blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com

terça-feira, julho 31, 2007

Blockbomba: Miss Potter (muito bonito). Breaking And Entering (muito chato).
Eu hoje acordei assim...


Sophia Loren

... boas férias, Jansenista!

segunda-feira, julho 30, 2007

Pela segunda vez na imprensa portuguesa

Na noite das intercalares do dia 15 de Julho em Lisboa, o casal Quevedo sentou-se de novo em frente à televisão com duas mãos no computador e outras duas no comando. A sempre agradabilíssima soireé familiar foi desta vez acompanhada de um Cunha Martins branco do Dão e água das pedras fresca. O resultado está à vista de todos.

Mais uma vez, o vencedor inequívoco das eleições é a abstenção. Ou, como disse uma jornalista da RTP, "houve muita abstinência". Não há data nem condições climatéricas adequadas para a prática da democracia em Portugal. Ou literalmente não existe um clima democrático em Portugal. Ou chove ou faz sol e nenhuma das duas hipóteses é boa para votar. Depois a data. Se é 11 de Fevereiro é porque é 11, e é porque é Fevereiro. Se é 15 de Julho, é porque é 15, é porque é férias, é porque há que escolher entre doze candidatos quando afinal agora o que queríamos mesmo era dizer sim ou não. Porque é que no referendo ao aborto no dia 11 de Fevereiro não havia doze alternativas e porque nas eleições para a Câmara de Lisboa no dia 15 de Julho não houve só duas? (O Presidente da Cama de Lisboa continua na Atlântico de Agosto.)
Eu hoje acordei assim...


Sydney Tamiia Poitier

... de génio o novo filme de Quentin Tarantino, Death Proof.

domingo, julho 29, 2007

Dentes de leite

Boots and Shoes

My Wellington boots go
thump-thump, thump-thump,
My leather shoes go
pit-pat, pit-pat,
but my rubber sandals
make no noise at all.

(Do caderno da segunda classe: Wednesday, 18th January 1978)
Eu hoje acordei assim...


Dakota Fanning

... Varandas, não fiques zangado comigo. Tinhas de tomar banho...

sábado, julho 28, 2007

Coisas que melhoram algumas vidas (76)



"Mimi, mimimimimi mimi..."



Via Mahnah-Mahnah. Também banda sonora para isto.
"Not to mention the gods, not to mention the gods"

Dos Antigos

The Wrath of Achilles, François-Léon Benouville (1821-1859), Musée Fabre
Eu hoje acordei assim...


Natalie Portman (fotografia de Bruce Weber)

... ontem tive um comportamento que considero lamentável: perdi a cabeça. Uma pessoa acorda bem disposta, alegre, e depois, está claro, o dia avança com todas as contrariedades e os revezes que nos estão destinados, para nós desconhecidos. É precisamente para essas contrariedades que temos de estar preparados, e eu tenho trabalhado muito no assunto, a sério que tenho, talvez por isso a minha decepção naquele momento em que disse a um desgraçado que tentava apenas fazer o seu trabalho - chateando o próximo é certo - que não percebia porque é que insistia em dirigir-me a palavra e porque é que ele achava que eu ou alguma pessoa fechada naquela sala de espera há cinco horas tinha de o aturar. Isto num tom de voz seco mas alto, com um olhar que diagnostaria como vagamente psicopata. Depois desta cena que considero ridícula, silêncio na sala cheia, e o homem a olhar para mim sem dizer nada, com um ar indefeso. Graças a um resto de lucidez, consegui repetir para mim mesma que cinco horas de espera não é em si uma razão válida para perder a cabeça, mesmo com um idiota. Porque não melhora nada, desgasta. Também não consola aquela conversa de que não somos de ferro e que estas coisas, de vez em quando, são naturais. Não são nada naturais. Não disse mais nada e aguentei mais duas horas de espera. Houve quem tivesse esperado muito mais (ainda lá devem estar). O facto de o País não funcionar pode provocar a ira, mas nada disso adianta; não nos leva a lado nenhum.

sexta-feira, julho 27, 2007

Eu hoje acordei assim...


Elizabeth Taylor

... a pensar que não gosto de especuladores financeiros. É possível que tenha hoje acordado virada para o lado contrário, mas se quisermos falar de bondade no mundo - queremos? não queremos? - temos de admitir que existem diferenças claras, por exemplo, entre um industrial que cria postos de trabalho (mesmo explorando os trabalhadores) e uma pessoa que compra empresas na falência e depois as vende e que, na verdade, compra e vende dinheiro (não faço a menor ideia como nem me interessa). Como disse um dia Dorothy Parker: "If you want to know what God thinks of money, just look at the people he gave it to." É um bom exercício, por acaso. E depois escapa completamente ao meu entendimento a razão por que se acumula dinheiro. Exactamente para quê? Mas não é com certeza por esse motivo que não ganho o Euromilhões, embora trabalhe para isso todas as sexta-feiras, pois não percebo bem o sentido da palavra "acumular". E quem é que deu autorização para fotografar o meu local de trabalho em ruínas e à chapa do sol? Quem quiser ler a vida de Marco António, pode fazê-lo aqui. Ou então, é isto e mais isto. Para finalizar, gostaria de apresentar o meu voto de protesto contra o - gasp! - fim do Tristes Tópicos. Há uns dias que ando a tentar digerir este post. Estas coisas têm definitivamente de acabar: quem entra na blogosfera não deve poder sair mais. Neste aspecto - e apenas neste... - devia funcionar como a Máfia: "So you want another life, Vito... Okay." Ficávamos logo a saber que não, não ia nada a lado nenhum, muitas desculpas, estava só na galhofa e pronto. Helena, so you want another life... Muitos beijinhos!

quinta-feira, julho 26, 2007

Dos Antigos


The Young Cicero Reading, Vincenzo Foppa, ca. 1464, Wallace Collection, London
Antony and Cleopatra, Act IV, Scene 3
by William Shakespeare

First Soldier: Brother, good night: tomorrow is the day.
Second Soldier: It will determine one way: fare you well.
Heard you of nothing strange about the streets?
First Soldier: Nothing. What news?
Second Soldier: Belike 'tis but a rumour. Good night to you.
First Soldier: Well, sir, good night.

Enter two other Soldiers

Second Soldier: Soldiers, have careful watch.
Third Soldier: And you. Good night, good night.

They place themselves in every corner of the stage

Fourth Soldier: Here we: and if tomorrow
Our navy thrive, I have an absolute hope
Our landmen will stand up.
Third Soldier: 'Tis a brave army,
And full of purpose.

Music of the hautboys as under the stage

Fourth Soldier: Peace! what noise?
First Soldier: List, list!
Second Soldier: Hark!
First Soldier: Music i' the air.
Third Soldier: Under the earth.
Fourth Soldier: It signs well, does it not?
Third Soldier: No.
First Soldier: Peace, I say!
What should this mean?
Second Soldier: 'Tis the god Hercules, whom Antony loved,
Now leaves him.
O deus abandona António

Quando subitamente à meia-noite se ouve
passar um cortejo invisível
com música excepcional, com vozes –
não chores em vão a sorte que agora te abandona,
as tuas obras que falharam, os planos da tua vida
que eram afinal ilusões.
Como se estivesses há muito preparado, corajoso,
despede-te dela, da Alexandria que parte.
Acima de tudo não te enganes, não digas
que foi só um sonho, que os teus ouvidos te enganaram;
não cedas a essas esperanças vãs.
Como se estivesses há muito preparado, corajoso,
como se fosses digno de uma cidade como esta;
aproxima-te com firmeza da janela,
e ouve com emoção, mas não
com os pedidos e as queixas dos cobardes,
como último prazer os sons,
os instrumentos excepcionais do cortejo secreto,
e despede-te dela, da Alexandria que perdes.

Konstandinos Kavafis, 1911, tradução de Carla Hilário de Almeida Quevedo (2004)
Caracóis, sandálias e traições (10)



Rui, gravei o episódio e vou tentar que o Varandas não grave nada por cima. Átia sempre foi e sempre será a melhor personagem desta série, badocha ou não. Belíssima neste último episódio, supera uma prova final completamente desumana (aos meus olhos modernos, entenda-se): neste Triunfo - tão diferente do anterior, é verdade, Ana Cláudia - é obrigada a assistir à exibição dos corpos de Marco António e de Cleópatra, prémios de Octávio para o seu povo. E suporta tudo, só com os olhos muito vagamente brilhantes, olhando uma vez para o filho e depois para o lado sem chorar uma única lágrima. Devo notar, aliás, que nos episódios que se seguiram à maldição de Servília - Rui of Zinkii, I call for justice, and all that jazz, lembram-se? - assistimos a relativamente pouco sofrimento para Átia. É certo que acaba sozinha, but don't we all? Julgo que a maldição de Servília acaba por não se cumprir - sempre me pareceu uma personagem pouco eficaz na concretização das suas coisinhas - ou cumpre-se apenas de um ponto de vista telenovelesco: o seu melhor amante acaba doente de amor por uma mosca morta (lamento, Rui, mas não - a Rainha do Egipto e o grande Marco António retratados como um casal enfadonho de uma telenovela: "eu amo você, Marco Antônio...", "ah, quirida, você gosta dji mi ver dji eyelainer?" e assim por diante, boring I say!). Servília que afinal foi o grande amor de Júlio César, segundo conta Suetónio... Nem uma porcaria de uma maldição de jeito! Tanto drama para pouco. Átia mantém-se firme e responde maravilhosamente à serpente da nora, quando esta insiste em entrar primeiro e ocupar o lugar de honra no Triunfo: "You are swearing now that some day, some day you will destroy me. Remember: far better women than you have sworn to do the same. Go look for them now." Os inimigos, para o serem, têm de no mínimo estar à altura.

Adorei as nossas conversas, como sempre. Obrigada!

quarta-feira, julho 25, 2007

Eu hoje acordei assim...


Brigitte Bardot

... começo por agradecer a todas as almas internáuticas caridosas pelas sugestões de sítios fantásticos para alojar as músicas. Ainda não consegui analisar bem todos os casos, mas esses belos sites não perdem pela demora. Obrigada! The best thing about being a woman is the prerogative to have a little fun. Ah, poeta! Um dos melhores versos de sempre. Mas vamos lá a ver uma coisa: se o estimado Jansenista ouvia Love Bizarre na adolescência, um tema de 1985 de que me lembro perfeitamente... Entretanto, houve dois blogoaniversários: quatro anos de Serendipity e um aninho de Folhos e Confettis. A todas as meninas muitos parabéns, muitas felicidades e muitos anos de vida! E sai um duche frio para o Fórum Comunitário! Para finalizar, no outro dia, parada num semáforo na Av. da Liberdade, na passadeira a andar, braço dado com a mulher, reconheço o tradutor de Séneca. Fiquei muito contente por vê-lo com boas cores, animado, com aquele sorriso infantil, uma característica que só vi nas crianças e nos sábios. Lembrei-me logo das aulas sobre o Ulysses, em que de um grupo de cerca de quinze pessoas só o Professor e eu achávamos muita graça a tudo aquilo, sempre com ele a querer ver paralelismos com os gregos e eu a defender que não era bem assim. Um dia faltei à aula. Na semana seguinte, o Professor perguntou-me o que é que me tinha acontecido (o que fazia sentido, sendo eu tão assídua e entusiasta) e eu disse-lhe a verdade: que tinha tido um achaque. Desatou a rir à gargalhada. Achou graça à palavra.

Adenda às 19h38: apresento desde já o mais sentido pedido de desculpas ao Serendipity, que cumpre três anos - repito, três anos - e não quatro. Só parecem quatro anos por causa da maturidade, da inteligência e da graça, que, apesar de existirem em blogues mais jovens (nomeadamente em blogues de gerações anteriores), são características raras, mais prováveis de encontrar nos blogues de certa geriatria, obviamente - e antes que lancem as pedras - com excepções. Agora sim: muitos parabéns!

terça-feira, julho 24, 2007

Para o FNV

"Arina Vlassievna era uma verdadeira aristocrata russa dos tempos antigos; ela devia ter vivido duzentos anos antes, nos tempos da antiga Moscovo. Era muito devota e muito sensível, acreditava em toda a espécie de crendices, adivinhações, magias, sonhos; acreditava em videntes, duendes, silvanos, encontros azarentos, nas mezinhas populares, no fim do mundo próximo. Acreditava que se na Páscoa da ressurreição não se apagassem as luzes toda a noite, o trigo sarraceno cresceria bem, e que o cogumelo não cresceria se fosse visto por olho humano; acreditava que o diabo gostava de lugares onde há água, e que cada judeu tinha no peito uma mancha de sangue. Tinha medo dos ratos, das cobras, das rãs, dos pardais, das sanguessugas, dos trovões, da água fria, das correntes de ar, dos cavalos, dos bodes, das pessoas de cabelo ruivo e dos gatos pretos, e considerava os grilos e os animais impuros; não comia carne de vaca, nem pombos, nem caranguejos, nem queijo, nem espargos, nem topinambos, nem lebre, nem melancias porque a melancia cortada lhe fazia lembrar a cabeça de João Baptista; só falava de ostras com um arrepio de nojo; gostava de comer e jejuava rigorosamente; dormia dez horas por dia, e não se deitava se Vassili Ivánovitch tivesse dores de cabeça; não lia nenhum livro além de Aleksia, ou a Vida na Floresta; escrevia uma ou duas cartas por ano; mas sabia governar a casa, fazer passas e doces, embora não tocasse em nada com as suas mãos e em geral não gostava de sair do seu canto. Arina Vlassievna era muito bondosa e, à sua maneira, não era nada tola. Sabia que havia no mundo senhores que deviam mandar e o povo simples que devia servir - e por isso não lhe repugnava nem o servilismo, nem as reverências; mas tratava os que lhe estavam subordinados com ternura e docilidade, não despedia um único pobre sem esmola e nunca censurava ninguém, embora por vezes se entregasse à bisbilhotice. na juventude fora muito bonita, tocava clavicórdio e falava um pouco francês; mas ao longo dos muitos anos de deslocações com o marido, com o qual se casou contra vontade, engordou e esqueceu a música e o francês. Amava o filho e temia-o extraordinariamente; entregara a Vassili Ivánovitch a administração da propriedade - e não se metia em nada: sempre que o seu velho começava a falar de futuras reformas e dos seus planos, ela soltava ais e abanava-se com o lenço e, assustada, levantava as sobrancelhas cada vez mais alto. Era dada a cismas, esperava constantemente alguma grande desgraça e começava a chorar assim que se lembrava de alguma coisa triste... As mulheres assim já estão a desaparecer. Sabe Deus se nos devemos alegrar com isso!"

Ivan Turguéniev, Pais e Filhos, tradução de António Pescada, Lisboa, Relógio d'Água, 2007, pp. 132-133.
Pretty Things*



Pretty things, so what if I like pretty things?
Pretty lies, so what if I like pretty lies?
From where you are
To where I am now
I need these pretty things

Around the planets of my face
Everything's a sign of my astrology
From where you are
To where I am now
Is it's own galaxy

Be a star and fall down somewhere next to me
And make it past your color TV
This time will pass and with it will me
And all these pretty things
Don't say you don't notice them

Rufus Wainwright

* Para o JMF desta criatura viciadíssima em Rufus Wainwright. As coincidências existem, e esta é uma daquelas felizes. No entanto, deixo aqui um breve amuo por não ter visitado o bomba durante quase seis dias. Com coisas sérias não se brinca! Humpf!

segunda-feira, julho 23, 2007

Estado em que se encontra este blogue



É certo que é um estado permanente, passo o oximoro. Só mais um momento, está bem? Entretanto se desse lado estiver uma alma internáutica caridosa que conheça um bom sítio onde eu possa fazer o upload das minhas queridas músicas, por favor partilhe esse conhecimento valioso para o e-mail em cima. "Gotta have some faith in the sound / It's the one good thing that I've got..." Thank you, evxaristó, todá rabá, obrigada! Até logo!

domingo, julho 22, 2007

"A little bit... Tower of Pisa whenever I see ya"



Cigarettes and chocolate milk
these are just a couple of my cravings
everything it seems I like's a little bit stronger
a little bit thicker
a little bit harmful for me

If I should buy jellybeans
have to eat them all in just one sitting
everything it seems I like's a little bit sweeter
a little bit fatter
a little bit harmful for me

And then there's those other things
which for several reasons we won't mention
everything about them is a little bit stranger
a little bit harder
a little bit deadly

It isn't very smart
tends to make one part so broken-hearted

Sitting here remembering me
always been a shoe made for the city
go ahead, accuse me of just singin' about places
with scrappy boys faces
have general run of the town

Playing with prodigal songs
takes a lot of sentimental valiums
can't expect the world to be your raggedy andy
while running on empty
you little old doll with a frown

You got to keep in the game
maintainin' mystique while facing forward
I suggest a reading of 'a lesson in tightropes'
or 'surfing your high hopes' or 'adios kansas'

It isn't very smart
tends to make one part so broken-hearted

Still there's not a show on my back
holes or a friendly intervention
I'm just a little bit heiress, a little bit irish
a little bit tower of pisa whenever I see you
so please be kind
if I'm a mess

Cigarettes and chocolate milk
Cigarettes and chocolate milk

Rufus Wainwright
"Life is beautiful on The New York Times"




Mas o destaque também podia ser: "Always travelling, but not in love / Still I think I'm doing fine". Ou ainda: "Men reading fashion magazines / Oh what a world". É o que acontece quando o talento é imenso, quando as canções são belíssimas e as letras tão boas que é difícil escolher um só verso. Felizmente, não é preciso.
Continuando...

quarta-feira, julho 18, 2007

Estado em que se encontra este blogue



Até logo.

terça-feira, julho 17, 2007

Sobre Roma: José Carlos Silva, notando a minha falta de entusiasmo com esta segunda temporada da série, enviou-me este excerto, que agradeço.

"Roma converteu-se num Hollywood da crueldade. Na época dos imperadores, este sistema expandiu-se até constituir uma taça da Europa formal da bestialidade, em que os campeões nacionais do homicídio provenientes de todas as regiões do Império, e em todas as modalidades de armas, participavam em todo o perímetro mediterrânico. Com o passar do tempo, o ritual foi desenrolando as suas primitivas tendências estéticas na direcção do duelo do entretenimento e de um desporto de fascínio sangrento. A antiga relação com os ritos funerários alcançou finalmente um sentido que não passou despercebido a ninguém: a finalidade dos jogos não era outra senão enviar para o além os perdedores que mordiam o pó. É certo que havia tentativas de exaltação mística nos rituais dedicados à abertura e à conclusão, assim como nalguns massacres temáticos, por exemplo, na reconstituição de batalhas, mas elas não significavam mais nada, abstracção feita do culto do êxito ou do resultado. Nessa altura Fortuna era uma deusa do estádio. Na realidade, fora lançada uma mutação no termo da qual o ritual estaria convertido em massacre. O seu sentido consistia em produzir vencedores com cujo destino as massas deprimidas podiam identificar-se. Durante quinhentos anos esta função foi mantida com enorme êxito pelos jogos, um fenómeno único do ponto de vista História da civilização: o massacre de entretenimento como instituição duradoura que, mais ainda, se verá acompanhada pela utilização crescente de animais de grande porte ou raros, cuja degolação é concebida como um espectáculo de luta. Um eco do massacre de animais em Roma ou, como se dizia, na vanatio – literalmente, a caça no estádio – sobreviveu até hoje em Espanha."

Peter Sloterdijk, O Sol e a Morte, Relógio D'Água, 2007.
Blockbomba: Edmond (ora cá está uma das razões porque não sou desfavorável à pena de morte: as pessoas habituam-se a tudo e os mais abjectos assassinos podem mesmo conseguir ser felizes na prisão; seja como for, um filme horrível, violentíssimo). Red Eye (gostei deste filme ligeiramente feminista porque o criminoso é a coisa mais inepta e estúpida que há). The History Boys (gayzíssimo, adorei). Notes On A Scandal (a história da relação entre uma lésbica vampírica e manipuladora e uma pedófila doce e um bocado tonta: duas óptimas actrizes num filme chochinho).
Para o Jansenista



Tito Puente, Rebecca Mauleon e Sheila E.
Eu hoje acordei assim...


Kate Moss

... só um momento.

segunda-feira, julho 16, 2007

Fellatio, cunnilingus, french kissing



Via Pastoral Portuguesa.
Oito minutos e 58 segundos com Pat Metheny



Uma beleza. Obrigada, Gossip!

domingo, julho 15, 2007

Muitos parabéns!


Ao Luís Carmelo e ao seu Miniscente muitas felicidades e muitos anos de vida neste quarto blogoaniversário!
Eu hoje acordei assim...


Natalie Portman

... tenho esta fotografia de Natalie Portman guardada há meses. Pertence àquela espécie de logro que se chama Closer (não me leve a mal, Nuno Markl, posso até explicar-lhe ao pormenor porque é que aquilo não presta). Detestei de tal forma esse filme que não o consegui ver até ao fim. E sobretudo não vi a cena em que Natalie Portman se apresenta nestes preparos alilazados. Mas para o efeito - que é o de perceber o que é me fez guardar esta fotografia durante tanto tempo - o contexto é irrelevante. Há dois aspectos que me agradam nesta fotografia - e, de repente, este post torna-se absurdamente intimista - e que são os seguintes: 1) a sombra bem marcada a meio e 2) o exagero de uma cor. A sombra dulcifica ainda mais a beleza da actriz mas também a torna misteriosa e inacessível. Não sei se foi Dorothy Parker que disse sobre outra mulher que tinha a beleza da esfinge mas nenhum do seu mistério, mas parece-me demasiado fácil para lhe pertencer, não sei. Seja como for, não é o caso. Há ali um mistério, algo completamente inacessível e, nesse sentido, a fotografia é absolutamente óbvia: podemos contar com a mais completa obscuridade. O exagero do tom - neste caso, o cor-de-rosa nos cabelos, na sombra dos olhos e na boca - só reforça o mistério. O disfarce suscita curiosidade ao mesmo tempo que aponta para a impossibilidade de conhecimento. Talvez seja uma fotografia profundamente feminina dentro de um género feminino triste, muito ao contrário desta outra de Eva Mendes.

sábado, julho 14, 2007

... e mais um minuto e 26 segundos

Três minutos e 54 segundos com Francis Bacon...

sexta-feira, julho 13, 2007

Caracóis, sandálias e traições (6): actualizado.

quinta-feira, julho 12, 2007

A repetição de uma repetição e desfocada



Graças ao Impensado, cheguei a David Hamilton. Obrigada!
Caprichos

Coisas que melhoram algumas vidas (75)

"Viktor Frankl, psicoterapeuta não freudiano, conta a história de um diplomata americano que foi à sua clínica em Viena com o intuito de prosseguir a análise que iniciara já havia cinco anos em Nova Iorque. Frankl perguntou ao diplomata por que razão começara a fazer análise, inicialmente, e o diplomata respondera que se sentira descontente com a sua carreira, tendo dificuldade em apoiar a política externa da altura. O seu analista freudiano respondera dizendo-lhe repetidamente que o seu problema era que o Governo norte-americano e os seus superiores mais não eram do que imagens do pai: ele estava insatisfeito com o seu trabalho porque, inconscientemente, odiava o pai. Por conseguinte, a solução do analista passava pelo paciente se aperceber melhor dos sentimentos inconscientes que nutria pelo pai e tentar reconciliar-se com este. Frankl discordou. Concluiu que o diplomata não precisava de qualquer psicoterapia. Sentia-se simplesmente infeliz porque não via sentido no seu trabalho. Portanto, Frankl sugeriu-lhe que mudasse de emprego. O diplomata seguiu o conselho. Gostou imediatamente da sua nova carreira, e quando Frankl o encontrou passados cinco anos continuava a gostar."

Peter Singer, Como havemos de viver?, tradução de Fátima St. Aubyn, Lisboa, Dinalivro, 2005, pp. 363-364.
Eu hoje acordei assim...


Brigitte Bardot

... embora esteja demasiado calor para usar meias, debaixo de uma árvore, à sombra, é que se está bem. Também não sei se é do calor, mas tenho sonhado muito. Não, eu sei que não é do calor porque os sonhos já acontecem há uns bons meses. São sonhos complicados, muitos pesadelos e um é recorrente. Desde os nove anos que não tinha um sonho que se repetia e, uma vez que já tenho o Freud quase todo, lá fui à ganância ver se havia alguma interpretação para aquilo. Havia uma coisinha mais ou menos semelhante mas nada que se compare. Fiquei no entanto impressionada quando vi que os volumes dedicados à interpretação dos sonhos (o quarto e o quinto que funcionam como um só com a numeração de páginas seguida) tem um índice dos sonhos de Freud e outro dos sonhos dos seus pacientes. A sofisticação e o amor são indissociáveis. Entretanto, percebi que aqui está um muito bom resumo do debate sobre Livros de Verão na Casa Fernando Pessoa. Corrigiria apenas o último ponto. Eu não disse que o género literário tinha de ser adequado à circunstância, nem nada que se pareça. Isso significaria que tragédias ao sol estariam fora de questão? Não penso nada disso, pelo contrário. Julgo que a Ilíada de bolso é perfeita para ler na praia. Todo o tipo de livros pode ser lido seja onde for. Depende do leitor. Desde já atrevo-me a aconselhar Pais e Filhos, de Ivan Turgéniev. É resistente ao óleo bronzeador e uma beleza. Isto para quem usa óleo bronzeador (parece que já não se pode) e para quem gosta de literatura.

quarta-feira, julho 11, 2007

William Shakespeare, Henry IV (Acto III, Cena 1)

The happiest youth, viewing his progress through,
What perils past, what crosses to ensue,
Would shut the book and sit him down and die.
Indispensáveis©



terça-feira, julho 10, 2007

Eu hoje acordei assim...


Brigitte Bardot

... a água não tem estado fria: tem estado simplesmente uma espécie de arca frigorífica a céu aberto e no pólo Norte! Isto é uma vergonha! Um ultraje aos banhistas costeiros que andam lá fora a lutar por uns belíssimos mergulhos! E o debate de ontem? Também frio, frio... Mas embora não tenha visto a terceira parte, pois valores mais altos se levantam no canal dois - o penúltimo episódio de Roma (a propósito, pacientíssimos Ana Cláudia e Rui, as minhas mais sinceras desculpas pelo atraso nos comentários aos episódios, I beg for mercy, e actualizarei a conversa muito em breve) - fica desde já escrito aqui que vou votar em Telmo Correia, mas de caras. Percebi que Telmo Correia pode não ter funcionado muito bem na rua, com as pessoas (quem funciona nessas circunstâncias no mínimo aterradoras?), mas gostei de o ouvir no debate e isso chega perfeitamente para votar nele. Não queria deixar de manifestar a minha simpatia por Ruben de Carvalho. É certo que uma pequena divergência nos afasta para sempre, mas a vida é mesmo assim. O pormenor de o candidato pertencer ao Partido Comunista é decisivo neste caso e em todos, tenham paciência. Ah, e adorei a decisão de Sarkozy de acabar com a tradição do indulto presidencial a 14 de Julho. Não há perdão para ninguém e acabou-se a conversa.

Adenda: fica aqui registado que achei graça a este post do Tomás Vasques.

segunda-feira, julho 09, 2007

The bluebird no YouTube

The blue bird
by Mary Coleridge



The lake lay blue below the hill,
O'er it, as I looked, there flew
Across the waters, cold and still,
A bird whose wings were palest blue.

The sky above was blue at last,
The sky beneath me blue in blue,
A moment, ere the bird had passed,
It caught his image as he flew.

domingo, julho 08, 2007

Coisas que melhoram algumas vidas (75)

Yehudi Meduhin: The Violin of the Century

Primeira parte
Segunda parte
Terceira parte
Quarta parte
Dois minutos e onze segundos com Yehudi Menuhin

Coisas que melhoram algumas vidas (74)



Um livro dedicado a Elizabeth Anscombe.
Dos Antigos



Perfurou atrás os tendões de ambos os pés
do calcanhar ao tornozelo e atou-lhes correias de couro,
atando-os depois ao carro. A cabeça deixou que arrastasse.
Depois que subiu para o carro e lá colocou as armas gloriosas,
chicoteou os cavalos, que não se recusaram a correr em frente.
De Heitor ao ser arrastado se elevou a poeira, e dos dois lados
os escuros cabelos se espalhavam; toda na poalha estava
a cabeça que antes fora tão bela. Mas Zeus a seus inimigos
o dera, para a vergonhosa profanação na sua própria terra pátria.

Homero, Ilíada, XXII, 396-404, tradução de Frederico Lourenço.
Dos Modernos



Achilles Heal, Toploader
Dos Antigos


Thetis beweint den toten Achilleus, Johann Heinrich Füssli, 1780, Tempera auf Karton, 41,8 × 55,8 cm, Art Institute, Chicago

Invictus
by William Ernest Henley

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud,
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Metabloggers do it better (60)

Pois eu acho que uma das grandes vantagens de ter um blogue assinado com o nome quase todo e verdadeiro é a de poder insultar selvaticamente as vacas tontas (em inglês, silly cows) e os parolos misóginos (em inglês, silly asses) que na blogosfera se reproduzem no anonimato. Depois quem é que nos vai processar? O chiquinho327? A toninha45? Blogues assinados, go, go, go!
Ninho de cucos (93)

Porque será que o gato Varandas não consegue comer as suas bolachinhas até ao fim? Fica sempre qualquer coisa na taça, que nem é assim tão funda como isso. Mas para o bicho talvez seja. Aquele focinho fabricado em laboratório, muito achatado, não lhe permite chegar onde siameses com certeza chegariam com a maior das facilidades. Vai passar a comer no prato, à mesa, de garfo e faca, como deve ser.
Bomba de Ouro: Found Photos, Alexandre Soares Silva (getting better and better as time goes by).
Que nojo! Pastilhas que lavam os dentes, iaque.

sábado, julho 07, 2007

Ando a tentar deixar de comer carne


Swedish Chef dos Marretas, no clássico momento das almôndegas

Batukada de mon coeur, pois com certeza que participo nessa corrente de gostos alimentares e anuncio as minhas últimas cinco refeições (quem foi o génio que teve a ideia das cinco refeições? não podia ser as últimas três? que esforço de memória!) com a ajuda possível do Petit Robert:

- des pâtes froids avec du tomate et thon, Coca-Cola light et comme desert la glace aux chocolat;
- la soupe aux lentilles et comme desert pêche aux chantilly;
- des oeufs avec asperges frites aux petir beurre, Coca-Cola light et comme desert la glace aux fraises;
- la soupe de carotte, jus d'orange et comme desert des cerises;
- sushi et sashimi avec du saké, comme desert la glace aux haricot;

Sopa todos os dias ao almoço, sem falhar uma única vez. Ah, j'adore les soupes! E passo esta corrente de silly season no seu absoluto melhor à Miss Pearls, à Sam, ao Réprobo, ao Jansenista e ao Impensável.
Metabloggers do it better (59)
Sonnet 33
by William Shakespeare

Full many a glorious morning have I seen
Flatter the mountain-tops with sovereign eye,
Kissing with golden face the meadows green,
Gilding pale streams with heavenly alchemy;
Anon permit the basest clouds to ride
With ugly rack on his celestial face,
And from the forlorn world his visage hide,
Stealing unseen to west with this disgrace:
Even so my sun one early morn did shine
With all triumphant splendor on my brow;
But out, alack! he was but one hour mine;
The region cloud hath mask'd him from me now.
Yet him for this my love no whit disdaineth;
Suns of the world may stain when heaven's sun staineth.

sexta-feira, julho 06, 2007

Hamlet, Acto 3, Cena 1

Ser ou não ser, eis a questão:
Se é mais nobre no espírito sofrer
As fundas e flechas da fortuna ultrajante,
Ou brandir armas contra um mar de agravos,
E, opondo-os, fazê-los cessar. Morrer - dormir,
Mais nada; e num sono dizer que cessou
O torno do peito e os mil choques naturais
De que a carne é herdeira: eis uma consumação
Que devotamente se busque. Morrer, dormir;
Dormir, porventura sonhar - ah, é esse o estorvo:
Pois nesse sonho da morte que sonhos virão,
Quando nos desligarmos desse liame mortal,
Nos deve fazer pensar - é esse o aspecto
Que calamidade faz de tão longa vida.
Pois quem aceitara a férula e açoites do tempo,
O dolo do opressor, a contumélia de insolentes,
A dor de um amor repelido, as demoras legais,
A insolência do lugar, e os vários gravames
Que o mérito paciente sofre dos incapazes,
Quando por si mesmo podia dar-se livrança
Com um punhal despido? Quem alçara fardos,
Esfalfado a suar sob esse jugo estafado,
Se não que o temor de algo depois da morte,
Esse país não descoberto de cujo término
Viajante nenhum retorna, encadeia a vontade,
E antes nos faz sofrer os males que temos
Do que refugiar-nos em outros desconhecidos?
Assim faz de nós todos a consciência cobardes,
E assim o natural rubor da resolução
Cai enfermo desse modo pálido de pensar,
E empresas de grande rasgo e momento
Por reflexões dessas o decurso divertem
E perdem o nome de acção. Silêncio agora,
A bela Ofélia! Ninfa nas tuas preces
Sejam os meus pecados lembrados.

William Shakespeare, Hamlet, edição bilingue, tradução de António M. Feijó, Lisboa, Livros Cotovia, 2001, pp. 111-113.

quinta-feira, julho 05, 2007

"- Does he get to marry his Mom?
- I don't know, but that would be hot."

"It's boring, Bill"



Rowan Atkinson e Hugh "Bill Shakespeare" Laurie. Hilariante!

quarta-feira, julho 04, 2007

Shakespeare
by Matthew Arnold

Others abide our question. Thou art free.
We ask and ask: Thou smilest and art still,
Out-topping knowledge. For the loftiest hill
That to the stars uncrowns his majesty,
Planting his stedfast footsteps in the sea,
Making the Heaven of Heavens his dwelling-place,
Spares but the cloudy border of his base
To the foil'd searching of mortality:
And thou, who didst the stars and sunbeams know,
Self-school'd, self-scann'd, self-honour'd, self-secure,
Didst walk on Earth unguess'd at. Better so!
All pains the immortal spirit must endure,
All weakness that impairs, all griefs that bow,
Find their sole voice in that victorious brow.
Eu hoje acordei assim...


Jessica Lange

... há uma razão para não ter participado nas comemorações do terceiro aniversário do A Arte da Fuga. Estava eu a sair de casa quando um macaco gigante agarrou em mim e desatou feito louco a saltar de prédio em prédio até hoje e... Muitos parabéns!

terça-feira, julho 03, 2007

Ninho de cucos (93)



E ainda...

Ninho de cucos (92)

O gato Varandas não conhece o gato amarelo que vive na rua, no Inverno em cima dos capôs quentinhos dos carros e no Verão por baixo dos mesmos, deitado na única sombra que conhece. O gato amarelo é apaparicado por muitas pessoas. Uma muda a água, a outra traz comida, a outra leva ao veterínário, mas apesar da atenção humana, o bicho não parece muito mimado. Ninguém se aproxima e o bichano não é sociável. Por vezes, faço-lhe o típico bchbchbch, mas ele ignora-me. Tem mais que fazer: horas para dormir, chão a perder de vista onde se esticar, bolachinhas para trincar. Eu compreendo, aceito e não sei se até agradeço porque o felino tem um certo ar de residência de pulgas e afins. Mas de vez em quando ouve-se um choro ao longe, e sempre que tal coisa acontece o gato Varandas sai disparado do sofá ou de um canto qualquer da casa e põe-se à escuta com as patas dianteiras apoiadas no parapeito e a cabeça entre duas das grades que circundam a varanda. Por vezes, chega a retribuir com uns miados. Afinal, o gato Varandas é capaz de conhecer o gato amarelo. Com certeza de outros carnaváis.
Uns sobre outros: "A man, to be greatly good, must imagine intensely and comprehensively; he must put himself in the place of another and of many others; the pains and pleasures of his species must become his own." A Defence of Poetry, Percy Bysshe Shelley
Verdades (quase) absolutas: uma planta não é uma pessoa. Mas uma planta sensível pode ser uma metáfora para algo ou muito bonito ou terrivelmente enfadonho. Depende dos dias.
The Sensitive Plant no YouTube

segunda-feira, julho 02, 2007

The Sensitive Plant
by Percy Bysshe Shelley


Mimosa, German print, 1745

A Sensitive Plant in a garden grew,
And the young winds fed it with silver dew,
And it opened its fan-like leaves to the light.
And closed them beneath the kisses of Night.

And the Spring arose on the garden fair,
Like the Spirit of Love felt everywhere;
And each flower and herb on Earth's dark breast
Rose from the dreams of its wintry rest.

But none ever trembled and panted with bliss
In the garden, the field, or the wilderness,
Like a doe in the noontide with love's sweet want,
As the companionless Sensitive Plant.

Continue a ler The Sensitive Plant.

domingo, julho 01, 2007

Para ler com os pais ao lado

Online Dating

Via Arrastão.

Blockbomba: Das Leben der Anderen (um filme extraordinário sobre um caso de grau sexto na Escala de Maimónides, absolutamente a não perder). Dreamgirls (Jennifer Hudson ganhou muito bem o Óscar de Melhor Actriz Secundária, mas o filme, enfim, é a little bit boring). Superman Returns (um filme a ver, sério e excelente). Tenacious D in the Pick of Destiny (Jack Black é o maior! Clap, clap, clap! Let's look at the first part of the movie)

Apio verde!

Untitled, Keith Haring

Ora, quatro blogues com quatro anos cada. Muitos parabéns ao Portugal dos Pequeninos, ao Retórica (belo post), ao Avatares de um Desejo e ao Adufe (só tecnicamente mais novinho). Que contem muitos mais!
Para o Exactor



Oh, yes, it was I... Não me leve a mal não ter comentado, mas é nessas alturas que passo do exibicionismo à suprema timidez. Quanto a Marilyn Manson, pois aprecio francamente aquele estilo e até o acho... sexy. Deixo-lhe o clássico The Beautiful People.

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