blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com

quinta-feira, setembro 29, 2005

Pessoas equilibradas

You Are 50% Boyish and 50% Girlish

You are pretty evenly split down the middle - a total eunuch. Okay, kidding about the eunuch part. But you do get along with both sexes. You reject traditional gender roles. However, you don't actively fight them. You're just you. You don't try to be what people expect you to be.

Mas eu gosto é de gatos!

Your Animal Personality
Your Power Animal: Eagle.
Animal You Were in a Past Life: Whale.
You are active, a challenger, and optimistic. Hard-working, you are always working towards a set goal.
Eu hoje acordei assim...


Rita Hayworth

... na praia, agora, já se tem de usar um casaquinho.

quarta-feira, setembro 28, 2005

O menino da mamã e da avó (23)

Swann pensa em Odette a toda a hora, estivesse longe ou perto dela (284). Odette, um dia, em casa dos Verdurin, diante de Forcheville, admite a ligação com Swann: "Sim, eu sei que vai ter o seu banquete ; por isso só o verei em minha casa, mas não chegue muito tarde." (286) Ele adora a falta de pudor dela, que menciona os seus encontros nocturnos. Mas Odette, no dia seguinte, depois de Swann a acompanhar a casa, dispensa-o, amuada. Swann insiste para que apague as luzes. Pretende sossegar o ciúme e precisa de acreditar que Odette se prepara para adormecer. (287) Parte, mas não consegue resistir e vê que há uma luz acesa, entre as portadas e as janelas. (288) Sente vergonha (289), mas parece querer saber a verdade a todo o custo. Já perto da janela de Odette, percebe que se enganou (290), mas o descanso é temporário. Swann lembra o olhar de Odette dirigido a Forcheville e a recordação basta para que o ciúme não desapareça. (291-2) Odette, mentirosa, gere a verdade como pode, como sabe; sente-se mal, tem culpa, e procura na mentira um certo consolo, como se mentir fosse o menor dos males (293). A culpa por não estar tão apaixonada por ele como ele estava por ela, torna-a pesarosa, caída, entristece-a. Swann relaciona aquela expressão de Odette com uma imagem: "Fazia assim lembrar, ainda mais que o que ele habitualmente achava, as figuras de mulher do pintor d'A Primavera. Tinha naquele momento o mesmo rosto abatido e consternado que parece sucumbir sob o peso de uma dor excessivamente pesada para elas, quando apenas deixam o Menino Jesus brincar com uma romã ou vêem Moisés deitar água numa selha." (295)

Sandro Botticelli, La Primavera, ca. 1482, Galleria degli Uffizi, Firenze

Odette sabe que as suas mentiras podem criar dificuldades a Swann, magoá-lo: "Por isso, quando mentia, cheia de medo, sentindo-se pouco armada para se defender, insegura quanto ao êxito, tinha vontade de chorar, por cansaço, como certas crianças que não dormiram." (295-6) Odette é uma personagem deprimente.
O menino da mamã e da avó (22)

Depois de os Verdurin analisarem o carácter de Swann com uma minúcia típica de quem precisa de aprovação constante e de quem interpreta o desacordo como uma afronta, aparece esta passagem extraordinária. Ao lado, no livro, escrevi "que bom, que bom, que bom". Espero que gostem: "A verdade é que não havia um só fiel que não fosse mais malevolente que Swann; mas todos tinham a precaução de temperar as suas maledicências com piadas conhecidas, com uma pontinha de emoção e de cordialidade; ao passo que a mínima reserva que Swann se permitisse, despojada das fórmulas convencionais, tais como: «Isto não é dizer mal», e às quais desdenhava descer, parecia uma perfídia. Há autores originais que se revoltam à mínima audácia porque não começaram por lisonjear os gostos do público e não lhe serviram os lugares-comuns a que ele está habituado; era desse modo que Swann indignava o senhor Verdurin. Tanto em Swann como nesses autores, era a novidade da sua linguagem que levava a acreditar na torpeza das suas intenções." (281)
Estados em que se encontra este blogue:

- a jogar um jogo;
- a jogar outro;
- a ver um filme;
- a ver outro.

terça-feira, setembro 27, 2005

Eu hoje acordei assim...


Elizabeth Taylor

... na praia, agora, só há alforrecas na água. Which is nice.

segunda-feira, setembro 26, 2005

The sound of bomba: toca na grafonola do bomba, um tango de Miguel Buccino, Que me quiten lo bailado. Canta Julio Sosa. Não tenho a letra. Sorry.

Adenda: o Diogo Ribeiro enviou-me a maravilhosa letra de Que me quiten lo bailado. Obrigada!

Mano abierta con los hombres,
querendón con las mujeres,
tengo dos pasiones bravas:
el tapete y el champán.
Berretín con la milonga,
metejón con los placeres,
unas veces ando pato
y otras veces soy bacán.

Qué querés que le haga, hermano,
si es regalo del destino!
El afán de ahorrar dinero
nunca ha sido mi virtud.
Me electrizan las burbujas
y los ojos femeninos
desde aquellos dulces días
de mi alegre juventud.

Pero yo no me arrepiento
de aquellos lindos momentos
que en la vida disfruté.
Tuve todo lo que quise
y hasta lo que yo no quise,
la cuestión que disfruté.
Mi conducta fue serena,
yo fui pródigo en la buena
y en la mala me encogí.
Fui magnate y vagabundo
y hoy lo sobro tanto al mundo
que le puedo dar changüí.

Si unas manos me fallaron,
otras fueron más cordiales.
Unos besos fueron dulces
y otras bocas como hiel.
Pero siempre tuve agallas
pa' capear los temporales,
y de lobo entre los zorros
al pasar hice cartel.

Qué querés que le haga, hermano,
si nací pa' morir pobre,
con un pucho entre los labios
y en un tango entreverau.
Juego, canto, bailo, río,
y aunque no me quede un cobre,
al llegar la última hora,
que me quiten lo bailao.
Porque é que adoro Desperate Housewives (18)

"Father Crowley: You're pregnant?
Gabrielle: Yes, and it's impossible. I am on the pill. Which I know you probably think is a sin, but it works. It's a ninety-nine point nine percent effective sin.
Father Crowley: Well, maybe it's in that one-tenth of a percent that God resides."

Cena do vigésimo episódio, Fear No More.

domingo, setembro 25, 2005

Acontece aos melhores: a crónica de Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, está completamente desactualizada. Há coisas muito mais imprevisíveis do que os furacões.

sábado, setembro 24, 2005

Carnivàle lights (4)



Black Blizzard: a nenhum dos carnies agrada a ideia de ir a Babylon. O prenúncio é péssimo e é preciso um episódio inteiro para provar que nem sempre depois da tempestade vem a bonança. Em Mintern, Brother Justin diz ao Reverendo Balthus: "God spoke to me, as he spoke to Abraham and Isiah and Moses". O mais interessante é o sistema de compensação de Brother Justin (uma personagem extraordinária): faz o mal para poder fazer o bem. Castiga e mata por causa do que considera um bem maior. Na fabulosa tempestade de areia, "o nevão negro, que mata sonhos", tudo se passa: Samson e Jolene, Ben e Lodz, Sofie no diner, Jonesy entra na carrinha da Direcção e sente-se enganado. A tempestade continua. "Only god can make the weather stop", diz Lodz, depois de Ben ter parado a tempestade. A nova igreja é incendiada, seis crianças morrem no fogo. Brother Justin não tem o mesmo poder de Ben.
Carnivàle lights (3)


"There's rules. You give life, you gotta take it from somewhere else. Could be an acre of wheat. Could be Walter's old bird dog, Jim. Could be that little girl you brought in here."

Tipton: gostei muito deste episódio (com o entusiasmo já vi oito). Give me that old time religion, canta Brother Justin Crowe no renovado Chin's. Está na hora de fazer uma evangelização à antiga. As mudanças não agradam a todos. A mãe da criança que Ben curou no início reconhece-o e grita. Jonesy conta a Samson e Ben Hawkins torna-se Benjamin St. John. "Stand there and look encriptic." A fotografia, Big Sky Farms, Mrs. Donovan, muito doente, espera por Ben. Explica-lhe que o dom tem regras: dá uma vida em troca de outra que tira. É isso, Cláudia: não cura, transporta. A mãe de Ben sabia-o. Mrs. Donovan não quer ser salva, mas no final diz "Babylon". Foi para lá que Scudder se dirigiu. Samson zanga-se. E se a mulher tivesse querido ser salva? O que faria Ben? Samson não sabe?

sexta-feira, setembro 23, 2005

No entanto: este blogue abriu os olhos para ler este post, da Vieira do Mar.
Estado em que se encontra este blogue


Sophia Loren
The sound of bomba: o tango que toca agora na grafonola chama-se Monserga e tem música de Américo Viglione e letra de Ernesto Cardenal. Canta Julio Sosa. Não consigo descobrir a letra. Não faz mal.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Publicidade argentina



Via Loucuras no Armário da Cozinha.
Ninho de cucos (30)

Reparei que o gato Varandas abandonou a cozinha. Já não lhe interessa ocupar o espaço à frente do frigorífico nem aquele canto atrás da porta. Durante esta semana, o bicho tem passado grande parte do tempo deitado ao lado do televisor, de frente para os pais que o amam, coitadinho. E sempre que faz miau, mrnhauu, miaumiauuuuu, rinhau, nhau, ouço "this week I have been mostly lying next to the televison set".

quarta-feira, setembro 21, 2005

Carnivàle lights (2)



After the ball is over: o encontro no diner. Hopper, Luís, sim. O Bem, o Mal e a Magia, sentados no mesmo local. "Every profet in this house." O Reverendo e Ben sonham o mesmo sonho. "Your ma is a turnip", diz Ben a Sophie. Na imagem vê-se como é. Mas a frase mereceu uma tradução selvagem: "A tua mãe é uma nabiça". Nabiça? Para fazer sopa? O Senhor falou com o Reverendo Justin Crowe (a personagem até agora mais complicada, sofrida, angustiada, teatral), que leva Templeton a encarar o seu pecado. Templeton não aguenta. Brother Justin não se comove. Nada como uma bela limonada depois do confronto com aquilo que se é, para refrescar na tomada de consciência. A irmã, Luís, aquela irmã que tenta manipular, mas não manipula, pois não? Iris percebe que Justin está diferente, mas sente uma atracção por aquele fanatismo. Lodz bebe absinto com um torrão de açúcar dissolvido em água. E as siamesas não desafinam como os migrantes na igreja.
Caprichos



Via Britney.
Eu hoje acordei assim...


Greta Garbo, por George Hurrell

... parece que vai estar calor até Novembro...
Carnivàle lights (1)



Milfay: Samson refere o Bem, o Mal e a Magia. A mãe no leito de morte não quer que o filho se aproxime. Porquê? Ela sabe do gato, da ressurreição, do que significa dar vida, fazer de Deus, do preço a pagar. Ben não sabia na altura - criança -, mas sabe que algo se passa. Saberá as consequências depois. Ben é o "esperado", diz a Direcção. Mas é salvo pelos carnies. Até o salvador tem de ser salvo. O rapaz é uma ameaça? Lila a perguntar a Lodz o que estará Ben a sonhar. Lodz vê o sonho e desmaia. Naquele momento conhece. Todos para Ben: "What are you? Some kind of freak?" O Padre Justin Crowe (grande personagem, excelente): "Os menos afortunados foram um dia abençoados." Eleanor rouba a esmola da igreja e vomita moedas. O Padre Justin castiga e tem culpa. Flagelação. O pecador tem consciência dos seus pecados. À frente do Mr. Chin's, o Padre Justin vê, mas não prevê tudo: a neve - a pureza, o bem? - logo seguida da chuva de sangue - enviada por Zeus como lamento do que não pode salvar? a destruição que se segue. Sempre o desequilíbrio aparente e o equilíbrio necessário: todas, mesmo todas, as coisas têm os seus contrários? Sofie, a deitar as cartas: "Past, present or future?" Ben: "What's the difference?" A terceira carta é a do mágico ao contrário: Ben tem um talento que não usa. Mas depois de tocar nas pernas da criança, explica: "They ain't marked; they're just people." Serão?

terça-feira, setembro 20, 2005

The sound of bomba: depois da valsa, toca na grafonola do bomba mais um tangaço cantado por Julio Sosa, el Varón del tango. Basta clicar no play.

Mala suerte
1939
Música de Francisco Lomuto
Letra de Francisco Gorrindo
Canta Julio Sosa

¡Se acabó nuestro cariño, me dijiste fríamente,
yo pensé pa' mis adentros, puede que tenga
razón,
lo pensé y te dejé sola,
sola y dueña de tu vida,
mientras yo con mi conciencia me jugaba el
corazón.

Y cerré fuerte los ojos,
y apreté fuerte los labios,
pa' no verte, pa' no hablarte,
pa' no gritar un adiós
y tranqueando despacito me fui al bar que está en la esquina
para ahogar con cuatro tragos lo que pudo ser tu amor.

Yo no pude prometerte
cambiar la vida que llevo,
porque nací calavera
y así me habré de morir.
A mi me tira la farra,
el café, la muchachada,
y donde haya una milonga
yo no puedo estar sin ir.

Bien sabés cómo yo he sido,
bien sabés cómo he pensado,
de mis locas inquietudes,
de mi afán de callejear.
Mala suerte si hoy te pierdo,
mala suerte si ando solo,
el culpable soy de todo
ya que no puedo cambiar.

Porque yo sé que mi vida no es una vida modelo,
Porque quien tiene un cariño, al cariño se ha de dar,
y yo soy como el jilguero, que aun estando en jaula de oro,
en su canto llora siempre el antojo de volar...

He tenido mala suerte, pero hablando francamente,
yo te quedo agradecido, has sido novia y mujer;
si la vida ha de apurarme con rigores algún día,
¡ya podés estar segura que de vos me acordaré!
Party & Co: os festejos de aniversário prolongaram-se até ontem à noite. Se for sempre assim, quando fizer 70 anos, estarei um mês inteiro a festejar. Agradeço a todos as mensagens bonitas e os posts dedicados. Se souberem de algum lar com spa, façam o favor de dizer. O tempo urge!

segunda-feira, setembro 19, 2005

Eu hoje acordei assim...


Greta Garbo

... agora é todos os dias!

domingo, setembro 18, 2005

Nascidos a 18 de Setembro: o meu banco, com a simpatia que o caracteriza, envia-me uma nota dizendo que há (mais) pessoas célebres que fazem anos hoje - além de Greta Garbo, pois - como Frankie Avalon, Samuel Johnson, James Gandolfini ou Lance Armstrong. Noto que omitiram Jorge Sampaio da lista. Só pode ter sido por uma questão de bom gosto, coisa que naturalmente me falta neste último comentário. Acontece.
Cenas da vida conjugal

- Amor, sou cota...
- Sokota é um jogador do Porto.
Eu hoje acordei assim...


Greta Garbo, Mata Hari.

... nascida no mesmo dia, 65 anos depois.
The sound of bomba

Pedacito de cielo
1942
Música de Enrique Francini
Letra de Homero Expósito
Canta Juan Cedron

La casa tenía una reja
pintada con quejas
y cantos de amor.
La noche llenaba de ojeras
la reja, la hiedra
y el viejo balcón...
Recuerdo que entonces reías
si yo te leía mi verso mejor
y ahora, capricho del tiempo,
leyendo esos versos
¡lloramos los dos!

Los años de la infancia
pasaron, pasaron...
La reja está dormida de tanto silencio
y en aquel pedacito de cielo
se quedó tu alegría y mi amor.
Los años han pasado
terribles, malvados,
dejando esa esperanza que no ha de llegar
y recuerdo tu gesto travieso
después de aquel beso
robado al azar...

Tal vez se enfrió con la brisa
tu cálida risa,
tu límpida voz...
Tal vez escapó a tus ojeras
la reja, la hiedra
y el viejo balcón...
Tus ojos de azúcar quemada
tenían distancias
doradas al sol...
¡Y hoy quieres hallar como entonces
la reja de bronce
temblando de amor!
A criança dentro de mim

Your Inner Child Is Happy
You see life as simple, and simple is a very good thing. You're cheerful and upbeat, taking everything as it comes. And you decide not to worry, even when things look bad. You figure there's just so many great things to look forward to.

sábado, setembro 17, 2005

O menino da mamã e da avó (21)

Swann ama Odette. Podia dizer que ama "profundamente", mas seria uma redundância. Swann não pretende mudar Odette, pelo contrário, "desde que amava Odette, simpatizar com ela, ter uma só alma dos dois, era-lhe tão agradável que procurava comprazer-se nas coisas de que ela gostava, e sentia um prazer tanto mais profundo, não apenas em imitar os seus hábitos, como ainda em adoptar as suas opiniões, quanto, como acontecia com estas, não tinham qualquer raiz na sua própria inteligência, lhe recordavam apenas o seu amor, por causa do qual as preferira". (261) A senhora Verdurin parece num momento protegê-lo, permitindo-lhe que acompanhe Odette a casa. Até que ponto Swann prefere os Verdurin, não sei, mas a uma dada altura, profere o seguinte julgamento sublime: "Sabes, só existem duas espécies de seres, os magnânimos e os outros; e cheguei a uma idade em que é preciso tomar partido, decidir de uma vez para sempre de quem queremos gostar e quem queremos desprezar, agarrarmo-nos àqueles de quem gostamos e, para compensar o tempo que perdemos com os outros, não mais os abandonar até à morte." (263) Swann gosta ou julga gostar muito dos Verdurin. O sentimento, no entanto, não é recíproco: "(...) quando o senhor Verdurin dissera que não simpatizara muito com Swann, não só exprimira o seu próprio pensamento, mas adivinhara o da mulher." A razão profunda nada tinha que ver com Odette, mas com o facto de lhe terem percebido a hipocrisia com que tratava os que deles mais próximos estavam. Precisamente por não ser snob, Swann não anuncia o que pensa sobre aqueles que os Verdurin criticam ou aplaudem, nunca sequer o menciona: "É que bem depressa haviam sentido nele um espaço reservado, impenetrável, onde ele continuava a professar religiosamente de si para si que a princesa de Sagan não era grotesca e que as brincadeiras de Cottard não tinham graça (...)". (264) E depois aparece o conde de Forcheville.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Estado em que se encontra este blogue


Madonna, who else?

Nesta época do ano, chegam-me desejos helénicos de kaló fthinópwro. Aproveito para desejar o mesmo a todos: bom Outono!
Apio verde para a Ana Cláudia Vicente e para o BilidaQuid, por um ano - cada um - de Quatro Caminhos e de Quid Rides? Viva!

quinta-feira, setembro 15, 2005

O menino da mamã e da avó (20)

Não interessa de quem é a frase - do narrador, do autor, de Swann - muito menos acerca de que personagem fala e ainda menos (no fundo, mesmo no fundo, estão os significados cada vez mais irrelevantes). Interessa ler apenas o que lá está: "(...) há noites em que uma criatura de essência um pouco delicada deve renunciar ao prazer, quando lho pedem. Devia saber dizer «Eu não vou», nem que fosse por inteligência, visto que será em conformidade com a sua resposta que de uma vez para sempre será classificada a sua qualidade de alma." (305)
Bomba de Ouro: "Há quem, com afinco e persistência, se esforce por juntar o inútil ao desagradável. Que se há-de fazer?" do Impensado, no Impensável.
Eu hoje acordei assim...


Madonna

... ora Plutarco...

quarta-feira, setembro 14, 2005

The sound of bomba: a grafonola do bomba voltou, com o apoio técnico imprescindível da minha querida amiga Vieira do Mar. Começamos com um tango. Um tango, não: uma obra-prima, um tangaço.

Tarde
Letra e música de José Canet
Canta Julio Sosa

De cada amor que tuve tengo heridas,
heridas que no cierran y sangran todavía.
¡Error de haber querido ciegamente
matando inútilmente la dicha de mis días!
Tarde me di cuenta que al final se vive igual fingiendo...
Tarde comprobé que mi ilusión se destrozó queriendo...
¡Pobre amor que está sufriendola amargura más tenaz!
Y ahora que no es hora para nada
tu boca enamorada me incita una vez más.

Y aunque quiera quererte ya no puedo,
porque dentro del alma tengo miedo.
Tengo miedo que se vuelva a repetir
la comedia que me ha hundido en el vivir.
¡Todo te lo di!...
¡Todo lo perdí!...
Siempre puse el alma entera,
de cualquier manera,
soportando afrentas
y al final de cuentas
me quedé sin fe.

De cada amor que tuve tengo heridas,
heridas que no cierran y sangran todavía.
Error de haber querido ciegamente,
perdido en un torrente de burlas y mentiras.
Voy en mi rodar sin esperar y sin buscar amores...
Ya murió el amor porque el dolor le destrozó sus flores...
Y aunque hoy llores y me implores
mi ilusión no ha de volver.
¡No ves que ya la pobre está cansada,
deshecha y maltratada por tanto padecer!
Eu sabia que isto estava escrito em qualquer sítio (32)

"(...) escolha bem as palavras que usa. Confie no seu julgamento. A não ser que o seu julgamento seja mau."

de Miguel Góis, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores, Zé Diogo Quintela, Gato Fedorento, Introdução, Lisboa, Livros Cotovia, 2005.

terça-feira, setembro 13, 2005

Estado em que se encontra este blogue



Esta fotografia de Madonna, da autoria de Steven Klein, é de 2004 e é também uma das minhas preferidas, senão mesmo a minha preferida de sempre. Não tem nada de especial.
Lotsa Madonna: enquanto o documentário não chega, vejamos um curtíssimo desenho animado.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Dislexia minha gentil, que te partiste... Américo, não faz mal nenhum!
Cenas da vida conjugal

- I have a cunning plan...
- Euromilhões?
Porque é que adoro Desperate Housewives (17)

"Yes, life is a journey. One that is much better travelled with a companion by our side. Of course, that companion can be just about anyone. A neighbour on the other side of the street. Or the man on the other side of the bed. The companion can be a mother with good intentions. Or a child who's up to no good. Still, despite our best intentions, some of us will lose our companions along the way. And then the journey becomes unbearable. You see, human beings are designed for many things, but loneliness isn't one of them."

Do décimo nono episódio, Live Alone and Like It.
Caprichos: a minha personagem favorita de Little Britain é o insuportável Andy Pipkin. Aos sábados, na 2:.
Ninho de cucos (29)

Ultimamente, tenho apanhado o Varandas na cozinha, deitado num canto ao pé da porta, mesmo à frente do frigorífico, ou, em dias de maior ousadia (da parte do bicho) ou de ainda maior distracção (da nossa parte), todo esticado em cima do balcão, perto da janela. O movimento constante naquela divisão da casa terá suscitado (ainda mais) curiosidade no gato. Para o Varandas, trata-se de uma questão interessante. Afinal de contas, o que se passará ali?
Estado em que se encontra este blogue


Mena Suvari

domingo, setembro 11, 2005

Embora! Luís e Cláudia, até ao próximo domingo!

sábado, setembro 10, 2005

Caprichos: Frasier, todos os dias, na SIC Mulher.
Eu hoje acordei assim...


Sharon Stone

... com um pouco mais de Lust, querida Miss Pearls, embora ao contrário. Giro o Lustgarten!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Estado em que se encontra este blogue

Rammstein, Keine Lust

Ich hab' keine Lust
Ich hab' keine Lust
Ich hab' keine Lust
Ich hab' keine Lust

Ich habe keine Lust mich nicht zu hassen
Hab' keine Lust mich anzufassen
Ich hätte Lust zu onanieren
Hab' keine Lust es zu probieren
Ich hätte Lust mich auszuziehen
Hab' keine Lust mich nackt zu sehen

Ich hätte Lust mit großen Tiere
Hab' keine Lust es zu riskieren
Hab' keine Lust vom Schnee zu gehen
Hab' keine Lust zu erfrieren

Ich hab' keine Lust
Ich hab' keine Lust
Ich hab' keine Lust
Nein ich hab' keine Lust

Ich hab' keine Lust etwas zu kauen
Denn ich hab' keine Lust es zu verdauen
Hab' keine Lust mich zu wiegen
Hab' keine Lust im Fett zu liegen

Ich hätte Lust mit großen Tiere
Hab' keine Lust es zu riskieren
Hab' keine Lust vom Schnee zu gehen
Hab' keine Lust zu erfrieren
Ich bleibe einfach liegen
Und wieder zähle ich die Fliegen
Lustlos fasse ich mich an
Und merke bald ich bin schon lange kalt
So kalt, mir ist kalt...

Ich hab' keine Lust

quarta-feira, setembro 07, 2005

O meu tipo de spam

You are FLORENCE OKAN. YOUR FATHER IS A VERY WEALTHY COCOA MERCHANT FROM IVORY COAST. HE TOOK YOU SO SPECIAL. YOU NOW LIVE IN GHANA. YOUR FATHER WAS POISONED.  YOU WANT TO SHARE HIS MONEY WITH ME.
Which Nigerian spammer are You?


Via Princess Agbani e Kairet Mustapha.

Passear pela blogosfera é bom e faz crescer

- A Ana Albergaria está n'O Acidental! Hip hip hurray! Este pedaço de notícia da Lusa, que o caro PPM fez o favor de reproduzir, fascinou-me: "Os nascidos nesta data pertencem ao signo Virgem, destacando-se o cientista inglês John Dalton, que desenvolveu a teoria atómica da matéria (1766), o financeiro e diplomata norte- americano Joseph P. Kennedy (1888), o músico Roger Waters, dos Pink Floyd (1944), e a actriz Jane Curtin (1947)." Coisas que me tocam, enfim...
- Não sei se já repararam, mas o maravilhoso Last Tapes chama-se agora Dias Felizes. Fica tudo em Beckett. Não há problema nenhum! Tem participantes novos? Adenda: vejo no Indústrias Culturais que RMA stands for Rui Manuel Amaral (suponho que) do QF&M. Viva!
- A Alexandra voltou de férias!
- O Impensado também!
- Fiquei curiosa para ver Carnivàle. Tudo por causa da triciclo e do Luís, grandes entusiastas da série. Promete! E, caro Luís, a frase "agora, quando leio HBO recordo-me sempre -juro- do angustiado e assustado e zangado Larry David no dia do Concert, horas antes no palco, e depois de ter subido a sair atrapalhado e desassossegado e descansado por lá fora, depois da jura" é linda. Estou completamente a ver!
- O sempre atento leitor António Pereira falou-me no outro dia da nova série da HBO (ver imagem na alínea anterior), Rome. O BilidaQuid já viu o primeiro episódio. Também quero!
- Chalabi, my friend! A página que aconselhas é marvellous!
- A Eduardo Pitta, agradeço a simpatia. Absolutamente likewise. Aproveito para contar uma história (prometo ser breve): conheci Mário Cesariny num jantar de aniversário. Não sabia que estaria presente, se não ter-me-ia preparado - controlando os batimentos cardíacos - para dizer alguma coisa decente. Limitei-me, então, a sorrir. Nunca fica mal e evita os disparates. Aproximou-se. No grupo estavam o meu Marido e um amigo, ambos argentinos, e eu. Perguntou: "É argentina?" Balbuciei um "não, sou portuguesa". Foi então que MC me afastou a franja para o lado e disse (quero acreditar que carinhosamente): "Mas podia ser". Quando Eduardo Pitta escreveu este post, lembrei-me dessa história. Na altura tive vergonha de a contar. Agora que mencionou o bomba, perdi-a. Já passou.
Pessoas flexíveis

You are .*	 You are a wildcard.  You are everything to everybody.  You can't make up your mind as to what you want to be.
Which File Extension are You?


Via .exe

terça-feira, setembro 06, 2005

Modo de vida: o problema nunca é o de as pessoas dizerem o que lhes apetece, mas o de lhes apetecer dizer o que dizem.
Blockbomba: Control (um filme engraçadote com um final patético).

domingo, setembro 04, 2005

O menino da mamã e da avó (19)

Proust (ou o narrador) num pensamento de Odette sobre Swann: "E acontece efectivamente com outros maiores que Swann, com um sábio, com um artista, que, quando menosprezado pelos que o rodeiam, o sentimento que neles prova que a superioridade da sua inteligência se lhes impôs não é a admiração pelas suas ideias, porque elas lhes escapam, mas o respeito pela sua bondade." (256)
Ninho de cucos (28)*

- (A falar com a cara colada ao focinho do gato) É por causa do Varandas que não há ratos cá em casa.
- Pois é...

*ou Cenas da vida conjugal.

sábado, setembro 03, 2005

Ninho de cucos (27)


A minha querida amiga Maria João enviou-me este linque para podermos ver gatinhos muuuito zangados. Com certeza traumatizados! Cliquem em todas as fotografias da galeria. Brrr...

E, de repente, lembrei-me do Hello Kitty (esta pobre cabeça). Parece que se transforma...
Blockbomba: Hitch (não, o filme não é bom, mas é engraçado e gostei particularmente da no dancing policy. A big boa Eva Mendes não desaponta os fãs e Will Smith é um quido. Sempre achei).
Ilustração


de Valiant.

Apesar do magnífico rato Gaston a gritar "sabotage!", não se incomodem. Esperem por Chicken Little.
O menino da mamã e da avó (18)

O senhor Verdurin antipatiza com Swann e acha-o um presumido. Mal o adjectiva, a senhora Verdurin embirra com a palavra "presumir", como se Swann fosse "mais que eles" (242); como se houvesse alguém capaz de ter um conhecimento superior e, pior, distante. É preciso assinalar que a senhora Verdurin utiliza expressões como "comer as papas na cabeça" (229) ou "por dá cá aquela palha" (227)... A senhora Verdurin, coitada, uma vez de tanto rir com as piadas do pianista, que em vez de tocar (felizmente para a senhora, veja-se a fita que faz, nas páginas 221-2, quando o pianista tenta tocar a sonata em fá sustenido, chamando de imediato o médico por prever o pior, como ficar "oito dias de cama" por causa daquilo), se tinha posto à conversa com o casal e os convidados, deslocou o maxilar. O doutor Cottard tratou de o colocar no sítio (202). Não desloquei o maxilar, mas ri-me muito com a passagem em que Swann é praticamente obrigado a apalpar os bronzes do canapé da senhora Verdurin (221-2): "Mas, senhor Swann, não há-de ir-se embora sem ter tocado nos bronzezinhos dos espaldares. Não é uma pátina tão suave? Não, não, com a mão toda, apalpe-os bem. - Ah, se a senhora Verdurin começa a acariciar os bronzes, esta noite, não ouvimos música - disse o pintor. - Cale-se, não seja desagradável. (...) Swann apalpava os bronzes por delicadeza e não se atrevia a deixar de o fazer imediatamente." (222)

sexta-feira, setembro 02, 2005

O menino da mamã e da avó (17)

Tentando explicar um pouco melhor o que digo aqui acerca das personagens secundaríssimas, que julgo terem como único propósito a descrição de um determinado ambiente, não sendo muito diferentes das paisagens maravilhosas de Combray - belas e imóveis (artísticas) - começo por voltar um pouco à reacção de Marcel quando vê a duquesa de Guermantes: "Era grande a minha decepção. Provinha ela do facto de que eu nunca me acautelara quando pensara na senhora de Guermantes, e a imaginava com as cores de uma tapeçaria ou de um vitral, noutro século, de outra maneira diferente do resto das pessoas vivas." (185) É isto mesmo que diferencia personagens como Swann, cuja descrição física se encontra na página 208 ou como a senhora Verdurin, descrita na página 218, de outras como a moça grávida da cozinha, ou o amigo Bloch, com quem o pai de Marcel não simpatizava: há personagens que são obras de arte, que fazem parte da mobília. Swann ama Odette porque a associa a uma frase musical de Vinteuil (que padeceria de alienação mental, 228): "A pequena frase continuava a associar-se para Swann ao amor que tinha por Odette." (251) Por sua vez, Odette é assim descrita: "[Swann] colocou em cima da sua mesa de trabalho, como uma fotografia de Odette, uma reprodução da filha de Jetro. Admirava-lhe os grandes olhos, o delicado rosto que deixava adivinhar a pele imperfeita, os maravilhosos anéis de de cabelo ao longo das faces fatigadas; e adaptando o que até então julgava belo de uma forma estética à ideia de uma mulher viva, transformava-o em méritos físicos que se regozijava de encontrar reunidos num ser que poderia possuir. (...) Quando contemplara longamente aquele Botticelli, que achava ainda mais belo e, aproximando de si a fotografia de Zéfora, julgava apertar Odette contra o peito." (239) Quando Odette e Swann se beijam (a passagem é de leitura obrigatória, 252-3), a imagem volta a ser mencionada: "(...) ele tornava a ver um rosto digno de figurar na Vida de Moisés de Botticelli, situava-o lá, dava ao pescoço de Odette a inclinação necessária..." (252) Desta maneira:


Botticelli, Provações de Moisés, Capela Sistina, (1481-82), Roma

Odette pertence a uma frase musical e a um fresco da Capela Sistina. Podia ser pior.
O menino da mamã e da avó (16)

Picking up where we left off, Marcel idolatra a Senhora de Guermantes e sonha com a possibilidade de a conhecer e de ser, enfim, seu amigo: "Durante todo o dia, naqueles passeios, pudera pensar no prazer que seria ser amigo da duquesa de Guermantes, pescar trutas, passear de bote no Vivonne, e, ávido de felicidade, nada mais pedir à vida nesses momentos além de que se compussse sempre de uma sequência de tardes felizes." (193) Quando Marcel vê a senhora de Guermantes, percebe a diferença entre a imaginação e as expectativas que cria e a realidade naturalmente finita de uma pessoa como outra qualquer, embora a duquesa não o seja. A senhora de Guermantes existe e é descrita desta forma: " (...) durante a missa de casamento, um movimento do suíço deslocando-se do seu lugar permitiu-me ver sentada numa capela uma senhora loira com um grande nariz, olhos azuis e perscrutantes, um lenço de pescoço tufado, de seda rosa-malva, lisa, nova e brilhante, e um pequeno sinal ao canto do nariz." (184-5) Subitamente, da idealização livre de uma pessoa que não conhece, e que é por isso tão fácil de amar e de se imaginar amado, Marcel percebe que a senhora de Guermantes existe mesmo e isso assusta: "«É aquilo, não passa daquilo a Senhora de Guermantes!», dizia o rosto atento e admirado com que contemplava aquela imagem que naturalmente não tinha qualquer relação com as que sob o mesmo nome de senhora de Guermantes tantas vezes haviam surgido nos meus sonhos, visto que ela, ai, ela não fora, como os outros, arbitrariamente formada por mim, mas me saltara aos olhos pela primeira vez, apenas uns momentos atrás, na igreja (...)" (185-6) A passagem é longa. Tem de ser lida. Mas a questão interessante parece ser a seguinte: há personagens que são imagens de imagens (já explico melhor no 17) outras que são imagens somente para o leitor (como em qualquer livro), que vai relacionando e reconhecendo, coitado, o que pode e como pode. Imagino a senhora de Guermantes porque ela existe (mesmo que nunca tenha existido). A descrição física confere-lhe uma existência no romance completamente diferente da das outras personagens. E Marcel mais uma vez (depois da menina Vinteuil e da menina Swann - feioso mas activo) apaixona-se, sendo que o seu interesse amoroso se resume a uma expectativa que só ao menino pertence e que é independente da mulher amada: "E imediatamente a amei, porque às vezes pode bastar, para amarmos uma mulher, que ela nos olhe com desprezo, como eu julgava que fizera a menina Swann, e que pensemos que ela nunca nos poderá pertecer, às vezes também pode bastar que ela olhe para nós com bondade, como fazia a senhora de Guermantes, e que pensemos que ela poderá pertencer-nos." (188) As várias impressões que a senhora de Guermantes suscitam em Marcel dão-lhe "um prazer não racional, a ilusão de uma espécie de fecundidade". Mas "o dever de consciência" não permite que as impressões sejam irracionais. Como podia? Marcel volta para o beijinho de boas-noites: "Como eu teria dado tudo aquilo para poder chorar toda a noite nos braços da minha mãe!" (194) Enfim, quem nasce totó talvez chegue a Guermantes, mas só de visita e já vai com sorte e lá mais para o terceiro volume. Parece.
Ninho de cucos (26)


A minha querida amiga Maria João enviou-me este linque para escolher um. Impossível!
O menino da mamã e da avó (correio dos leitores)

Do meu amigo Jorge: "A propósito das madalenas, envio-te este curioso artigo da Slate, onde se discute a cientificidade e verosimilhança da cena das madalenas. Não da reminiscência, mas dos bolinhos propriamente ditos."

De António Filipe Fonseca: "Estive a ver que Proust começou a sofrer de asma com 9 anos de idade e aí teve muitos cuidados da sua mãe. Com certeza esta altura foi bastante traumática para ele, a asma pode mesmo ser exclusivamente despoletada por crises de ansiedade. Se houve recordações problemáticas mas simultaneamente agradáveis na vida dele foram com certeza nesta altura, tendo em conta o clima nostálgico do romance. Se calhar uma idade mais certa, admitindo a influência da sua própria infância, pode bem ser essa: 9 anos."

quinta-feira, setembro 01, 2005

Ninho de cucos (25)

[Ontem à noite, a correr atrás do gato.]

- Varaaaaandas, comprimiiiiiiiidooooooo...
Eu hoje acordei assim...


Demi Moore

... já é dia 1 de Setembro?

Seguidores

Arquivo do blogue