blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com

sábado, setembro 30, 2006

Sábados ao Sol

Image Hosting by PictureTrail.com

"Têxteis mais inteligentes - O Ministro da Economia anunciou a criação de um centro de inteligência para o sector têxtil, que terá o objectivo de promover a ligação da moda ao sector nacional." Confidencial, p. 40.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Soprano Talk (11)

Image Hosting by PictureTrail.com

"We worry so much. Sometimes it seems that's all we do. But in the end, it all gets washed away. Everything gets washed away." Um episódio muito triste, sobretudo amargo. Mas não podia ser de outra maneira, pois não?
A perfeição existe

Image Hosting by PictureTrail.com

Minha grandessíssima querida, tive um princípio de desmaio quando vi escrito no ecrã do televisor qualquer coisa como: "Sorry, mas isto é de uma região diferente". Mas não me deixei abater! Já vi cinco episódios de seguida no portátil (o computador é nosso amigo) e posso dizer-te que a segunda série de Carnivàle é brilhante, mas não podia de maneira nenhuma ter sucesso. Tudo negro, muito negro, com um Brother Justin mau, libidinoso e muito atractivo como só o verdadeiro Mal pode ser; a sinistra irmã Iris, que será sacrificada (tenho a certeza disso porque Justin, o único que a poderá salvar, não o fará - não está na sua natureza); um Ben Hawkins menos activo ou mais fugidio, ou talvez simplesmente perdido, a passar por dois episódios estranhíssimos (o terceiro e o quarto desta série), em que esteve quase a ser enterrado vivo; uma Ruthie ressuscitada, mas que por isso paga um preço altíssimo (prevejo o pior); uma Sophie a recuperar do choque da morte da mãe e a fazer qualquer coisa de surpreendente (não conto); e um Samson cada vez mais sábio, um ponto de equilíbrio estranho no meio daquilo tudo. Fascinantes as breves alucinações de Justin e de Ben, sempre unidos em pontos opostos. Ah, e anda tudo a procura de Henry Scudder, que me parece não ser humano (é capaz de ser uma personagem interessante; pensando bem, já é). Concluindo, estou a adorar, mas julgo que tu, a triciclo, a Ana Cláudia, o Luís (falámos sobre Carnivàle em Setembro e Outubro de 2005), o Eduardo Pitta (que me parece também ter visto a primeira série) e eu não seremos público suficiente para dizer que esta série é perfeita. Não somos? Então não somos! A perfeição televisiva existe e chama-se Carnivàle. (Pronto, e também se chama Deadwood, Rome, The Shield, The Sopranos e House.)
Metabloggers do it better (28)

Ser contra os blogues é como ser contra os jornais, contra as revistas, contra a televisão, contra os homens, contra as mulheres, contra as crianças, contra os animais, contra as plantas, contra os peixinhos no aquário, contra a selva, contra as raparigas que pintam o cabelo, contra as raparigas que não pintam o cabelo, contra os burros, contra os inteligentes, contra os livros, contra a ópera, contra a música pop, contra o sol, contra a lua, contra os planetas, contra o universo. Ser contra os blogues é como ser contra a liberdade. Ser contra os blogues é como ser contra a liberdade de expressão.
Bomba de Ouro: "Eu tenho uma solução para o Idomeneo. O encenador pretende decapitar em palco Buda, Jesus Cristo, Maomé e mais uns deuses gregos sem importância. Ora, como é fácil de ver, todos podem ser decapitados à vontade excepto o Maomé. Pois que todos sejam decapitados excepto o Maomé. Não consigo imaginar melhor crítica ao islão e, de qualquer das formas, nenhum extremista islâmico vai meter bombas na ópera de Berlim só porque o encenador, não decapitando Maomé, anda a insinuar que o islão é violento e não respeita a Liberdade de Expressão." João Miranda, no Blasfémias.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com

... Hoje em dia, para muitos, a frase «a inveja é um pecado mortal» não tem nenhum significado e isso por um motivo, no meu entender, essencial: banalizámos a inveja ao associá-la a situações triviais do quotidiano e retirámos-lhe a gravidade que tem. Tantas vezes ouvimos que querer ter um par de sapatos igual ao da vizinha era um sinal de inveja, que acabámos por aceitar a frivolidade como uma espécie de substituição do conhecimento de séculos: muito resumidamente, a inveja destrói a vida das pessoas. (A puniçao à distância, Atlântico)

quinta-feira, setembro 28, 2006

Lançamento do livro

Image Hosting by PictureTrail.com

Via Sara Pais. Parabéns!
Mas vamos ao que interessa

Your Italian Name Is...

Silvana Rossi
Cartão de sócio n.º 24535278

You Are a Dragon

You are very charismatic and incredibly popular. People are drawn to your energy, but you are a very difficult person to get to know. You are very active - you are usually hard at work or play. You enjoy drama, and you enjoy anything unusual or eccentric.

Um amanhecer divinal

You Are Romanticism

You are likely to see the world as it should be, not as it is. You prefer to celebrate the great things people do... not the horrors they're capable of. For you, there is nothing more inspiring than a great hero. You believe that great art reflects the artist's imagination and true ideals.

Ninho de cucos (66)

O gato Varandas tem de ser levado de urgência para a depilação, devido ao estado lamentável em que se encontra... este blogue.
The sound of bomba

"Gonna go back to an old school groove"

Back in the Day, Christina Aguilera

quarta-feira, setembro 27, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Diane Lane

... muito divertido o que os estimados Jansenista e Je Maintiendrai contam e citam a respeito de Oscar Wilde. Ainda no outro dia pensava que se pudesse escolher ser alguém no passado, gostava de ser Oscar Wilde (tenho uma testemunha racional e outra irracional - ambas ouviram a expressão desta minha vontade). Mesmo com a maçada dos trabalhos forçados, julgo que terá compensado. A outra hipótese é Ava Gardner. Não: Ingrid Bergman. Ou Iris Murdoch. Ou Plutarco. Se pudesse escolher ter uma vida exemplar, teria a de Alcibíades. Não, a de Alexandre. Mas se fosse uma personagem seria Linda, de The Pursuit of Love. Nada disso! Aquiles e não se fala mais do assunto. Ou Atena. Ou Eros.

terça-feira, setembro 26, 2006

Caprichos

Image Hosting by PictureTrail.com
A tímida Elea é oriunda de um país chamado BCBG.

Image Hosting by PictureTrail.com
Do mesmo país, temos a bem-disposta e clássica Carole.

Image Hosting by PictureTrail.com
Por fim, apresento a nada masculina Larry, também de BCBG.
The sound of bomba

"Ah, ah, ah, yeah..."

Barbie Girl, Aqua.
Aniversário blogosférico

Image Hosting by PictureTrail.com

Muitos parabéns ao Seta Despedida pelo terceiro aniversário!
Uns sobre outros: "He was over-dressed, pompous, snobbish, sentimental and vain. But he had an undeniable flair for the possibilities of commercial theatre." Evelyn Waugh sobre Oscar Wilde.
Modo de vida: "I wasn't lucky. I deserved it." Margaret Thatcher, com nove anos de idade, a receber um prémio na escola.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Para o Impensado*

"Proust had a bad memory - as he had an inefficient habit, because he had an inefficient habit. The man with a good memory does not remember anything because he does not forget anything. His memory is uniform, a creature of routine, at once a condition and function of his impeccable habit, an instrument of reference instead of an instrument of discovery."

Proust, de Samuel Beckett, lido nesta belíssima edição, p. 521.

* Muitos parabéns pelo terceiro aniversário! Longa vida ao Impensável!
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Anna Karina

... toda vestida.

domingo, setembro 24, 2006

Na alfândega da blogosfera

Pergunta: Estado Civil?
Resposta: Sim, há um ano.
Pergunta: E trouxe o Oxford Companion consigo?
Resposta: Sim.
Pergunta: Promete não fazer mais piadas com autóctones barreirenses?
Resposta: Não.
Conclusão: Óptimo, pode passar. Parabéns!
Metabloggers do it better (27)
Modo de vida: feliz porque aprende e aprende porque ama.
Dos Modernos: perante uma comparação explícita podemos pensar que ali existe uma metáfora.
Dos Antigos: os deuses sabem a verdade, os poetas fingem que sabem e nós acreditamos neles ou não.

sábado, setembro 23, 2006

Sábados ao Sol

Image Hosting by PictureTrail.com

"Não consegui comprar o SOL!" in Blogue, Marcelo Rebelo de Sousa, p. 86.

The sound of bomba

"And you know that you can trust her
For she's touched your perfect body with her mind"

Suzanne, Leonard Cohen (por Nick Cave, Julie Christensen, Perla Batalla)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Uma Thurman

... ando a acordar muito deitada, curioso. E se puser a mão direita por cima do ombro direito e tentar uma ligeira inclinação sobre o lado esquerdo... Não sei se viram o discurso de George W. Bush nas Nações Unidas. Vi repetida a parte em que o Presidente dos E.U.A. se dirige ao Sudão, acusando os seus governantes de cometer genocídio na região de Darfur. Como sempre, é a reacção a estas palavras que me interessa. Um dos representantes (de três) do Sudão sorriu. Isso mesmo: fez um grande sorriso e mexeu-se para a frente. Ando desde então a pensar naquela espécie de riso (foi, na verdade, mais que um sorriso). Há várias possibilidades para tal coisa acontecer: 1) o homem estava nervoso; 2) o homem acha piada a George W. Bush; 3) o homem não percebe o significado da palavra genocídio; 4) o homem não conhece aquela regra da ONU que diz qualquer coisa como "não farás caretas perante os discursos de qualquer chefe de Estado"; 5) o homem é simplesmente um descontrolado; 6) o homem não percebe qual é o mal de dizimar populações, porque a vida para ele não tem grande valor. Se o ponto escolhido for o sexto, então teremos de perceber qualquer coisa de horrível: não há solução porque vivemos todos no mesmo mundo em tempos afinal completamente diferentes.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Não, não: isto é que interessa!

You Are From Jupiter
You are exuberantly curious - and you love to explore newness. Enthusiastic and optimistic, you get a kick out of stimulating intellectual discussions. Foreign cultures and languages fascinate you. You love the outdoors, animals, and freedom. Chances are you tend to exaggerate, so try to keep a lid on that. If you do, you'll continue to be known for your confidence, generosity, and sense of justice.
Mas o que interessa mesmo saber é...

You Are 12% Paranoid Schizophrenic
You're so far from paranoid schizophrenic... You probably found this quiz to be quite amusing.
And 27% Aries

You are 73% Virgo

Bomba Attenborough

Image Hosting by PictureTrail.com

- Ai, que querido!
- Coisa mais maravilhosa!
- Um amor...
- E está a comer, já viste?
- Está entretido.
- Lá com a vida dele, pois.
- Que consiste em andar por ali, comer umas ervazitas e reproduzir-se com grande dificuldade.
- Por isso é que há tão poucos.
- Sabes que é um bicho que está praticamente esgotado?
- Esgotado como? Cansado?
- Isso também é capaz de estar, mas o que quero dizer é que é raro.
- Mas é uma coisa tão querida!
- Um amor...
- E está a comer, já viste...
Ninho de cucos (65)

O gato Varandas vomitou uma bola (que não é bem uma bola, enfim) de pêlo no meio da sala. Foi de imediato transportado para a varanda, um local onde poderia vomitar tudo o que quisesse, completamente à vontade. Esperei, esperei, mas preferiu ficar a olhar para mim, enquanto bocejava qualquer coisa como "aqui fora não tem tanta graça e aquele chãozinho tão giro estava mesmo a pedi-las". Não sei a quem sai assim tão caprichoso.
Bomba de Ouro: "Não consigo deixar de considerar a falta de memória como uma falha grave. Relevo-a nas pessoas de quem gosto muito, mas, ainda assim, os esquecimentos, pequenos ou grandes, causam-me enorme desgosto. É-me difícil distinguir a falta de memória da falta de interesse. Seria diferente se eu própria não me lembrasse." Sam, no Serendipity.
Modo de vida: sinceramente, prefiro a catarse.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Stephanie Seymour

... bem, obrigada.

terça-feira, setembro 19, 2006

Soprano Talk (10)

Image Hosting by PictureTrail.com

T.: "I been coming here off and on what, five fuckin' years and you still don't understand what it means to tape somebody in my family? You don't fuckin' get this?" Magnífica cena com Melfi e com um excelente resultado na terapia - T. herdou a mãe, por isso Janice (que o abandonou) tem de pagar. Parece-me correcto.
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer

- O Blogame Mucho está aqui! Mais um dia e telefonava para o blogue.
- Parabéns pelo segundo aniversário do Quatro Caminhos! Embora, parafraseando Vicky Pollard, yeah, but no, but yeah, but no, but...
- Fim? Lido muito mal com essa palavra. O blogue chama-se Posto de Escuta!
- Isto está tudo ligado! Obrigada.
- Bomba nele, caro Misantropo, bomba política nele...
- A ideia de autolinque (há que ser ousado na grafia) circular agrada-me.
- De repente, apetece-me dar uma Bomba de Ouro ao maradona (benditas semi-férias!), por causa disto: "Talvez ele não queira discutir isto assim, não sei; ou não queira discutir de todo, sei lá. Pessoas assim como eu têm muita dificuldade com as boas maneiras, em descobrir o ponto em que "já chega". Suponho que há um lado de concordância, outro de discordância e um bocadinho de incompatibilidade, nesta coisada toda" e depois apetece-me dar outra Bomba de Ouro ao Tiago Cavaco por causa disto: "I love you, maradona. I could never feel escaldado por causa destas macacadas."
- A brincar, a brincar, já lá vão dois meses de férias. I object!
- Em que página do Oxford Companion to Estado Civil se encontra a referência a este post?
- Por fim, está uma imagem de um bicho feio/lindíssimo em Port Royal e um cartoon que pespego agora no bomba (e não é que não há meio de conseguir ver o Loose Change? tanta repetição...).

Image Hosting by PictureTrail.com
The sound of bomba

"Love's the only engine of survival"

The Future, Leonard Cohen (por Teddy Thompson)

segunda-feira, setembro 18, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Greta Garbo (deste óptimo site)

... a pensar numa frase de Oscar Wilde, dita por uma personagem qualquer: "One should never trust a woman who tells one her real age. A woman who would tell one that, would tell one anything." Mas Wilde não percebia nada de mulheres, now did he... (Ah, querido Macguffin, não acordei assim porque aconteceu certa coisa terrível, precisamente com a idade que hoje completo, à diva mais fabulosa do planeta. Beijocas, sim!)

domingo, setembro 17, 2006

Gostar de homens©

O Papa e o islão
de Vasco Pulido Valente*

Não deve haver académico que, lá no fundo, não tenha um especial fraquinho pelo Papa Bento XVI. Afinal, ele faz parte da corporação e, mais, foi durante muito tempo um motivo de orgulho para a corporação. Fala o dialecto da seita, escreve no dialecto da seita e, se não pensa como a seita, pensa segundo as regras da seita. Só que é Papa e que, sendo Papa, de quando em quando, esquece o mundo cá de fora e reverte ao seu velho papel de universitário. O "escândalo" de Ratisbona não passa disto. Bento XVI, querendo explicar a irracionalidade da conversão pela violência, citou o imperador Manuel II Paleólogo. Num diálogo com um persa, Paleólogo dissera: "Mostra-me então o que Maomé trouxe de novo. Não encontrarás senão coisas demoníacas e desumanas, tal como o mandamento de defender pela espada a fé que ele pregava". O mais preliminar assistente de Literatura, História, Filosofia ou Teologia percebe logo três coisas. Primeira, que o Papa não dá o imperador Paleólogo como um intérprete autorizado da religião muçulmana, mas como um como um opositor inteligente à perseguição religiosa. Segunda, que o Papa não esqueceu as perseguições da sua própria Igreja e que usou o imperador por conveniência ilustrativa da desordem moderna. E, terceiro, como o título e o resto da conferência comprovam, que Ratzinger não estava interessado em "atacar" ninguém, estava interessado na dualidade da fé e da razão. Infelizmente, a "rua" islâmica não é o público letrado da Universidade de Ratisbona e começou rapidamente a usual campanha de ódio contra o Bento XVI, que de toda a evidência o deixou estupefacto. O papa já lamentou o equívoco, mas não pediu desculpa. Não podia pedir. Nem pelo incidente, fabricado pelo fanatismo e a ignorância, nem pelo teor geral da conferência de Ratisbona. Ratzinger insistiu que a fé não é separável da razão e que agir irracionalmente "contraria" a natureza de Deus. Não vale a pena entrar nas complexidades do assunto. Basta lembrar que desde o princípio (desde Orígenes, por exemplo) se construiu sobre a fé cristão um dos mais sublimes monumentos à razão humana e que o Ocidente, apesar da "Europa", não existiria sem ele. A fé muçulmana não produziu nada de remotamente comparável e, durante quinze séculos, sustentou uma civilização frustre e parada. A conferência de Ratisbona reafirmou a essência do cristianismo. Se o islão se ofendeu, pior para ele.

* na edição do Público de hoje.

sábado, setembro 16, 2006

Sábados ao Sol


Image Hosting by PictureTrail.com


"Bomba dá expulsão - Por ter dito a palavra 'bomba', uma passageira foi expulsa do avião quando se preparava para fazer um voo doméstico nas Filipinas. É que no aeroporto de Manila há um letreiro que proíbe piadas sobre explosivos." in Curtas, p. 40.

The sound of bomba

"Five fitfty five
Five fifty five"

5:55, Charlotte Gainsbourg

sexta-feira, setembro 15, 2006

Bomba Attenborough

Image Hosting by PictureTrail.com

No meio de um hiperactivo zapping, assisti a um programa no canal National Geographic sobre um bicho qualquer bastante horrível. Não era sobre o acima fotografado dragão de Komodo. Seria sobre uma daquelas cobras badochas que chegam a comer coelhos inteiros ao pequeno-almoço, mas já não me lembro muito bem. Ora comecei a pensar que estes bichinhos também têm direito à vida, que fazem parte deste mundo em que vivemos, e que merecem mais respeito do que muitas criaturas humanas. No Bomba Attenborough gostaria de recuperar a reputação aparentemente perdida destes bichos que, apesar de não serem nossos amigos, estão cá por algum motivo e se fazem algum mal só pode ser por terem boas razões para isso. Não quero, no entanto, deixar de elogiar os sempre elogiáveis bichos bonitos, por isso tentarei alternar os encómios: bicho feio/bicho lindo ou bicho medonho/bicho querido e assim por diante.

Começo pelo dragão de Komodo. Basta olhar para a fotografia em cima para percebermos que se trata de um bicho antiquíssimo. Isto é coisa para andar por cá há uma série de séculos. O lagarto gigante tem inúmeras vantagens: 1) a quantidade de bactérias que tem na língua protege-o de maçadoras gripes e quem sabe se de doenças mais aborrecidas; 2) a pele é grossa e também o protege do frio, logo anula qualquer possibilidade de apanhar uma constipação; 3) finalmente, com as suas unhas gigantes poderá esgravatar na terra enormes buracos, onde se poderá meter, protegendo-se mais uma vez de eventuais gripes. Concluindo: de certeza que o dragão de Komodo não se constipa e por isso há que estudar aquelas bactérias para ver se inventamos uma vacina decente. Por exemplo, um dragão de Komodo quando se zanga com outro (por causa de, por exemplo, um gato persa cobiçado por ambos... Varandas, estás proibido de sair de casa!), como se aniquilam um ao outro? Em princípio, seriam imunes à mordida um do outro, haverá ali muito anticorpo à solta, mas não sei. Reproduzem-se muito e isso é essencial para perpetuar a espécie. Cada fêmea chega a ter uma vintena de dragõezinhos de komodozinho! Muita resistência e abundante reprodução: temos bicho para durar mais umas centenas de anos. E há cá.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Bomba de Ouro: "Não gosto de polémicas. Implicam muito trabalho: réplicas, tréplicas, logomaquias, correcções, cedências e negociações. As pessoas são absolutamente livres de dizer o que pensam e sentem. Daí que evite melidrá-las, confrontando-as com o contraditório", Miguel Castelo-Branco, no Combustões.
Cenas da vida conjugal

(A ver o vídeo de If you leave me now, dos Chicago, no VH1.)

- Que horror...
- Como é que isto alguma vez foi possível?
Eu sabia que isto estava escrito em qualquer sítio (47)

"In popular culture rude people are celebrated as authentic, and those skilled at the art of conversation are often depicted as superficial or effeminate or dishonest (or all three)."

Stephen Miller, Conversation.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Soprano Talk (9)

Image Hosting by PictureTrail.com

Christopher: I love you, man.
Tony: I love you too.

Adenda: pois vi o debate e gravei o episódio (que entretanto já tem um futebol qualquer por cima; diacho, não há respeito nenhum!). Christopher teve uma recaída (casamento e filho tudo ao mesmo tempo é demasiado): copo de vinho na mão, seringa espetada no braço. Tony e Christopher fazem um assalto ao estilo "old school". Roubam uma série de caixas de um vinho de 1986 com nome francês, que T. pronuncia com sotaque de Jersey, e que depois bebem ao jantar (duas garrafas) e mais uma (da garrafa, iaque!) sentados no passeio. É nessa altura que Chris diz a T. que o adora e T. diz a Chris que sente o mesmo: "We have a bond." Pois têm. The bond chama-se Adriana. Mas essa ligação talvez tenha agora acabado: recordação da cena na cave quando Chris contou a T. que Adriana andava a falar com o FBI e nova cena na cave quase no fim do episódio entre Chris e T., em que este arruma as garrafas de vinho e há uma tensão estranha, um sinal de que as coisas esfriaram. Paulie o tempo todo: organiza a festa do Santo Elzear, negoceia com o padre (que exige 50 mil dólares, em vez dos habituais 10 mil), não cuida da manutenção do carrossel e tem azar - Janice e a filha bebé estavam lá quando descarrilou; nada de grave lhes acontece, mas Janice não deixa passar e incita Bobby a intervir. Mas Paulie deprime-me e Janice repugna-me. Não sou capaz de falar muito deles.
Posts (muito pouco) actualizados: Soprano Talk (7) e Soprano Talk (8).
Eu sabia que isto estava escrito em qualquer sítio (46)

"If men engage in corrupt conversation, the women should leave."

Stephen Miller, Conversation - A History of a Declining Art.
The sound of bomba

"The moment that you speak
I want to go and play hide-and-seek"

You Make Me Feel So Young, Frank Sinatra

terça-feira, setembro 12, 2006

Dos Não-Tão-Modernos-Como-Isso

O mais que puderes

E se não conseguires fazer da tua vida o que queres,
então pelo menos tenta,
o mais que puderes; não a menosprezes
no contacto abundante com o mundo,
nas muitas acções e palavras.

Não a menosprezes no vaivém
frequente, expondo-a
à estupidez diária
de relações e amizades
até que se torne um fardo estranho.

Konstandinos Kavafis, 1905. Tradução de Carla Hilário Quevedo. (Traduzi este poema pela primeira vez em 1996, em Atenas. Esta é a quarta versão e não será a última.)

A resignação, que aparenta ser uma atitude menor (uma espécie de satisfação com o que é possível) parece ser, afinal, o que possibilita a elevação de pensamento. O esforço de tentarmos fazer da nossa vida "o mais que pudermos", embora seja nobre, não nos confere por si só elevação. A importância de preservarmos a nossa vida, separando-a da mesquinhez exterior à mesma, sobrepõe-se a qualquer objectivo prático, por muito digno que seja. Tentar fazer o mais que se pode apresenta-se neste poema como um objectivo indissociável de um sentimento profundo de aceitação dos revezes da vida. No caminho é preciso evitar os desvios prejudiciais, como o "contacto abundante com o mundo", as "muitas acções e palavras", o "vaivém frequente" ou ainda a exposição "à estupidez diária de relações e amizades".

Cuidarmos da nossa vida apresenta-se como o mais importante. Tal implica que a nossa intervenção no destino, que (quase paradoxalmente) a cada um cabe cumprir, se faça, sobretudo, no isolamento. A alteração do objectivo parece-me determinante no modo de vida que se lhe exige: não se trata de conseguir o que se quer, mas de tentar conseguir o que se quer, sempre com a consciência da inevitabilidade do insucesso, que por sua vez não é necessariamente visível, nem tão-pouco necessariamente perceptível no momento em que acontece. Na verdade, o falhanço é o menos importante. Não se trata de negar a vida, não tentando sequer, mas de a viver com coragem, tentando sempre. A tentativa parece similar à dos Troianos (tal como se apresenta num poema homónimo belíssimo também da autoria de Kavafis), embora menos alegre, talvez mais consciente do falhanço. O esforço na modernidade é individual, restando-nos preservar a única coisa que nos pertence: a nossa vida, cuja elevação parece possível através da concretização de preocupações tão antigas como o despojamento do que é mundano, trivial, superficial e, por tudo isso, desgastante. A frase de Samuel Beckett - tão excessivamente citada que chega a parecer banal - "try again, fail again, fail better" leva-me sempre a pensar neste poema, que se fosse ainda mais curto e muito mais antigo seria um epigrama didáctico de Teógnis.
Coisas que melhoram algumas vidas (49)

Image Hosting by PictureTrail.com
The sound of bomba

"Why can't the English teach their children how to speak?
Norwegians learn Norwegian; the Greeks have taught their Greek.
In France every Frenchman knows his language fro "A" to "Zed"
The French don't care what they do, actually, as long as they pronounce it properly."

Why Can't The English? My Fair Lady.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Nastassja Kinski

... quem era aquele senhor ontem no Prós e Contras, apresentado como tendo escrito ou traduzido ou ambos mais de 150 livros e que, coitadinho, é altamente influenciável pela televisão? E o outro sentado ao lado que se afirmava muçulmano (pois com certeza que era, claro), mas que na verdade era um tuga tuguíssimo? Helena Matos óptima, a dar um excelente exemplo ("os chineses não se fazem explodir") perante o olhar confuso (coitadinho) do intelectual dos 150 livros, tradutor entre outras obras do Corão e que me pareceu ter dito a uma dada altura que as mulheres usavam a burka no Afeganistão porque queriam. Pacheco Pereira teve a absoluta sensatez de chamar guerra ao que é de facto uma guerra e de dizer tudo aquilo que deveria pertencer ao domínio do senso comum, mas que infelizmente não pertence. Como se pode sequer comentar a frase de Mário Soares: "Os terroristas fazem mal, mas os que o combatem fazem ainda pior"? E sempre o discurso de eterna desculpabilização: porque são pobres e - meu Deus! - porque se sentem humilhados. A questão da alegada humilhação dava um tratado sobre a relação entre a inveja e o terrorismo (isto para quem acredita que a inveja é uma coisa muito séria e grave; ou seja, três ou quatro pessoas). Sempre que Soares falava, Pacheco Pereira ficava mais novo. Quase no início, Mário Soares disse qualquer coisa como: "Você não quer Convenção de Genebra, não quer Direito Internacional, não quer ONU", mas a única coisa que ouvi foi: "O menino não quer estudar, não quer comer, só quer brincar no computador, vá já para a cama!" A partir daí o debate nunca mais foi o mesmo.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Não podemos esquecer

Image Hosting by PictureTrail.com

domingo, setembro 10, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Catherine Deneuve

... ontem tentei assistir ao Dia das Asas, organizado pela Red Bull (a propósito, o Red Bull Sugarfree é muito bom), mas não consegui lá chegar. Após ter estado 45 minutos numa fila de trânsito paradíssima, resolvi voltar para trás e assistir mais tarde ao possível pela televisão. Já é a segunda vez que isto me acontece e tenho pena, pronto. O conceito do Dia agrada-me muito: a inutilidade da coisa, o puro divertimento, o trabalho em equipa, sem que haja nenhum objectivo a não ser o de passar um lindo dia a cair nas águas do Tejo (a parte gore), da maneira mais original e graciosa possível, em geringonças ou espécies de passarolas pós-modernas, sempre com a consciência de que queda implica voo, ainda que ambos demorem uma fracção de segundo. Só pode ser maravilhoso. Para o próximo ano vou de véspera.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Soprano Talk (8)

Image Hosting by PictureTrail.com

Vito assiste a um incêndio e apaixona-se pelo bombeiro/dono do diner Jim. Um clássico. E quem diz New Hampshire (alguém há-de dizer) diz Brokeback Mountain. Como quem manda para um sítio, implicitamente manda para o outro. Mas teria sido possível acertar mais na tradução.
The sound of bomba

"Primero hay que saber sufrir,
después amar, después partir
y al fin andar sin pensamiento..."

Naranjo en flor, Virgilio e Homero Expósito. (Sei que é repetido - já o pus a tocar aqui, aqui e aqui - mas de vez em quando tenho saudades de ouvir este tango extraordinário. Hoje é um desses dias.)
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Pamela Anderson

... bienvenue, Je Maintiendrai!

quarta-feira, setembro 06, 2006

E quando pensávamos que o mundo era um lugar seguro...

Image Hosting by PictureTrail.com

Regressam os 2DJS do C*******! (Nuno Miguel Guedes e Zé Diogo Quintela)

No sítio do costume, tudo do costume pelo preço do costume!

Sexta-feira, dia 8 de Setembro, pela meia-noite, no Napron (Rua da Barroca, ao Bairro Alto).

A dupla que está para o DJaying como os icebergues para o Titanic! A não perder (até por que com sorte, eles não voltam). Correio e pedidos para: djsdocaralh@gmail.com.
The sound of bomba

"Think I wanna make that move now"

Me & You, Cassie
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Nastassja Kinski

... enquanto preparo o pequeno-almoço, penso no último Of Beauty and Consolation (a propósito: restabelecido?), nomeadamente em Martha Nussbaum, que afirmou que o nosso conceito de beleza se afasta completamente da noção de beleza dos Gregos: o Belo como justiça, bondade moral. Julgo que Nussbaum não se estará a referir a ómorfos, mas a kalós. Depois brilhante a responder a Steiner. A indignação deu lugar ao ressentimento e isso é bom só porque Nussbaum não usa o que já percebeu sobre Steiner (abuso ao atribuir-lhe intenções; assim sendo, paro aqui) e ataca-o pelo que destaca - a conhecida pergunta de Elie Wiesel: "Sabendo que o Holocausto pode voltar a acontecer, vale a pena ter filhos?" Nussbaum insiste (cito de memória): "Se Steiner acredita no que pergunta Wiesel, então porque é que é Professor, porque é que ensina, dá conferências, tenta mudar o pensamento das pessoas? Não serão os seus alunos, as pessoas que influencia também seus filhos?" Scruton acompanha-a no raciocínio. Está aliás sentado ao lado de Nussbaum, que tem Steiner à sua frente. Greer está mais afastada, do lado de fora do triângulo, Schama está mais perto. Excelente série de programas. Repitam em sessões contínuas!

terça-feira, setembro 05, 2006

Para a Rita Ferro Rodrigues

Os Portugueses não são por hábito generosos. Talvez por isso, na sua maioria, sejam tão maus leitores. A leitura é um exercício de atenção e concentração; ou seja, um acto de amor e o amor não vive dissociado da generosidade. Mas há excepções e nos últimos dias fui vítima de uma avalanche delas! O que a Rita Ferro Rodrigues escreveu na última edição da Única foi um acto de pura generosidade, que me emocionou. A escrita no blogue, tal como a entendo, é sobretudo fragmentada, naturalmente incompleta e, por vezes, apenas informal e vive do prazer absoluto na conversa. A interpretação reconcilia o autor com o que escreve. Já outras vezes escrevi (parodiando e adulterando Flaubert) que "o bomba inteligente sou eu". Quando alguém me compreende é que vale a pena. Muito obrigada.
Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Angelina Jolie

... a ler o maradona!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Brigitte Bardot no estúdio de Pablo Picasso

... encantada por ser objecto de estudo com tão tenra idade. Muito obrigada, caríssimo Tigre da Malásia!

sábado, setembro 02, 2006

Eu hoje acordei assim...

Image Hosting by PictureTrail.com
Eva Mendes

... caríssimo Jansenista, welcome back! Venho a correr falar-lhe do último Of Beauty and Consolation que vi (o programa com Martha Nussbaum foi muito, muito bom - que pena não ter gravado! - e na sequência da leitura do seu post decidi que chegou a altura de ler o livro de que fala). Aconteceu há já uns dias e tratou-se da primeira e segunda partes (de três) do encontro final entre 20 participantes no programa. A pergunta era (cito de memória, com todas as falhas que o exercício implica): "Valerá a pena viver a vida?" Respondem Martha Nussbaum, George Steiner, Richard Rorty, Roger Scruton, Germaine Greer, Simon Schama, um escritor nigeriano, um físico com cara de muito boa pessoa, uma escritora russa Tatjana qualquer-coisa, uma senhora que trabalha com animais, Joan, Joan... não me lembro do apelido, uma senhora loura de óculos, que teve graça a uma dada altura da discussão, György Konrád, que perante a impossibilidade de fumar, bebeu o tempo todo e outros que não falaram, não intervieram e que não conheço. A discussão foi extraordinária e mostrou uma Nussbaum a ranger entre dentes um certo desprezo por uma escritora russa que insistia em dizer que a hipótese avançada por Nussbaum não era possível, anulando assim a possibilidade de discussão filosofica (a única que interessa, no meu entender), um Steiner absolutamente avassalador, que arrasou a pobre russa (na altura, confesso que já estava com uma certa pena da senhora), por esta ter tido a desfaçatez de dar um exemplo da sua vida privada para responder à pergunta, um Rorty muito apagado, uma Germaine Greer extraordinária (acho graça à sua militância porque é inteligente, contida, nada histriónica e to the point; além disso foi a única que conseguiu desarmar Steiner, o que não me parece nada pouco), um Schama exuberante e um Scruton por quem me apaixonei, uma espécie de menino de ouro, talentosíssimo e cheio de graça, de quem quero ler tudo (julgo que saiu agora uma tradução de um livro dele) e que me pareceu o elemento mais interessante de todos. Da discussão propriamente dita, recordo a pergunta feita por Nussbaum a Steiner e que causou grande tumulto: "Entre Proust e a abolição da escravatura, o que escolhia?" ao que Steiner responde sem hesitar: Proust. Tenta explicar, mas não consegue totalmente, dada a indignação de Nussbaum e a interferência de Greer. Mas percebemos a intenção (talvez ingénua) de Steiner: o legado de Proust pode melhorar a vida das pessoas, uma vez que as torna menos violentas, mais tolerantes, que as ensina a viverem umas com as outras, a respeitarem a memória etc. Percebo, percebo muito bem; mas não é verdade, lamentavelmente. E depois a discussão sobre o sexo, incentivada por Schama e impedida de descambar - ah, que pena! - por Scruton, ao dizer que o sexo é demasiado importante para ser sequer mencionado. O que me leva a pensar na razão por que em cerca de duas horas nem uma única vez Deus foi referido: talvez por ser demasiado importante (julgo que o facto de a maior parte dos participantes activos na discussão serem judeus será revelante para percebermos a omissão). Fascinante, em suma. A terceira e última parte do programa deveria ser exibida hoje, mas não percebo o que está na programação. Lá para as três da manhã na SIC.

sexta-feira, setembro 01, 2006

The sound of bomba

"Kissing in the full moon
Drowning in the sunshine
Walking on a tightrope
And everything is gonna be just fine
'Cause I believe in your heart of gold
Automatically sunshine
Yeah glitter, glitter everywhere
Like working in a goldmine
And we believe that there's a heart beats on
In the dark of the closedown
Yeah glitter, glitter everywhere
Like working in a goldmine"

Working in a Goldmine, Aztec Camera
Bomba de Ouro: "Diz que vai emigrar para a Grécia antiga." Do vivíssimo Groucho.
O Eu hoje acordei assim errou

O blogue Arcádia assinala um engano no meu artigo na Atlântico deste mês e tem toda a razão do mundo! Só agora ao ler o post me apercebi do lapso. As minhas desculpas a Helena Matos, colaboradora do blogue Blasfémias. Pensava no tempo em que nele actualizavam apenas homens. De nenhuma maneira quis insinuar que Helena Matos seria um pseudónimo.
Metabloggers do it better (26)

Image Hosting by PictureTrail.com

Posso estar enganada, mas parece-me que o bomba inteligente é o único blogue a receber hate mail a propósito de um post sobre o Rei Édipo. Coisa mais anormal julgo que é impossível. Aproveitei o contacto virtual com a realidade grunha para fazer um rápido exercício de estatística. Verifiquei que os insultadores (recorrentes e obsessivos) do bomba inteligente são na sua grande maioria homens, de esquerda, com idades compreendidas entre os 38 e os 50 anos. Não duvidem de que existe mesmo um problema grave de... desemprego em Portugal.
Muitos parabéns! O blogue A Origem das Espécies celebrou há dias o seu primeiro aniversário e o seu autor, Francisco José Viegas, ao escrever este post deu-me uma ideia. Será possível mentir na idade do blogue? Não que o FJV o tenha feito, mas sabemos que pertence à brigada do reumático blogosférico (leia-se: quem por aqui anda há mais de três anos). Por vezes, penso no futuro (sim, que não estou a toda a hora embrenhada no passado) e imagino os blogueadores já velhinhos, com uma mão apoiada na bengala e a outra, cheia de artroses, a teclar verdadeiros posts de antologia. Imagino que daqui a uns anos havemos de estar a recordar o passado (sempre com uma doce saudade) e que alguém há-de afirmar com toda a veemência e distinta lata: "O meu blogue não faz nada dez anos. Faz sete." Parabéns, parabéns!
Nas bancas!

Image Hosting by PictureTrail.com

Seguidores

Arquivo do blogue