Estado em que se encontra este blogue: Todaloo! Bom fim-de-semana!
blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com
sexta-feira, julho 28, 2006
quinta-feira, julho 27, 2006
Para o Jansenista: uma pepita de ouro (Fatboy Slim, That Old Pair of Jeans). (Outras versões com serious juggling e coro de vozes; uma versão feminina graciosa, com demonstração de força e equilíbrio; heavy juggling from dusk till dawn e ainda com alguns efeitos especiais.)
Para o Je Maintiendrai: Sir Christopher Walken (Fatboy Slim, Weapon of Choice) como agradecimento por um belíssimo e generoso post, com memórias deliciosas e um inesquecível encontro de Alice.
terça-feira, julho 25, 2006
Soprano Talk (2)
Terei ouvido Vito Spatafore a dizer, no velório de Gene, a seguinte frase: "[Junior Soprano] marvingayed his own nephew"? Um episódio muito triste. Quase parecia Six Feet Under Revisited! Julgávamos nós que a família Fisher era disfuncional! Depois a cena do sonho: não gosto, pronto. Mas isso sou eu que tenho as minhas coisas e não acho graça à mistura; se T. fosse uma pessoa normal, yada, yada, yada e não sabe quem é, yada, yada, yada. Mas voltando a to marvingay, salvo erro, o significado tem a ver com a história da morte do cantor Marvin Gaye, assassinado pelo pai (se não me falha a memória), porque este não entendia um problema menor do filho com umas coisas que parece que se aquecem numa colher e depois... Adiante, to marvingay your own nephew não faz grande sentido dado que o verbo já implica uma história (de um pai que dá um tiro no filho) e um significado e introduzir a questão do tio/sobrinho, parece-me levar-nos ao perigoso caminho do oxímoro, mas isso sou só eu a escrever em voz alta. Além de que Junior de nada se lembra (isso deve contar para a interpretação?): "Se alguém enfiou um balázio no meu sobrinho, foi ele mesmo. É um deprimido."Já pensei se terá sido o tio o autor do assassínio de Marvin Gaye. Nessa altura, teríamos uma redundância, muito apropriada ao bronquíssimo Vito, que está tão a pedi-las que até mete impressão! Christopher descansa o agente que apanhou uma doença qualquer no Paquistão, dizendo que não querem saber de terroristas e que até estão dispostos a ajudar. Nem a M.! Se bem que, segundo me lembro do que aprendi em O Padrinho, a decadência começou com a venda de droga. Hmm... terrorism could be the new heroin? Come back, Tony come back...
segunda-feira, julho 24, 2006
Passei os olhos pelo programa Opinião Pública na SIC Notícias: pela minha saúde que ouvi um professor universitário a dizer que os judeus ficavam todos muito bem no Novo México! Depois um anti-semita primário a dizer que não-sei-quê mataram Jesus, a ligar directamente das cavernas. Tenho de repensar esta história da defesa da liberdade de expressão... Não deixo de me espantar como na Europa supostamente civilizada, democrática e livre, haja quem apoie a barbárie e aponte o dedo a quem é atacado e se defende. Uma vergonha.
Aproveito a pausa no trabalho (tenho poucos intervalos) para responder ao caro HMBF. Não há nada a provar. O que se passou foi um acto de guerra: o rapto de dois soldados israelitas pela guerrilha do Hezbollah. A actos de guerra responde-se com actos de guerra. Por isso o conceito de desproporcionalidade é mera poeira hipócrita que anda por aí a circular. Servirá afinal muito bem aos que pensam que a guerra é uma brincadeira. A guerra é uma coisa horrível, em si desproporcionada, em que morrem civis. Infelizmente, já não há campos de batalha. Ou melhor, neste caso, o campo de batalha foi escolhido pelo Hezbollah.
O HMBF pergunta: "O Hezbollah, e os hospedeiros libaneses, só passaram a ser uma ameaça depois de terem raptado 2 soldados israelitas?" A sua pergunta leva-me a pensar que acredita (embora segundo o que escreve, perceba que não será essa a sua intenção) que Israel, perante a mera ameaça, deve agir; ou seja, já devia ter bombardeado o Líbano há muito tempo. Olhe, até concordava... Mas qual das duas partes escolheu o momento? O que o leva a pensar que terá sido Israel?
Adenda: a ler este post no Kontratempos.
Eu hoje acordei assim...
Kate Moss
Kate Moss
... ora, o equilíbrio é importante e alguma flexibilidade é precisa. Adorei! Ainda não vi, mas deve ser muito giro. Entretanto, o HMBF sugere que a "nossa" (vossa) bomba inteligente (ah, não mereço ser tão amada) vá num pacote com outras para Israel. Pois se fosse útil e de facto explodisse, tenho a dizer-lhe que iria. E como boa bomba, cairia em cima dos refúgios do Hezbollah, sem provocar danos colaterais, nem eliminar libaneses inocentes que albergam terroristas... Mas para alegrar, que tudo isto já é suficientemente horrível, quero ser primeiras a participar no Primeiro Concurso de Verão do Impensável: sim, foi um gentleman, porque controla o seu impulso inicial e fica-se por um empurrão facial, obviamente efectuado porque há um colchão (que não vemos) que ampara a queda. Katharine Hepburn, por seu lado, é uma lady perfeita. Por ter partido um único taco de golfe e no seu próprio joelho, em vez de o fazer, por exemplo, na cabeça de Cary Grant.
domingo, julho 23, 2006
Coisas que melhoram algumas vidas (45)
1) por exemplo, de arquitectos;
2) de leitores curiosos pela correspondência dos outros;
3) de amantes de todo o tipo de dicionários.
1) por exemplo, de arquitectos;
2) de leitores curiosos pela correspondência dos outros;
3) de amantes de todo o tipo de dicionários.
sábado, julho 22, 2006
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer
- Parabéns ao Serendipity pelo segundo aniversário! Um beijo especial para a Sam, uma rapariga com muita pinta.
- O Daniel Oliveira agora tem lá outra bandeirinha no blogue. Como é seu hábito, simplificou.
- Dois excelentes posts do Alberto Gonçalves. Saudades!
- Ficou demonstrado que entre as 9h10 e as 9h30, o maradona aumenta 450 gramas. Feijoada à transmontana ou simples ar?
- Miss Pearls disse coisas bonitas aqui.
- Gosto do blogue O Misantropo Enjaulado (what's in a name?) e do Je Maintiendrai (nome que, dada a minha anglofilia, pronuncio com dificuldade). Saudações blogosféricas a ambos.
- O Paulo Gorjão, amoroso, finalmente dedicou-me um post... Boa pergunta, by the way, sobre o conceito mais estúpido dos últimos tempos. E bem AMN e Macguffin!
- E por falar em proporcionalidade, sobre o que se passou recentemente com o Abrupto, li com interesse alguns comentários sobre a questão, que me parece desagradável e incómoda. Muitas pessoas criticaram a reacção de JPP, considerando-a exagerada. Seria interessante saber como se sentiriam se lhes acontecesse o mesmo. Mas o ponto sério, no meu entender, nem é esse. Talvez desenvolva noutra freguesia. Enquanto isso, folgo em saber que está tudo bem com o blogue. Cheers!
Bomba de Ouro: "Duas pessoas comuns têm um só assunto para conversar, que é o quão comuns elas são. Superficialmente o assunto pode parecer outro, mas toda conversa delas se resume a 'Eu sou comum, e você?' 'Eu sou comum também.'" Lord ASS (cada vez melhor).
Uns sobre outros
If, with the literate, I am
Impelled to try an epigram,
I never seek to take the credit;
We all assume that Oscar said it.
Dorothy Parker sobre Oscar Wilde, em The Portable.
If, with the literate, I am
Impelled to try an epigram,
I never seek to take the credit;
We all assume that Oscar said it.
Dorothy Parker sobre Oscar Wilde, em The Portable.
Eu hoje acordei assim...
Kate Moss
... a pensar em algumas citações de Oscar Wilde que li recentemente. Por exemplo: "No crime is vulgar, but all vulgarity is crime." A frase é excelente, funciona muito bem, embora alguém com pouca sensibilidade para figuras de estilo (leia-se gente extremamente enfadonha) apontasse de imediato que ninguém cumpre penas de prisão por ser vulgar (bocejo). E o que dizer da deliciosa: "Football is all very well a good game for rough girls, but not for delicate boys", tão apropriada aos nossos tempos futebolófilos? Não é que tenha expressões preferidas de Wilde, mas sinto um carinho especial por três: 1) "A man who moralises is usually a hypocrite, and a woman who moralises is invariably plain"; 2) "Oh, I like tedious, practical subjects. What I don't like are tedious, practical people. There is a wide difference"; e 3) "Man is least himself when he talks in his own person. Give him a mask, and he will tell you the truth". Como dizia Jorge Luis Borges (citado por Harold Bloom, em Genius) sobre Oscar Wilde, o grande Esteta tem quase sempre razão.
Kate Moss
... a pensar em algumas citações de Oscar Wilde que li recentemente. Por exemplo: "No crime is vulgar, but all vulgarity is crime." A frase é excelente, funciona muito bem, embora alguém com pouca sensibilidade para figuras de estilo (leia-se gente extremamente enfadonha) apontasse de imediato que ninguém cumpre penas de prisão por ser vulgar (bocejo). E o que dizer da deliciosa: "Football is all very well a good game for rough girls, but not for delicate boys", tão apropriada aos nossos tempos futebolófilos? Não é que tenha expressões preferidas de Wilde, mas sinto um carinho especial por três: 1) "A man who moralises is usually a hypocrite, and a woman who moralises is invariably plain"; 2) "Oh, I like tedious, practical subjects. What I don't like are tedious, practical people. There is a wide difference"; e 3) "Man is least himself when he talks in his own person. Give him a mask, and he will tell you the truth". Como dizia Jorge Luis Borges (citado por Harold Bloom, em Genius) sobre Oscar Wilde, o grande Esteta tem quase sempre razão.
quarta-feira, julho 19, 2006
terça-feira, julho 18, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
Soprano Talk (1)
Pela série de imagens com Tony Soprano no site da HBO, julgo que podemos concluir sem medo que a personagem principal não morre no primeiro episódio. Sete almas e um flashback: Ren, Sekam, Khu, Ba, Ka, Kahabit, Sekhu e o bebé de Janice, o strip privado de Meadow, o cabelo comprido de AJ. Adriana com Carmela? A parte do assalto nos anos 70 era de 40 mil dólares, mas já não está no mesmo sítio. Johnny Sack na prisão diz que não quer levar óculos para o julgamento: "Looks weak". Gene quer reformar-se e Tony diz que vai pensar: "What are you? A hockey player?" Carmela sonha com comida japonesa (percebo) e com Adriana (ah, era um sonho). Clothing Anonymous e Christopher Moltisanti sobre Phil: "The eyebrows. I fuckin' can't stand him." O agente que foi destacado para a brigada antiterrorismo e apanhou no Paquistão uma doença qualquer. Ataque a Hesh e acidente brutal com o genro, orquestrado por Phil. As cenas de violência são cada vez mais curtas, intensas e concentradas. Há que pagar: 25 mil? Não, 50 mil. O sponsor de Christopher nos AA é óptimo a falsificar documentos. The Year of the Rat. O porsche branquinho com nome de pimenta é menos interessante para Carmela do que o Nori, o restaurante japonês onde vai com Tony. Quando Tony lhe conta que almoçou lá sozinho, não há presente que o salve. Tony pesa 280 pounds; ou seja, cerca de 127 kg. Nem Tony nem o FBI estão dispostos a que Gene vá para a Flórida. Acaba muito mal. E Junior Soprano dispara sobre aquele que julga ser Pussy Malanga e esconde-se no armário. Que família. Escolho a), embora... Sim, T. (permitamo-nos pois) tem andado mais pelo restaurante de Artie Bucco, embora se esteja a comer pior do que em séries anteriores.
Pela série de imagens com Tony Soprano no site da HBO, julgo que podemos concluir sem medo que a personagem principal não morre no primeiro episódio. Sete almas e um flashback: Ren, Sekam, Khu, Ba, Ka, Kahabit, Sekhu e o bebé de Janice, o strip privado de Meadow, o cabelo comprido de AJ. Adriana com Carmela? A parte do assalto nos anos 70 era de 40 mil dólares, mas já não está no mesmo sítio. Johnny Sack na prisão diz que não quer levar óculos para o julgamento: "Looks weak". Gene quer reformar-se e Tony diz que vai pensar: "What are you? A hockey player?" Carmela sonha com comida japonesa (percebo) e com Adriana (ah, era um sonho). Clothing Anonymous e Christopher Moltisanti sobre Phil: "The eyebrows. I fuckin' can't stand him." O agente que foi destacado para a brigada antiterrorismo e apanhou no Paquistão uma doença qualquer. Ataque a Hesh e acidente brutal com o genro, orquestrado por Phil. As cenas de violência são cada vez mais curtas, intensas e concentradas. Há que pagar: 25 mil? Não, 50 mil. O sponsor de Christopher nos AA é óptimo a falsificar documentos. The Year of the Rat. O porsche branquinho com nome de pimenta é menos interessante para Carmela do que o Nori, o restaurante japonês onde vai com Tony. Quando Tony lhe conta que almoçou lá sozinho, não há presente que o salve. Tony pesa 280 pounds; ou seja, cerca de 127 kg. Nem Tony nem o FBI estão dispostos a que Gene vá para a Flórida. Acaba muito mal. E Junior Soprano dispara sobre aquele que julga ser Pussy Malanga e esconde-se no armário. Que família. Escolho a), embora... Sim, T. (permitamo-nos pois) tem andado mais pelo restaurante de Artie Bucco, embora se esteja a comer pior do que em séries anteriores.
domingo, julho 16, 2006
Bom em todas as línguas
Che fece... Il gran rifiuto
To certain people there comes a day
when they must say the great Yes or the great No.
He who has the Yes ready within him
reveals himself at once, and saying it he crosses over
to the path of honor and his own conviction.
He who refuses does not repent. Should he be asked again,
he would say No again. And yet that No --
the right No -- crushes him for the rest of his life.
Che fece... Il gran rifiuto
To certain people there comes a day
when they must say the great Yes or the great No.
He who has the Yes ready within him
reveals himself at once, and saying it he crosses over
to the path of honor and his own conviction.
He who refuses does not repent. Should he be asked again,
he would say No again. And yet that No --
the right No -- crushes him for the rest of his life.
The Complete Poems of Cavafy, translated by Rae Dalven, Hartcourt Brace, 1987, p. 10.
Ninho de cucos (62)
Nestes dias de calor intenso, não noto o Varandas nem mais nem menos queixoso. Tem dormido na casa de banho e já confirmei que o chão se encontra fresco. O bichano subtilmente adapta-se e bebe litros e litros de água. Tal qual a mãe. O Varandas agradece a simpática referência da querida Tati e manda muitos miauzinhos.
Dos Antigos: em As Rãs (1089), de Aristófanes, aparece uma expressão familiar, qualquer coisa como "rebentar a rir". Ora, "morrer a rir" aparece na Odisseia (XVIII, 100) associada aos pretendentes (mais um caso de hubris, muito bem castigada diga-se entre parêntesis). Embora não possa ser interpretada à letra, é premonitória e tem graça.
Eu hoje acordei assim...
Mila Jovovich
Mila Jovovich
... é capaz de ser isso mesmo: "saber desejar". Estou a gostar de ler o dossier Le Désir, na mais recente edição de Le Magazine Littéraire. Também gostei de ler um artigo sobre o Dia do Amigo, uma invenção argentina, e um elogio à tristeza.
sábado, julho 15, 2006
Muitos parabéns ao Luís Carmelo: pelo terceiro aniversário do Miniscente. Que conte inúmeros mais, com conversas simpáticas, ameixas frescas e doces (ou "líquidas e intensas") e muitos, muitos tons. Um brinde neste início de quarto ano!
Eu hoje acordei assim...
Eva Mendes
Eva Mendes
... adoro o calor abrasador que se tem feito sentir nos últimos dias. A luz é tão intensa que parece impedir que vejamos a paisagem com clareza. Há uma vaga ideia de deserto nestes últimos dias - mas há qualquer coisa na sua aridez que traz consolo. Os raios solares podem incidir à vontade sobre onde quiserem. Tenho sempre bons protectores comigo. E uns belíssimos óculos de sol.
sexta-feira, julho 14, 2006
Passear pela blogosfera é bom e faz crescer
- Densa é favor! A introdução faz com que Montaigne pareça banda desenhada.
- Hm, depende. É verdade que tenho dias em que não sou muito sensata... Posso sempre reagir dando uma cabeçada. Está imenso na moda!
- Estou para aqui lavada em lágrimas com a imagem das bandeiras palestiniana e israelita que o Daniel Oliveira tem no blogue. Não lhe conhecia a costela de Madonna.
- Vamos à hubris! Primeiro: escrevi hybris porque sempre que escrevia hubris me perguntavam se estava a falar da hybris; segundo, a palavra pecado ali aplicada é um anacronismo - como dizer que Aquiles é um herói romântico, por exemplo -, cuja função é apenas a de tentar compreender que se trata de uma ofensa, de um delito (é verdade, no entanto, que não o escreveria fora do blogue); terceiro: o verdadeiro problema da frase - o sujeito. Não são os deuses que não cometem hubris. Basta que pensemos no pobre Prometeu, que até hoje sofre de problemas hepáticos por causa daquela questão do fogo roubado. Mas Prometeu não era um peso-pesado das divindades. Pensava em Zeus, Atena, Posídon... Zeus pode ser acusado de hubris? Hera também? No entanto, sempre que leio a palavra hubris, lembro-me de imediato de Agamémnon a pisar "tecidos de púrpura" (Agamémnon, 944-7). It's all good. No asbestos suit required.
- Hm, boa frase. I think it wraps it up quite nicely.
- O Ricardo Araújo Pereira voltou, mas não lhe perdoo tamanha ausência. Rebem-vindo!
Liberdade de expressão: no outro dia, ouvi Zinedine Zidane em entrevista a um canal francês a grunhir um "c'est des mots durs, quoi!", com o ar próprio do bronco que é. Isto por causa da cabeçada dada na sequência de palavras proferidas por Materazzi. Muitas pessoas defenderam o jogador francês, justificando e desculpando uma atitude totalmente desmedida. Perante palavras, Zidane responde com brutalidade física. Mas isso seria menos importante (dado o contexto agressivo do futebol) se o francês simplesmente admitisse a sua fúria. Mas não, o bronco mantém a sua posição: acredita que a agressão se justifica. Porque há palavras que, para animais como este, justificam actos de violência. Onde é que já vimos isto?
quarta-feira, julho 12, 2006
Interrupção no intervalo
Caríssimos Ana Cláudia, Luís, Luís e BilidaQuid, queria só dizer-vos que me reconciliei com Six Feet Under. Posso agora finalmente ver esta quinta e última série em paz e sossego (quando sair em DVD). O último episódio foi muito, muito bom, comovedor, e a parte final, uma solução magnífica para terminar de vez com a série: todas as personagens morrem, cumprindo assim a última etapa nos respectivos destinos. Sim, Catarina, também achei graça ao facto de todas quase literalmente caírem para o lado. As duas mortes mais bem humoradas são a de Rico - novo-rico, gordo, de calções e chinelos num cruzeiro com a mulher demasiado loira - e a de Brenda - morre a ouvir o irmão (a sério que achei este um dos momentos mais subtis e bem conseguidos do episódio). E depois lá pelo meio um daqueles breves diálogos de génio, entre David e Ruth:
"David: We've been clutching so desperately to the past, and for what?
Caríssimos Ana Cláudia, Luís, Luís e BilidaQuid, queria só dizer-vos que me reconciliei com Six Feet Under. Posso agora finalmente ver esta quinta e última série em paz e sossego (quando sair em DVD). O último episódio foi muito, muito bom, comovedor, e a parte final, uma solução magnífica para terminar de vez com a série: todas as personagens morrem, cumprindo assim a última etapa nos respectivos destinos. Sim, Catarina, também achei graça ao facto de todas quase literalmente caírem para o lado. As duas mortes mais bem humoradas são a de Rico - novo-rico, gordo, de calções e chinelos num cruzeiro com a mulher demasiado loira - e a de Brenda - morre a ouvir o irmão (a sério que achei este um dos momentos mais subtis e bem conseguidos do episódio). E depois lá pelo meio um daqueles breves diálogos de génio, entre David e Ruth:
"David: We've been clutching so desperately to the past, and for what?
Ruth: Because that's when there was hope."
Uma daquelas coisas que, mesmo que não façamos a mais pequena ideia do que signifiquem, compreendemos muito bem.
Sim, definitivamente: gostei muito.
Sim, definitivamente: gostei muito.
segunda-feira, julho 10, 2006
Mas a passagem que interessa é esta
"B - Among those whom we call great artists, I can think of none whose concern was not predominantly with his expressive possibilities, those of his vehicle, those of humanity. The assumption underlying all painting is that the domain of the maker is the domain of the feasible. The much to express, the little to express, the ability to express much, the ability to express little, merge in the common anxiety to express as much as possible, or as truly as possible, or as finely as possible, to the best of one's ability. What --"
Samuel Beckett, Bram van Velde.
Eu hoje acordei assim...
Marilyn Monroe
... ah, gostei tanto, tanto dos dois golos da Itália à Alemanha, a provar que os italianos, apesar de fazerem tudo à última da hora, funcionam bem; gostei tanto, tanto de ouvir o Maradona a dizer que a selecção portuguesa era a sua favorita para ganhar o Mundial; gostei tanto, tanto da vitória da Itália à França, embora verdade seja dita, estivesse um bocadinho a torcer pelos franceses, talvez até ao momento daquela estúpida reacção de Zidane (as palavras de Materazzi a Zidane representam já um mistério maior do que as de Scarlett Johansson sussurradas ao ouvido de Bill Murray: o que terá dito o italiano?); gostei tanto, tanto de perceber que o Trezeguet e o Ricardo Araújo Pereira são iguazinhos (Eduardo, o que te parece?); gostei tanto, tanto de ver nos escaparates de uma livraria um romance da Nadine Gordimer, cujo título é Get A Life; gostei tanto, tanto de trazer para casa, em troca de muito pouco dinheiro, The Complete Works of Samuel Beckett; e "eu gostei tanto, tanto quando me contaram..."
Marilyn Monroe
... ah, gostei tanto, tanto dos dois golos da Itália à Alemanha, a provar que os italianos, apesar de fazerem tudo à última da hora, funcionam bem; gostei tanto, tanto de ouvir o Maradona a dizer que a selecção portuguesa era a sua favorita para ganhar o Mundial; gostei tanto, tanto da vitória da Itália à França, embora verdade seja dita, estivesse um bocadinho a torcer pelos franceses, talvez até ao momento daquela estúpida reacção de Zidane (as palavras de Materazzi a Zidane representam já um mistério maior do que as de Scarlett Johansson sussurradas ao ouvido de Bill Murray: o que terá dito o italiano?); gostei tanto, tanto de perceber que o Trezeguet e o Ricardo Araújo Pereira são iguazinhos (Eduardo, o que te parece?); gostei tanto, tanto de ver nos escaparates de uma livraria um romance da Nadine Gordimer, cujo título é Get A Life; gostei tanto, tanto de trazer para casa, em troca de muito pouco dinheiro, The Complete Works of Samuel Beckett; e "eu gostei tanto, tanto quando me contaram..."
domingo, julho 09, 2006
Eu hoje acordei assim...
Uma Thurman
Uma Thurman
... ainda entediada com o jogo de ontem, imaginem! Arbitrado por um tal de Kamikaze, bocejei muito e, depois de os alemães terem marcado, ainda fiquei pior; mas despertei quando finalmente Pauleta (valha-nos Deus, a sério...) foi substituído por Figo. Minto. Abri os olhos quando Petit fez autogolo. Um autogolo deve ser das piores coisas que podem acontecer a um jogador: porque é um desconsolo. Que coisa triste, desnecessária e de tremendo azar. Não sei se não choraria nessa altura. Fosse eu o pobre Petit e teria desatado ali numa berraria que ninguém me parava, nem que entrassem no campo a correr e me lessem epigramas arcaicos e didácticos em voz alta. De Petit nem uma lágrima, nada; enxutíssimo, mesmo quando consolado pelos colegas (pois comigo, mal se aproximassem para me fazerem uma festa no cabelo, desatava num pranto). É por causa da possibilidade de fazer autogolos que não jogo futebol. Descobri isso ontem.
sábado, julho 08, 2006
Dos Antigos: o homem homérico não é nem um títere nas mãos dos deuses (Zeus culpa os homens pelos seus infortúnios, cf. Od., I, 28-41) nem um ser completamente livre. Os heróis da Ilíada esperam pela morte: esse é o seu destino (não por serem mortais, mas por ser essa a sua sorte, o destino que se deve cumprir; por exemplo, Aquiles sabe que não morrerá até que a sua hora chegue - podemos achar que também sabemos tal coisa, mas estamos muito enganados, até porque nos falta Tétis a anunciá-lo). Importa saber como vivem até esse dia chegar e como morrem, porque será isso mesmo que os tornará imortais. Agora, talvez o destino seja um conjunto de pausas que vamos fazendo pelo caminho; uma sucessão de objectivos que vamos concretizando ou não. Houve qualquer coisa importante que mudou.
Eu sabia que isto estava escrito em qualquer sítio (44)
"(...) não é o heroísmo de Aquiles que nos retém, mas o seu descontentamento, a sua maravilhosa ingratidão. Aquiles é o jogo da guerra, a alegria de saquear as cidades demasiado ricas, a volúpia da cólera 'mais suave que o mel sobre a língua quando toca num peito humano', o brilho dos triunfos inúteis, das loucas empreitadas. Sem Aquiles, a humanidade encolheria, adormeceria gelada de tédio, antes do arrefecer do planeta."
Rachel Bespaloff, Sobre a Ilíada, tradução de Filipe Jarro, Lisboa, Livros Cotovia, 2005, p. 23.
terça-feira, julho 04, 2006
Caríssimo Jansenista: esse fato de amianto de que fala parece ser quente. Não precisa nada de o ir buscar. Imprudência a minha de resumir a minha interpretação do estoicismo em três penadas (e na sequência de uma ligeira irritação, ainda por cima, apenas a pensar em Séneca e em perguntas como: "(...) já sentes coragem para fazer pouco da dor?" Cartas a Lúcílio, 78, 19). Sim, estóicos há muitos ou, na verdade, hoje em dia, poucos e estou a ser influenciada por um em especial. Vivemos numa época de excessiva exposição de sentimentos. A contenção não é valorizada, chegando muitas vezes a ser entendida como uma anormalidade. Não falo de uma contenção esforçada, mas natural. Refiro-me a um modo de vida incompreendido numa época em que, por exemplo, jogadores de futebol e adeptos sofrem. No outro dia, vi na televisão uma senhora a ser entrevistada sobre a intensidade da sua dor (julgo que por causa de um colóquio sobre o tema). Quando lhe pediram para situar de um a dez a intensidade da dor, a senhora apressou-se a responder, "entre o nove e o dez". Parece-me natural a resposta e não a julgo: simpatizo. Para a doente naturalmente pouco contida, a sofrer com a sua doença, aquela dor é o fim do mundo. Mas o momento de simpatia acaba quando dou por mim a pensar que se a dor estivesse nos níveis nove ou dez, a senhora teria desmaiado, não conseguiria simplesmente responder. Antes de me crucificarem (isso é que deve doer e não é pouco), gostaria de me proteger (só porque nos próximos dias não vou poder actualizar o blogue), dizendo que falo do ponto de vista de quem já sofreu e se riu do próprio sofrimento. A questão nunca me pareceu digna de nota, muito menos de interesse público. Mas é verdade que, na altura, a televisão não estava lá para me entrevistar.
segunda-feira, julho 03, 2006
Bomba de Ouro: "Alguém tem que escolher os mortos e obrigar os vivos. E quando daqui olho as discussões minutíssimas que o assunto suscita, invariavelmente em volta dos programas escolares, fico com a impressão de que certos defensores dos clássicos militam na esperança de que um ou outro morto regresse momentaneamente para lhes agradecer. Havia de ter graça." Groucho
Bom em todas as línguas
"SOLNESS (recostou-se na cadeira e continua a olhar para ela) Não é estranho? Quanto mais penso nisso agora... mais me parece que durante todos estes longos anos me andei a torturar... hum...
HILDE Com o quê?
SOLNESS A tentar descobrir uma coisa... algo que vivi e que pareço ter esquecido. Mas nunca consegui descobrir o que era.
HILDE Devia ter dado um nó no seu lenço, Senhor Construtor.
SOLNESS E depois andaria só a tentar lembrar-me da razão desse nó."
Henrik Ibsen, O construtor Solness, tradução de Pedro Fernandes, Peças escolhidas I, Lisboa, Livros Cotovia, 2006, p. 263.
"SOLNESS (recostou-se na cadeira e continua a olhar para ela) Não é estranho? Quanto mais penso nisso agora... mais me parece que durante todos estes longos anos me andei a torturar... hum...
HILDE Com o quê?
SOLNESS A tentar descobrir uma coisa... algo que vivi e que pareço ter esquecido. Mas nunca consegui descobrir o que era.
HILDE Devia ter dado um nó no seu lenço, Senhor Construtor.
SOLNESS E depois andaria só a tentar lembrar-me da razão desse nó."
Henrik Ibsen, O construtor Solness, tradução de Pedro Fernandes, Peças escolhidas I, Lisboa, Livros Cotovia, 2006, p. 263.
Eu hoje acordei assim...
Brad Pitt
... pois, Ricardo, eu sempre que posso... Obrigada pela oportunidade!
Brad Pitt
... pois, Ricardo, eu sempre que posso... Obrigada pela oportunidade!
domingo, julho 02, 2006
Etimologia hebdomadária
A palavra para hoje é coitadinho. Estou quase certa de que o Miguel Esteves Cardoso já escreveu sobre esta palavra. Tem de ter escrito, só não consigo agora descobrir onde. Uma vez que a palavra não tem uma aparência grega, tiro da estante o volume respectivo (neste caso o II, por causa da letra cê) do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e vou à procura de um início. Coitadinho não vem, mas por agora coitado serve. Depois logo se vê o que fazemos ao sufixo (julgo que nada). Ora descubro que coitado tem a ver com coitar e que a partir daí, sim, podemos viajar no tempo. A origem é latina: "de coctare, verbo tirado de coctus". Hmmm? e isto significa mais precisamente o quê? Acertaram! Cozinhar! Mas calma, antes disso há que dar mais uns passos, desta vez nos dicionários de latim. De coctare nem sinal e de coctus somos remetidos para um curioso coquo, que significa "cozer, cozinhar, preparar uma refeição". Assim sendo, o tal coctus, a, um é qualquer coisa como cozido, cozinhado, preparado. Atentemos noutros significados possíveis: "atormentar (mártires), afligir, amadurecer, queimar, digerir". E porque não simplesmente "fazer"? Porque o atormentado, naturalmente aflito porque amadurecido, queimado para poder finalmente ser digerido, está feito, feitinho, coitadinho.
A palavra para hoje é coitadinho. Estou quase certa de que o Miguel Esteves Cardoso já escreveu sobre esta palavra. Tem de ter escrito, só não consigo agora descobrir onde. Uma vez que a palavra não tem uma aparência grega, tiro da estante o volume respectivo (neste caso o II, por causa da letra cê) do Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e vou à procura de um início. Coitadinho não vem, mas por agora coitado serve. Depois logo se vê o que fazemos ao sufixo (julgo que nada). Ora descubro que coitado tem a ver com coitar e que a partir daí, sim, podemos viajar no tempo. A origem é latina: "de coctare, verbo tirado de coctus". Hmmm? e isto significa mais precisamente o quê? Acertaram! Cozinhar! Mas calma, antes disso há que dar mais uns passos, desta vez nos dicionários de latim. De coctare nem sinal e de coctus somos remetidos para um curioso coquo, que significa "cozer, cozinhar, preparar uma refeição". Assim sendo, o tal coctus, a, um é qualquer coisa como cozido, cozinhado, preparado. Atentemos noutros significados possíveis: "atormentar (mártires), afligir, amadurecer, queimar, digerir". E porque não simplesmente "fazer"? Porque o atormentado, naturalmente aflito porque amadurecido, queimado para poder finalmente ser digerido, está feito, feitinho, coitadinho.
Eu hoje acordei assim...
Uma Thurman
... numa overdose de futebol com precedentes (a última vez que vi tantos jogos de futebol seguidos foi em 2004), celebrei a derrota do Brasil. É que foi muito bem feita! A Argentina foi para casa? Tudo bem, mas o Brasil também tinha de ir. Tudo para que finalmente tenha liberdade para elogiar o Ronaldinho Gaúcho. O meu carinho por esse rapaz não tem nada a ver com o facto de ser um jogador espantoso, que com certeza é. Essa questão é para mim muito, muito secundária, quase irrelevante. Ronaldinho Gaúcho é giríssimo, uma maravilha de menino querido e tem um ar saudável. Sim, de cabeça também ou talvez sobretudo. Aquele ar de menino maroto é tão engraçado e sexy! Mas ainda bem que foi para casa, porque se não teria de dizer mal dele. Rivalidades argentinas impõem-se. Quanto ao Mundial, temo, no entanto, que se esteja a tornar um Europeu. Nem quero pensar numa Alemanha vencedora! Força Portugal no jogo com a França! Dará ainda mais gozo ganhar às baguetes. Depois os boches e fica completa a trilogia: Bifes, Baguetes e Boches. Força nas canetas! Mas falemos de coisas importantes: Freitas do Amaral, em entrevista ao Expresso, afirmou que nos últimos meses aprendeu o significado da palavra "estoicismo". Percebo que o comentário se refere aos problemas de saúde do agora ex-ministro, que naturalmente lamento, mas fiquei a pensar naquela suposta aprendizagem. Para um estóico, o sofrimento não é uma experiência a revelar. Isto porque é absolutamente natural: o sofrimento faz parte da sua condição e o estóico sabe-o e aceita-o. O estóico não aprende com a dor, mas está preparado para a dor e para as dificuldades porque as aceita como naturais. Sim, eu sei: estou a ser chata. Numa nota mais alegre, gostei muito do excerto do Oxford Companion to Estado Civil. Se a frase citada está na página 186, então o livro não tem menos de 500 páginas! Agrada-me.
Uma Thurman
... numa overdose de futebol com precedentes (a última vez que vi tantos jogos de futebol seguidos foi em 2004), celebrei a derrota do Brasil. É que foi muito bem feita! A Argentina foi para casa? Tudo bem, mas o Brasil também tinha de ir. Tudo para que finalmente tenha liberdade para elogiar o Ronaldinho Gaúcho. O meu carinho por esse rapaz não tem nada a ver com o facto de ser um jogador espantoso, que com certeza é. Essa questão é para mim muito, muito secundária, quase irrelevante. Ronaldinho Gaúcho é giríssimo, uma maravilha de menino querido e tem um ar saudável. Sim, de cabeça também ou talvez sobretudo. Aquele ar de menino maroto é tão engraçado e sexy! Mas ainda bem que foi para casa, porque se não teria de dizer mal dele. Rivalidades argentinas impõem-se. Quanto ao Mundial, temo, no entanto, que se esteja a tornar um Europeu. Nem quero pensar numa Alemanha vencedora! Força Portugal no jogo com a França! Dará ainda mais gozo ganhar às baguetes. Depois os boches e fica completa a trilogia: Bifes, Baguetes e Boches. Força nas canetas! Mas falemos de coisas importantes: Freitas do Amaral, em entrevista ao Expresso, afirmou que nos últimos meses aprendeu o significado da palavra "estoicismo". Percebo que o comentário se refere aos problemas de saúde do agora ex-ministro, que naturalmente lamento, mas fiquei a pensar naquela suposta aprendizagem. Para um estóico, o sofrimento não é uma experiência a revelar. Isto porque é absolutamente natural: o sofrimento faz parte da sua condição e o estóico sabe-o e aceita-o. O estóico não aprende com a dor, mas está preparado para a dor e para as dificuldades porque as aceita como naturais. Sim, eu sei: estou a ser chata. Numa nota mais alegre, gostei muito do excerto do Oxford Companion to Estado Civil. Se a frase citada está na página 186, então o livro não tem menos de 500 páginas! Agrada-me.
sábado, julho 01, 2006
92": querida, isto é uma seca de todo o tamanho. Volto quando marcarem um golo. Quando Portugal marcar, entenda-se.
19": não faço a mais pequena ideia... Ai, que perigo de repente! E o Ronaldo até agora não chorou, coitadinho... Vai, Ronaldo!
Blogo-aniversários: aos blogues Blogo Existo (gosto assim com as vogais incluídas), A Natureza do Mal (tão triste a derrota da Argentina); e Retórica e Persuasão (como na vida, pois), muitos parabéns!
Bomba de Ouro: "E aí, ai se eu tivesse Saviola, ai se eu tivesse Messi, ai se eu tivesse Riquelme, ai se eu tivesse Tevez, ai se eu tivesse Aimar, ai se eu tivesse Zanetti." Luis.
Eu hoje acordei assim...
Angelina Jolie
Angelina Jolie
... minha querida, e que tal um Bombaball em conjunto para o Portugal-Inglaterra?
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