, a última antes da pausa estival de Julho e Agosto, discutimos um conceito frequente nos media e nos planos de trabalho de alguns editores: o conceito de livro de Verão. À volta da mesa vão estar Paula Moura Pinheiro (sub-directora da RTP 2, responsável pelo programa Câmara Clara), Patrícia Reis (escritora e editora da revista Egoísta) e Carla Hilário Quevedo (cronista do jornal Sol e autora do blogue Bomba Inteligente). Um painel que fica completo com a presença da editora Maria da Piedade Ferreira (Oceanos), que escolherá três livros que chegaram recentemente às livrarias e que gostaria de ter sido ela a editar, e com o escritor Manuel da Silva Ramos, que virá apresentar o seu novo romance, a publicar em Julho, intitulado Ponte Submersa (D. Quixote). A sessão dos Livros em Desassossego acontece, como habitualmente, na última quinta-feira do mês, dia 28 de Junho, a partir das 21h30, na Casa Fernando Pessoa. O debate é moderado por Carlos Vaz Marques e a entrada é livre.

Do Mundo Pessoa

domingo, junho 24, 2007

Sex Pistols, My Way



Para o Major Scobie.
Wade Robson

Robbie Nicholson

Sylvie Guillem

William Forsythe

Jirí Kylián

Mark Morris Dance Company

Merce Cunningham (1964)

Eu hoje acordei assim...


Ava Gardner

... outra vez por causa de P. G. Wodehouse, fui ter a Juvenal, poeta latino a que não prestei muita atenção e percebo agora que erradamente. Juvenal é o autor do célebre mote "mens sana in corpore sano", ou seja, "uma mente sã num corpo são". A frase completa é "orandum est ut sit mens sana in corpore sano" ("reza por teres uma mente sã num corpo são") e inicia uma passagem riquíssima de sentidos, explicações e conselhos, que a tornam exactamente por isso, no meu entender, muito consoladora. Espero que traduzam este autor muito em breve. Se não, pronto, we will always have you-know-what.

sábado, junho 23, 2007

sexta-feira, junho 22, 2007

"Blue jacket, face, legs, hair"

"Miss Cyd Charisse!"

"Cup of tea, is that alright?"



French and Saunders, mais um absoluto favorito.
Pedro Mexia à recepção: pede-se o favor de mostrar o seu caixote do lixo, obrigada.
Blockbomba: Déjà Vu (é um delírio total; eu gostei).
Bomba de Ouro: "Mas há pessoas que vivem em lugares inimaginavelmente bonitos, em casinhas caiadas de branco em cima de penhascos na Grécia, e andam o dia inteiro pensando em osteoporose e rancor. Certas pessoas estão acima da paisagem à volta delas, certas pessoas estão abaixo. Certas pessoas mesmo que vivessem no Paraíso andariam muito infelizes pensando nas ruas de Osasco e soltando catarradas no chão." Alexandre Soares Silva
Que nojo! Águas com sabor a fruta, iaque.
Eu hoje acordei assim...


Cyd Charisse

... ontem, por causa de um pormenor, comecei a achar piada a Fernando Negrão. Há qualquer coisa de espevitado neste candidato. E espevitado é bom, não é? E adorei Telmo Correia a limpar os graffitis! Teve graça, utilizou o verbo grafitar, which is nice, arriscou um acto de campanha que podia ter corrido muito mal e falou bem. E desde que me poupem ao Sá Fernandes e às suas coisas sérias, ai, ai, há coisas tão sérias para resolver e a vida é tããão séria e ui, não me interrompam agora que estou a falar de coisas muuuuuuito sérias, desde que me poupem - sim, a mim - então está tudo mesmo perfeito. E estas nuvens com sol, que maravilha, hã?

quinta-feira, junho 21, 2007

Dos Antigos

Ulysses and the Sirens, Herbert James Draper, 1909
Ninho de cucos (92)

Um moscardo monstruoso entra a voar desaustinado no quarto. A estratégia zen consiste em fazer de conta que é completamente normal haver bichos voadores do tamanho de uma pescada, acender uma luz forte na sala e esperar calmamente que a criatura voadora se pisgue pela janela entretanto aberta até ao limite do possível. O moscardo que além de monstruoso é tonto lá voa na direcção pretendida. Porta do quarto fechada e com um bocado de sorte o bicho é devolvido aos céus agora sem nuvens de onde nunca devia ter saído. Subitamente, aquilo que nunca na vida se esperaria, acontece - tum, tum, tum bem marcado embora ainda tímido seguido de um rápido tumtumtum a terminar num tumtumtumchiimmmmiaaau. O gato Varandas em três patadas destruiu o inimigo, que não deixa saudades. Abro a porta um pouco com receio do que vou ali encontrar. Um banho de sangue? Na minha sala? With my reputation? Não, o gato Varandas, mais clean do que Winston Wolfe é apanhado a lamber uma das patas com o que parece ser... não pode! não é! 'tão a gozar? o que é que foi agora? sim, o corpo da pescada voadora! Numa rápida reconstituição do cri... da limp... daquilo que aconteceu, apercebi-me de que tonto bicho terá tentado escapar, uma vez que não havias sinais de que o cadáver tivesse sido mexido, deslocado, tampered with, estão a ver? Isso, o gato Varandas não é cruel e por isso decidiu deixá-lo ali ficar e não andou a brincar com a coisa pela sala. Um momento! Não é nada por não ser cruel, que disparate. Passados dois minutos, o Varandas enrolou-se bem enroladinho no sofá e adormeceu profundamente. Esqueceu e dormiu. That's my boy.
Eu hoje acordei assim...


Angelina Jolie

... aguentei apenas cinco minutos (é possível que talvez menos) do debate com os candidatos à Câmara de Lisboa. Não sei se isso fala mal de mim ou dos candidatos. Eu devia ter um bocadinho mais de interesse pelo assunto, ou não? Mas depois olho para o Sá Fernandes e sinto-me tão maçada... E ora, cá está, precisamente ou mais ou menos. Não sinto cobiça nenhuma, é mesmo para o lado que durmo melhor, mas nunca vi semelhante coisa. Parece que cada cabeça sua sentença no que diz respeito à construção de um novo aeroporto, a sua localização, vantagens e desvantagens. Isso parece-me coisa complexa de engenheiros especializados, enfim, de pessoas que se preocupam e que trabalham com essas coisas. No entanto, toda a gente parece ter uma opinião a respeito do sítio ou deve ou não deve ser construído o novo aeroporto. Não me entendam mal. Parece-me óptimo que toda a gente opine a respeito de um assunto tão complexo e incompreensível, mas surpreende-me que não se opte por um tema um pouco mais glamoroso para discutir ao almoço ou ao jantar. Enough of this nonsense! Quando pediram a Dorothy Parker que inventasse uma frase com a palavra horticulture, a escritora respondeu imediatamente: "You can bring a horticulture but you can't make her think". Horticulture... whore to culture... Ter um talento extraordinário é isto. E depois Freud relaciona a melancolia com a anorexia. Sempre me pareceu que a melancolia era uma doença grave.

quarta-feira, junho 20, 2007

Ode to Autumn
de John Keats

Season of mists and mellow fruitfulness,
Close bosom-friend of the maturing sun;
Conspiring with him how to load and bless
With fruit the vines that round the thatch-eaves run;
To bend with apples the moss'd cottage-trees,
And fill all fruit with ripeness to the core;
To swell the gourd, and plump the hazel shells
With a sweet kernel; to set budding more,
And still more, later flowers for the bees,
Until they think warm days will never cease;
For Summer has o'erbrimm'd their clammy cells.

Who hath not seen thee oft amid thy store?
Sometimes whoever seeks abroad may find
Thee sitting careless on a granary floor,
Thy hair soft-lifted by the winnowing wind;
Or on a half-reap'd furrow sound asleep,
Drowsed with the fume of poppies, while thy hook
Spares the next swath and all its twinèd flowers:
And sometimes like a gleaner thou dost keep
Steady thy laden head across a brook;
Or by a cyder-press, with patient look,
Thou watchest the last oozings, hours by hours.

Where are the songs of Spring? Ay, where are they?
Think not of them, thou hast thy music too,
While barred clouds bloom the soft-dying day
And touch the stubble-plains with rosy hue;
Then in a wailful choir the small gnats mourn
Among the river-sallows, borne aloft
Or sinking as the light wind lives or dies;
And full-grown lambs loud bleat from hilly bourn;
Hedge-crickets sing; and now with treble soft
The redbreast whistles from a garden-croft;
And gathering swallows twitter in the skies.
Caracóis, sandálias e traições (6)



Que violência este episódio! Talvez realmente um pouco bufa a morte de Cícero. Ora, vamos ali todos, Voreno, crianças, Irene, fazer um piquenique e depois eu, Tito Pulo, vou só ali matar uma das criaturas mais importantes da história ocidental e volto já. E a questão da violência é que tenho dias, darling Rui, em que não estou para aí virada, imagine-se o disparate. Apetece-me chá com torradas e gatinhos pequenos. Mas voltando à morte de Cícero, a troca de palavras com Tito Pulo anterior à sua morte é no mínimo bizarra. Cícero diz: "I will live on in the history books. My killer's name will no doubt live on also." E Tito Pulo responde: "Oh, my name. I thought you meant me." Mas que resposta inesperada e curiosa. Mas não gostei deste episódio, não. E depois Vorena, ressentida (com toda a razão à luz da contemporaneidade), prepara-se para fazer asneira, Átia cada vez mais gorda e má e Bruto a morrer sem nenhuma honra (não é que alguma vez a tenha tido, enfim), numa espécie de suicídio disfarçado de acto corajoso de se lançar assim contra as tropas de Marco Paulo (ai, Rui, a culpa é tua! agora não o consigo tratar por outra coisa), quase sem atacar nem defender-se. Cássio e Bruto e Cícero: check. Venham os próximos.

terça-feira, junho 19, 2007

Verdades absolutas: "There's a hell of a difference between wisecracking and wit. Wit has truth in it; wisecracking is just calisthenics with words." Dorothy Parker
"You know your own mind, don't you, sir?"



De The Fast Show, outro absoluto favorito.
Que nojo!



De Little Britain, absoluto favorito. Mas iaque à mesma.

domingo, junho 17, 2007

Estado em que se encontra este blogue: a ajudar os bambis a passar de uma margem para a outra.
Estimado Jansenista


James Joyce e Nora Barnacle

Mitigada it is! E isto é coisa para melhorar algumas vidas. Poucas, bem sei, mas não faz mal.
Uns sobre outros


Ezra Pound visita a sepultura de James Joyce, em Zurique. Fotografia de Horst Trappe.
Agarrem-me que eu desmaio: uma perda de tempo? Eu sabia que o estimado Jansenista não podia ser perfeito. No entanto, negá-lo-ei até à morte! Concedo que Finnegans Wake seja um enorme fracasso (Joyce dizia que a Segunda Guerra Mundial tinha sido o principal motivo do falhanço da sua obra), mas não lhe podemos retirar o seu carácter epopeico, heróico, titânico, o que quiser. Pronto, caro Confrade, é aqui que as nossas vidas se separam. As far as literature is concerned.

sábado, junho 16, 2007

Estimado Jansenista: o que significa ser contra um escritor de ficção? Significa que, no caso de Joyce, teria sido benéfico se não tivesse escrito Ulysses, por exemplo? Significa que se Joyce não tivesse existido, a literatura contemporânea seria melhor? E não consigo medir o talento de Joyce (que é monstruoso), muito menos compará-lo ao de Proust (que é igualmente avassalador). Que sorte a nossa termos a possibilidade de desfrutar do génio de ambos. (Quanto à frase de Joyce que escolhi em baixo, ela não é irónica e é elogiosa.)
Blockbomba: Hollywoodland (sim). The Sunshine Boys (sim). Litlle Children (sim, sim, sim).
"It must be difficult to succeed in France where nearly everyone writes well"*

James Joyce, fotografia de Liphitski

* De Selected Letters of James Joyce, ed. Richard Ellmann, London, Faber and Faber, 1992, na carta ao irmão Stanislaus Joyce de 7 de Dezembro de 1906, p. 140.
Molly Pop Bloom



A maternidade não é um tema interessante para a música pop. Fraldas, berços e ursinhos talvez não vendam tanto como raparigas voluptuosas com pouca roupa. Mas o novo tema de Natasha Bedingfield, I Wanna Have Your Babies, introduz em força o azul-bebé e o cor-de-rosinha no universo da MTV. A história é muito simples e actual, embora o enredo seja quase tão antigo como o planeta: a rapariga (a própria cantora, Natasha Bedingfield) vai encontrando vários rapazes pelo caminho, sempre com a ideia fixa de ter filhos. Tenta não declarar a sua vontade a nenhum deles, mas sempre que acaba por fazê-lo, eles desaparecem. Por fim, chega o último que, sim senhor, cumpre o seu papel. Este vídeo engraçadíssimo ilustra uma ideia que vi ser enunciada por Molly Bloom, extraordinária personagem feminina de James Joyce, no último capítulo do Ulysses. Pensa a mulher de Leopold Bloom no fim do livro: "how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another". Molly escolheu Leopold porque, mesmo depois daquele beijo que recorda com um certo pormenor, tanto fazia ser ele como outro. Será um segredo feminino ou uma preocupação masculina?

Publicado na Tabu (Cinco Sentidos), 31-03-07.

sexta-feira, junho 15, 2007

Estado em que se encontra este blogue: de repente é Inverno outra vez.
Bomba de Ouro



(Não é um vídeo recente, bem sei.)
Que nojo! As expressões "tenho para mim", "dou de barato", "todo um programa" e "à séria", iaque.
Sobre a nova série Que nojo! Acho que Martha Nussbaum não lhe daria a sua bênção.
Coisas que melhoram algumas vidas (72)






quinta-feira, junho 14, 2007

Que nojo! Depilação masculina, iaque.
Demetri Martin



Obrigada, Ricardo!

quarta-feira, junho 13, 2007

Que nojo!* Aquele anúncio da pomada para o pé-de-atleta, iaque.

* Nova série.
É preciso ter muito azar: o assassino em série de Santa Comba Dão chama-se António Costa. E o jornalista da SIC a repetir o nome até à exaustão, António Costa para cá, António Costa para lá e António Costa ficou com uma esferográfica de uma das vítimas e parece que é um trunfo e...
Última estrela a desaparecer antes do dia,
Pouso no teu trémulo azular branco os meus olhos calmos,
E vejo-te independentemente de mim,
Alegre pela vitória que tenho em poder ver-te
Sem «estado de alma» nenhum, salvo ver-te.
A tua beleza para mim está em existires.
A tua grandeza está em existires inteiramente fora de mim.

Alberto Caeiro
Adenda: estava agora a ler o poema outra vez e não gostei tanto. Haverá um responsável por isso? Sim, é o verso "Quem tem alma não tem calma" com a sua rima forçada que compromete a seriedade do resto. Vou pôr outro.
Não sei quantas almas tenho
Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Eu hoje acordei assim...


Chloë Sevigny

... ontem pela primeira vez pensei que uma coisa que tinha escrito podia ofender uma pessoa que não conheço e cujo trabalho apreciei muitíssimo. Era uma graça, não tinha nada de especial, mas entrei em pânico - não exactamente porque pudesse ofender mas porque podia provocar nessa pessoa, caso lesse o texto, uma sensação de desconsolo - e fui a correr telefonar. "Ainda posso mudar?" Depois, no meio de uma sardinhada extraordinária, em que participaram sardinhas elegantes e deliciosas, pensei que Peter Singer would not approve of this at all. Andarei assim com tantos problemas de consciência? É certo que me preocupo com a virtude, com a moral, com o dever, com o sublime. Mas na verdade sempre tive essas preocupações. Pode dizer-se que sempre estive muito para aí virada. Como poderia não estar? No entanto, lamento que na selva blogosférica apenas este rapaz tenha feito uma referência - e ligeiríssima - ao que é absolutamente óbvio neste caso da DREN. Será assim tão difícil dizer que está na cara, senhores? Nem sempre é assim tão evidente. Neste caso, felizmente, não há lugar a dúvidas. Nesse meu lamento e no comentário pode parecer que uma pessoa com preocupações éticas não faz observações desse género. Pois não. Estou perante um problema mais ou menos sério. Nada da gravidade desta questão. Como é possível? Bela homenagem a Richard Rorty no Ashram. Só agora pude ler o artigo que recomendou de Martha Nussbaum contra os boicotes académicos, nomeadamente às universidades israelitas. Logo no início, diz Nussbaum: "The third reason why I shall speak abstractly is that I am not a Middle East expert. I have recently completed a book on the Gujarat genocide in India, after studying that incident and its history and context for five years, so I think I am equipped to speak about that case, and I propose to do so occasionally, because it sheds light on some of the issues before us. Above all, however, I shall be looking for general and defensible principles." Isto é autoridade. Lembra um bocadinho Cícero quando dizia que não sabia grego.

terça-feira, junho 12, 2007

Caracóis, sandálias e traições (5)



Enquanto vejo as minhas notas, deixo-vos com este projecto fabuloso. Enjoy!

Bom episódio, embora não tão bom como o anterior. Agora que Gaio Octávio César é Cônsul, Átia deve estar mesmo quase, quase a bater a bota e Cícero a ser degolado. Cícero é tão maltratado na série, chega a ser repugnante. Octávio, inteligente, manipula-o muito bem e no Senado exige que Bruto e Cássio sejam considerados inimigos do Estado. A cena no Senado (como todas as que se passam ali) é belíssima. O Senado tem uma intensidade dramática que nenhum outro local consegue ter. Octávio quer "virtuous women and honest men". Don't we all, my dear lad? Octávia tenta que o irmão perdoe a mãe, mas Octávio não está disposto a esquecer: "What a stupid ass you've become!" Não faz mal. Átia vai ter com ele toda lágrimas e arrependimento. Lança-se aos pés do filho e implora um perdão que lhe é emocionalmente indiferente. É importante que o filho a perdoe por uma razão maior: protecção. Átia e Octávia, por muito mãe e irmã que sejam, são sobretudo mulheres e como tal estão indefesas e desprotegidas. Átia ri-se, pronto, já está, who cares? Átia é uma personagem fabulosa. Ainda por cima utiliza a palavra inglesa binge para festa. Octávia é apanhada por Agripa numa orgia, numa drug binge. Jocasta: "I say, are the walls melting?" O rapaz leva-a para casa e esclarece a Átia que a orgia ainda estava no início e que os rituais báquicos ainda não tinham iniciado. Então se é assim, tudo bem. É com grande pesar que digo que Marco António não fica bem de barba. Às vezes acontece. E se querem saber o que é um homem, ponham os olhos na cena de Lúcio Voreno a chegar ao Aventino com os filhos pela mão e a dizer em alto e bom som que a mais velha foi prostituída e que o filho não é dele, e que se alguém os maltratar por isso terá de lhe explicar a ele, Voreno, porquê. Voreno negoceia pela paz. Bruto e Cássio vão voltar. Octávio e Marco António unem-se. Ideia de Átia, I'm sure.
Caracóis, sandálias e traições: actualizado.

domingo, junho 10, 2007

"When people say they hear voices in their heads... as opposed to where exactly?"



Jimmy Carr, primeira stand-up performance, 2002.
"Jewish people buying german cars"



Sarah Silverman, I Love You More.
Mas que giro! Um blogue onde é mencionado o meu Avô!
Eu hoje acordei assim...


Sophia Loren

... muitas coisas me separam de Freud - ele é homem, barbudo, pai da Psicanálise, já morreu - mas começo a perceber uma que parece afastar-me definitivamente dele. Oh, que pena, na verdade não queria nada... É o problema do acaso, do que acontece sem que nada o preveja, do acidente. Ora, naquela estrutura, como noutras (ou talvez em todas), não há espaço para o imprevisto. É como se de repente voltasse atrás - e eu não tenho nenhum problema em voltar atrás, mas é certo que por momentos gostei de pôr tudo em causa; de pensar no destino como uma sucessão de acasos. A contradição está lá, pois se é destino - palavra que imediatamente associo a uma rede ou a uma teia - não pode ser composto por qualquer coisa que não se sabe o que é. Mas quem sabe, afinal? Pois, sim, Zeus. Mas não é inteiramente verdade, porque há coisas que nem Zeus controla. Zeus funciona afinal como uma espécie de Director-Executivo do destino. É ele que manda, mas paradoxalmente quando ele quer alterar algo que já foi decidido, não pode, não tem esse poder. Zeus não tem um poder absoluto. Nessa falha podia estar o acaso. Mas não está. Tem de vir logo uma entidade superior estragar-me o esquema: a Moira. Concluo muito brevemente por agora que Freud se aproxima dos Antigos. E eu que me ando a tentar libertar e vou lá ter constantemente. É porque não quero, só pode ser. É porque não posso? Entretanto, no meio de uma série de considerações misóginas - só uma pausa para dizer que as mulheres que não admitem a existência da misoginia viveram muito pouco, conhecem quase nada e vão ter uma surpresa desagradável quando decidirem sair de casa das bonecas - ora, dizia eu que no meio de considerações misóginas - palavra que significa ódio às mulheres e que não é aplicável a mulheres que odeiam mulheres porque há uma palavra para isso e que é simplesmente estúpidas - ai, que nunca mais chego lá! Dizia eu então que no meio de considerações misóginas, Bernardo Soares, no Livro do Desassossego, escreve o seguinte: "A maior indisciplina interior junta à máxima disciplina exterior compõe a perfeita sensualidade". Não é curioso? E depois esta exclamação: "(...) oh, mulheres superiores, ó minhas misteriosas Cerebrais". Não é engraçado, e logo com uma maiúscula? Mas acaba por resvalar para uma conversa habitual, quando diz que o homem superior não tem necessidade de nenhuma mulher e que "não precisa de posse sexual para a sua volúpia. Ora, a mulher, mesmo superior, não aceita isto: a mulher é essencialmente sexual". Cá está, cheio de medo. Apavorado, diria mesmo.

sábado, junho 09, 2007

Blockbomba: Hannibal Rising (um filme sobre a ira e as suas consequências em que a minha simpatia vai toda para o assassino, que até tem um código bastante aceitável neste filme). Stranger Than Fiction (um filme extraordinário).
Jennifer Jason-Leigh/Dorothy Parker (2)


Jennifer Jason-Leigh/Dorothy Parker (1)

Ninho de cucos (91)

O Varandas é um gato atípico: não salta, não brinca, não desconfia. Sei aliás que tenho um gato apenas por causa da quantidade de horas que o bicho passa a dormir. Já lhe cheguei a perguntar se era mesmo um gato ou se me estaria a enganar, seu malandro. Respondeu-me como sempre faz: dando uma voltinha para se aconchegar melhor numa almofada e adormecendo não sem antes dar um suspiro profundíssimo indicador de como se maça com perguntas de resposta óbvia: "Se calhar achas que eu sou a Britney Spears?" Sim, o Varandas é um gato. Mas para aqueles habituados a gatos que brincam e correm e... err, reagem, o meu bicho (que é propriedade minha, com todos os seus direitos, mas meu) não corresponde a esse género de animal. Dizer que é calmíssimo não é suficiente. É possível que paire, apesar do peso e do tamanho extra-extra-large. O Varandas é uma criatura aparentemente coerente: é pesado e grande tal como é profundo de espírito pois nada, absolutamente nada, o perturba. Além do mais é sociável. Não se esconde das pessoas, só prefere observá-las à distância. Mas a coerência falha porque ao pairar, o bicho prova que é leve. Ou talvez nem tanto. Afinal de contas, só é possível ser genuinamente leve quando existe uma imensa e séria profundidade. O que tenho aprendido com o gato Varandas tem um valor inestimável. Talvez seja a minha maior influência.

sexta-feira, junho 08, 2007

Gostar de homens©



Sacha Baron Cohen (magnífico espécime do sexo oposto) e Will Ferrell nos MTV Movie Awards.
Porque é que adoro Sarah Silverman



Porque é uma selvagem inteligente, talentosa e com muita graça. Esteve brilhante na apresentação dos MTV Movie Awards. A piada a Paris Hilton - que a rapariga levou muito a mal - foi motivo de discussão no Avatares de um Desejo, Pastoral Portuguesa e Diário. Entretanto descobri isto no YouTube. Love you, Sarah!

quinta-feira, junho 07, 2007

Women in Art



Muito bom, PPM.
Seis minutos e 58 segundos com Jane Goodall

Eu hoje acordei assim...


Cyd Charisse (muito bem acompanhada)

... a pensar nas coisas de que mais gosto como dançar e cantar, mergulhar nas águas gélidas do Atlântico, sandálias com tiras muito fininhas de preferência atadas pela perna acima e jóias. As mulheres hoje em dia parecem não gostar muito de jóias, é curioso. É algo que não lhes desperta grande interesse. Porque será? Na minha procura de imagens no Google Images, descobri este site de Steve Pyke (rima e tudo) que tem uma fotografia muito boa de Martha Nussbaum e outra de Iris Murdoch. No outro dia, o Profe mencionou um nome que já me tinha passado pela vista: Michael Riffaterre. Só para dizer que Semiotics of Poetry custa quase quarenta libras mais os portes. Ora, portanto, jóias... Absolutamente a não perder hoje: os MTV Movie Awards com apresentação de Sarah Silverman. Às 18h30.

quarta-feira, junho 06, 2007

Absolutamente a ver: na RTP 2, à 1h45, When Animals Talk com Jane Goodall.
Foi hoje: estou tão nervosa...

terça-feira, junho 05, 2007

Caracóis, sandálias e traições (4)



Este foi o melhor episódio desta segunda temporada. Foi também o mais violento. A sorte das Átias deste mundo é poderem sempre contar com os dedinhos gulosos das criadas, bem como com a benevolência dos argumentistas e da própria História. A hora de Átia ainda não chegou. E my dearest Rui, pois tu próprio já disseste e muito bem porque é que este episódio foi até agora o melhor. O facto de teres apresentado argumentos contra esta ideia é apenas um pormenor. Olha:
1) num breve estudo comparativo entre Átia e Servília, a conclusão a que chego após os episódios finais da primeira temporada, uma tentativa de envenenamento e uma sessão de tortura é a seguinte: Átia é muito mais má do que Servília. Em português soa mal, mas é mesmo assim. Servília quer matar Átia. Terá as suas razões. É discutível, pode dizer-se "olhe, não faça isso". Mas Átia está muito interessada no sofrimento de Servília. A sua morte será apenas uma consequência natural do longo caminho de tortura e humilhação por que passará. E quando sabemos isto? Neste episódio.
2) Tito Pulo e Lúcio Voreno recuperam a amizade e juntos partem para o campo de escravos onde estão os filhos, bastardo incluído. Os dois amigos unem-se e Voreno abandona as tropas de Marco António. E quando sabemos isto? Neste episódio.
3) Timão revolta-se contra Átia. E quando percebemos isto? Neste episódio.
4) Octávio César decide regressar a Roma com o seu exército. E quando sabemos isto? Antes de responder, deixa-me dizer-te, meu querido Rui, que já sabemos a resposta à tua pergunta. A solução para credibilizar Octávio na série é mudar de actor. O outro parecia uma criança, não dava para vitórias triunfais. Ah, e neste episódio.
5) Marco Agripa declara a sua paixão por Octávia, que por esta altura já devia ser uma mulher casada e mãe de três filhos. E quando sabemos isto? Neste episódio.
6) A cena mais violenta até agora passa-se neste episódio. A morte do escravo às mãos de Timão num beco escuro e sujo. "Don't kill me. I'm only sixteen." Repito que foi neste episódio.
O Daniel Cerqueira era o Mémio, como bem indica a Ana Cláudia. Quanto à relação entre a flacidez de Átia e a sua decadência moral, pois estou certa de que diria o mesmo se tivesse emagrecido. Qualquer alteração física tem um significado naquela personagem.
Um amor demasiado caro

Todos os anos vou à Feira do Livro na esperança de comprar a metade do preço um manual técnico um bocado caro nos restantes dias do ano. No ano passado, visitei a Feira do Livro todos os dias e todos os dias rondava a barraquinha, sorrindo para o livro sempre em exposição. Em nenhum momento o dito livro passou para aquele sítio ao meio tão desejado, o daquele num expositor com um desconto fenomenal - mínimo de quarenta por cento - que transformam a aquisição numa espécie de vitória do comprador sobre a tirania do livreiro, do próprio editor e mesmo do desgraçado do autor que é quem menos ganha no meio disto tudo. Mas será verdadeiro um amor que tem de ver o seu preço muito reduzido para ser conquistado? Garanto que mais genuíno, puro, sincero e amor não pode ser. Todos os anos faço tentativas de aproximação, pego no livro com delicadeza sempre que o vejo e acaricio a capa azulinha e brilhante. Quanto vezes não dissemos já na vida: «Eu quero, mas não posso»? Pois a questão não é bem essa: eu quero e até podia, mas agora decidi ser um ponto de honra não gastar mais do que um determinado valor na extraordinária obra em questão. Mantenho a esperança. Talvez este ano seja finalmente livro do dia e viveremos felizes para sempre.

Publicado na Tabu (Cinco Sentidos), 2-06-07.

domingo, junho 03, 2007

"This is absolutely not gay"

"You know how I know you're gay?"



De The 40 Year-Old Virgin, um excelente filme.
Eu hoje acordei assim...


Chloë Sevigny

... a pensar numa breve discussão sobre os direitos dos animais tida ontem enquanto comíamos uns deliciosos lombinhos da Barrosã com umas saudáveis batatinhas fritas. Fiquei a remoer no que foi dito (Nuno, já vi o anúncio de que me falaste) e cheguei a várias conclusões - sonhei que estava a ver um coelho a ser morto e posteriormente esfolado e que não tinha conseguido comer o bichinho à Caçador, prato de que gosto tanto - que revelarei um dia num longuíssimo texto (ainda mais longo do que aquele sobre a ira). Depois (seja lá o que isto queira dizer) gostaria de esclarecer como é possível defender a pena de morte ao mesmo tempo que se defende os direitos dos animais mas isso num texto curto que não tem nada que saber. A propósito, Ivan, saudades do Saddam (a rima esteve quase, que nervos)? Projectos não me faltam. Entretanto, em troca de um mísero euro numa Feira do Livro paralela comprei uma biografia de C. S. Lewis só para ler o episódio sobre o famoso encontro com Anscombe que mudou para sempre a vida de Lewis. Gosto muito dessas histórias porque são realmente os encontros que temos que nos modificam - isto se tivermos disponibilidade para perceber como nos podem modificar. Agradeço ao Rui Carmo, ao FNV e ao WR a simpatia. O aniversário já passou. Eu é que levo a vida a festejar, silly me! Finalmente, julgo que a Beyoncé não devia repetir tantas vezes em entrevistas que os vestidos (medonhos diga-se de passagem) que usa nos vídeos e nas apresentações são todos feitos pela mãe. Coloca a senhora numa péssima posição (de pessoa essencialmente de péssimo gosto) e dá a tudo aquilo um ar caseiro e doméstico que torna a coisa desinteressante por mais talento e profissionalismo que haja. Está na hora de Beyoncé largar as saias da mãe. Literalmente.

sábado, junho 02, 2007

Jane's Addiction, Classic Girl



Obrigada, Maria!
"Would you like that? You wouldn't like that, no!"



Ciara, Like a Boy. Belíssima!
"Go, go, go, gooooo"



Clin d'oeil de Beyoncé (Green Light) a Robert Palmer.
"And now for my next number I'd like to return to the classics"


Kanye West, Rakim, KRS One & Dj Premier, Classic.
Dos Modernos


Myths: Mickey Mouse, Andy Warhol, 1981
Dos Antigos


Alexander the Great, Andy Warhol, 1982

sexta-feira, junho 01, 2007

Modo de vida: "Being good is just a matter of temperament in the end." Iris Murdoch
Uns sobre outros: "Writing is like getting married. One should never commit oneself until one is amazed at one's luck." Iris Murdoch
Metabloggers do it better (58)

No outro dia reparei que este blogue ultrapassou o um milhão de visitas. Recostei-me na cadeira e pensei vou fazer de conta que isto é tudo normalíssimo e que no pasa nada. Mas passa: fiquei contente. Pensei que para desenjoar do tom alegre do costume pudesse talvez contar uma história blogosférica que me aborreceu a sério. Durante estes mais de quatro anos julgo que foi a única. Mas o dia amanheceu lindo e sabem como aprecio dias lindos. Fica para o segundo milhão. Muito obrigada a todos!
Eu hoje acordei assim...



... Gostaria neste artigo de reflectir sobre três maneiras de estar na blogosfera que me causam alguma perplexidade: 1) falar pela negativa; 2) pilhar ideias alheias; e 3) resmungar no anonimato. Não posso afirmar que estas realidades bloguísticas me tiram o sono. Quer dizer, poder posso mas estaria a mentir, mas é verdade que ainda hoje em dia não deixam de me surpreender. As três formas de ocupação do espaço virtual - que é tão vasto que felizmente suporta tudo isto e mais ainda - merecem alguma atenção porque são muito mais frequentes do que imaginaríamos (isto partindo do princípio errado mas engraçado de que imaginamos todos o mesmo)... (Três blogocoisas continua na Atlântico de Junho)

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