Eu hoje acordei assim...
Madonna
... ai que não há meio de deitarem fora a água do banho com a banheira e o bebé lá dentro, ai que afinal não está assim tanto frio, ai o que é que aconteceu aos Sopranos e ao 24, ai que o ar sexy às vezes confunde-se com um ar enjoadinho, ai se me perguntam outra vez quando é que tenho uma criança, respondo que conheço o meu Marido há pouco tempo, ai que hoje vou tirar isto tudo a limpo, ai que isto parecia mesmo uma parede almofadada...
blogue de carla hilário de almeida quevedo bombainteligente@gmail.com
terça-feira, novembro 30, 2004
segunda-feira, novembro 29, 2004
Danos colaterais?
De vez em quando, o bomba inteligente arrasa com uma escola, destrói campos de cultivo, arruina ministérios da juventude. Uma bomba, por mais inteligente que seja, não está livre de ser mal interpretada. É raro, mas acontece. O Macguffin, a propósito do meu post sobre "os vidrinhos", comenta a questão da auto-estima. E fá-lo muito bem. Com certeza nem todos os vidrinhos serão manipuladores, traidores e já não me lembro o quê mais. Não me parece mesmo que seja essa a norma. Habitualmente a falta de auto-estima leva ao sofrimento de não perceber que se é amado, gostado etc. O não-auto-estimado não percebe quando alguém gosta dele, mas essa é outra história, nomeadamente a do Macguffin. A minha cruzada é contra os não-auto-estimados que nos tramam.
P.S.: Macguffin, prepara-te para levar uma sova, no dia 5, da tua amiga.
De vez em quando, o bomba inteligente arrasa com uma escola, destrói campos de cultivo, arruina ministérios da juventude. Uma bomba, por mais inteligente que seja, não está livre de ser mal interpretada. É raro, mas acontece. O Macguffin, a propósito do meu post sobre "os vidrinhos", comenta a questão da auto-estima. E fá-lo muito bem. Com certeza nem todos os vidrinhos serão manipuladores, traidores e já não me lembro o quê mais. Não me parece mesmo que seja essa a norma. Habitualmente a falta de auto-estima leva ao sofrimento de não perceber que se é amado, gostado etc. O não-auto-estimado não percebe quando alguém gosta dele, mas essa é outra história, nomeadamente a do Macguffin. A minha cruzada é contra os não-auto-estimados que nos tramam.
P.S.: Macguffin, prepara-te para levar uma sova, no dia 5, da tua amiga.
sábado, novembro 27, 2004
Os vidrinhos
Ao longo da minha vida adulta decepcionei-me com um tipo de pessoas a que chamo "os vidrinhos". A ausência grave de auto-estima, por mim entendida e respeitada como consequência de uma vida difícil e pouco feliz, leva afinal e invariavelmente a uma incapacidade de relacionamento honesto e duradouro seja com quem for. Aprendi a desconfiar de pessoas demasiado susceptíveis, de gente que volta e meia se "magoa" com palavras insuspeitas e, sobretudo, que nunca confronta os amigos com o que sente. Sou inteiramente culpada pela decepção porque sei do que são capazes os vidrinhos da vida: de manipular, de usar, de trair, de inventar. Por saber disto, não me posso queixar. Mas posso escrever este post, coisa que os vidrolas não podem. As criaturas frágeis podem, no entanto, ir berrar para a porta do Tribunal de Monsanto (já não é na Boa-Hora, atenção!), coisa que me vejo totalmente impossibilitada de fazer.
Ao longo da minha vida adulta decepcionei-me com um tipo de pessoas a que chamo "os vidrinhos". A ausência grave de auto-estima, por mim entendida e respeitada como consequência de uma vida difícil e pouco feliz, leva afinal e invariavelmente a uma incapacidade de relacionamento honesto e duradouro seja com quem for. Aprendi a desconfiar de pessoas demasiado susceptíveis, de gente que volta e meia se "magoa" com palavras insuspeitas e, sobretudo, que nunca confronta os amigos com o que sente. Sou inteiramente culpada pela decepção porque sei do que são capazes os vidrinhos da vida: de manipular, de usar, de trair, de inventar. Por saber disto, não me posso queixar. Mas posso escrever este post, coisa que os vidrolas não podem. As criaturas frágeis podem, no entanto, ir berrar para a porta do Tribunal de Monsanto (já não é na Boa-Hora, atenção!), coisa que me vejo totalmente impossibilitada de fazer.
sexta-feira, novembro 26, 2004
quinta-feira, novembro 25, 2004
Desenterrados vivos
Ontem, na Fnac do Chiado (obviamente), descobri um exemplar de Os Gregos de Kitto e, do mesmo autor, A Tragédia Grega. A 3.ª edição do primeiro título é de 1990 (o que significa que fazem uma edição nova de 15 em 15 anos...) e há muito que não lhe punha a vista em cima. Comprei os livros a preços de Buenos Aires - sete e nove euros, respectivamente - e agora, ao olhar para as capas, penso que vivemos num país de medíocres. Ninguém se interessa por nada. Se pensarmos bem, só no ano passado tivemos uma tradução decente da Odisseia e, muito provavelmente, só daqui a dois anos teremos a da Ilíada. Ora isto é inadmissível! Somos assim obrigados a aprender inglês, alemão, francês (já nem falo de grego antigo e de latim porque me parece absurdo) para termos acesso a esses textos. Saber outras línguas é bom e será sempre uma vantagem, mas não devia ser fundamental. Saber muito bem a nossa própria língua parece-me, isso sim, essencial.
Comprei na Argentina as Obras Completas de Freud, não pelo preço irrisório (não o digo para não perturbar ninguém) mas porque não existe uma tradução portuguesa. Não haverá uma alminha que saiba bem alemão, e que se junte a outras alminhas que saibam bem alemão, bem português, com a formação adequada, e que tenham interesse em fazer o bem a algumas pobres criaturas como eu que até gostariam de ler esses textos em português? Fica o apelo.
Ontem, na Fnac do Chiado (obviamente), descobri um exemplar de Os Gregos de Kitto e, do mesmo autor, A Tragédia Grega. A 3.ª edição do primeiro título é de 1990 (o que significa que fazem uma edição nova de 15 em 15 anos...) e há muito que não lhe punha a vista em cima. Comprei os livros a preços de Buenos Aires - sete e nove euros, respectivamente - e agora, ao olhar para as capas, penso que vivemos num país de medíocres. Ninguém se interessa por nada. Se pensarmos bem, só no ano passado tivemos uma tradução decente da Odisseia e, muito provavelmente, só daqui a dois anos teremos a da Ilíada. Ora isto é inadmissível! Somos assim obrigados a aprender inglês, alemão, francês (já nem falo de grego antigo e de latim porque me parece absurdo) para termos acesso a esses textos. Saber outras línguas é bom e será sempre uma vantagem, mas não devia ser fundamental. Saber muito bem a nossa própria língua parece-me, isso sim, essencial.
Comprei na Argentina as Obras Completas de Freud, não pelo preço irrisório (não o digo para não perturbar ninguém) mas porque não existe uma tradução portuguesa. Não haverá uma alminha que saiba bem alemão, e que se junte a outras alminhas que saibam bem alemão, bem português, com a formação adequada, e que tenham interesse em fazer o bem a algumas pobres criaturas como eu que até gostariam de ler esses textos em português? Fica o apelo.
quarta-feira, novembro 24, 2004
terça-feira, novembro 23, 2004
domingo, novembro 21, 2004
Damn: logo agora que estava a gostar tanto de El túnel de Sabato, aparece isto. Felizmente, e para a salvação da minha coerência (ai de mim ser incoerente!), Borges também elogiou El túnel...
A passagem do tempo
"En realidad, siempre he pensado que no hay memoria colectiva, lo que quizá sea una forma de defensa de la especie humana. La frase "todo tiempo pasado fue mejor" no indica que antes sucedieran menos cosas malas, sino que - felizmente - la gente las echa en el olvido."
do início de El túnel, de Ernesto Sabato.
"En realidad, siempre he pensado que no hay memoria colectiva, lo que quizá sea una forma de defensa de la especie humana. La frase "todo tiempo pasado fue mejor" no indica que antes sucedieran menos cosas malas, sino que - felizmente - la gente las echa en el olvido."
do início de El túnel, de Ernesto Sabato.
sábado, novembro 20, 2004
Dia de tango: agora percebo um bocadinho melhor a profecia de Mi Buenos Aires querido. Toca a clicar na grafonola!
Mi Buenos Aires querido
Carlos Gardel e Alfredo Le Pera
Mi Buenos Aires querido
cuando yo te vuelva a ver,
no habrás más pena ni olvido.
El farolito de la calle en que nací
fue el centinela de mis promesas de amor,
bajo su quieta lucecita yo la vi
a mi pebeta, luminosa como un sol.
Hoy que la suerte quiere que te vuelva a ver,
ciudad porteña de mi único querer,
y oigo la queja
de un bandoneón,
dentro del pecho pide rienda el corazón.
Mi Buenos Aires
tierra florida
donde mi vida
terminaré.
Bajo tu amparo
no hay desengaños,
vuelan los años,
se olvida el dolor.
En caravana
los recuerdos pasan,
con una estela
dulce de emoción.
Quiero que sepas
que al evocarte,
se van las penas
de mi corazón.
La ventanita de mi calle de arrabal.
donde sonríe una muchachita en flor,
quiero de nuevo yo volver a contemplar
aquellos ojos que acarician al mirar.
En la cortada más maleva una canción
dice su ruego de coraje y de pasión,
una promesa
y un suspirar,
borró una lágrima de pena aquel cantar.
Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver,
no habrá más pena ni olvido.
Mi Buenos Aires querido
Carlos Gardel e Alfredo Le Pera
Mi Buenos Aires querido
cuando yo te vuelva a ver,
no habrás más pena ni olvido.
El farolito de la calle en que nací
fue el centinela de mis promesas de amor,
bajo su quieta lucecita yo la vi
a mi pebeta, luminosa como un sol.
Hoy que la suerte quiere que te vuelva a ver,
ciudad porteña de mi único querer,
y oigo la queja
de un bandoneón,
dentro del pecho pide rienda el corazón.
Mi Buenos Aires
tierra florida
donde mi vida
terminaré.
Bajo tu amparo
no hay desengaños,
vuelan los años,
se olvida el dolor.
En caravana
los recuerdos pasan,
con una estela
dulce de emoción.
Quiero que sepas
que al evocarte,
se van las penas
de mi corazón.
La ventanita de mi calle de arrabal.
donde sonríe una muchachita en flor,
quiero de nuevo yo volver a contemplar
aquellos ojos que acarician al mirar.
En la cortada más maleva una canción
dice su ruego de coraje y de pasión,
una promesa
y un suspirar,
borró una lágrima de pena aquel cantar.
Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver,
no habrá más pena ni olvido.
Bomba de Ouro: "nem todos os excessos são abuso", António, no texto in progress, "Isto vai-se a ver", Opiniondesmaker.
sexta-feira, novembro 19, 2004
quinta-feira, novembro 18, 2004
Ah pois é
O que gostava mesmo era de viver na Argentina. Estou cansada de uma suposta manipulação eurocêntrica que se passa em Portugal. Toda a gente quer manipular mas para quê? Com ou sem manipulação, na Argentina, há gente feliz, interessante, com projectos. E não é que querem mesmo realizá-los? Ao contrário desta Europa diletante e não falo só de Portugal. Mas sobretudo.
O que gostava mesmo era de viver na Argentina. Estou cansada de uma suposta manipulação eurocêntrica que se passa em Portugal. Toda a gente quer manipular mas para quê? Com ou sem manipulação, na Argentina, há gente feliz, interessante, com projectos. E não é que querem mesmo realizá-los? Ao contrário desta Europa diletante e não falo só de Portugal. Mas sobretudo.
quarta-feira, novembro 17, 2004
terça-feira, novembro 16, 2004
Demissão na blogosfera: o maradona demitiu-se do epíteto (obrigada) de comadre e passa a tratar-se a si próprio por fabuloso jogador de futebol. Acho bem. Até porque como comadre tem os dias contadinhos. O que não me parece bem é a mudança radical verificada no A Causa Foi Modificada e a tentativa perigosa de alterar o conceito do próprio blogue! Para o maradona, o post está agora no título que muda diariamente. Onde nos blogues decentes e de boas famílias nomeadas e anónimas encontramos posts, no do maradona temos uma fotografia, também ela sempre diferente. Ai, ganda maluco...
domingo, novembro 14, 2004
quinta-feira, novembro 11, 2004
Para uma escrita pouco acentuada (3)
Nas milongas nao se trocam palavras antes de dancar. Os cabelos das senhoras sao apanhados para nao incomodar os cavalheiros e ninguem se atreve a aparecer mal vestido (mesmo nas matinés) e com mau hálito. As caixinhas com pastilhas de menta marcam os bolsos dos senhores e enchem as carteiras das senhoras. A proximidade no tango nao permite falhas que ninguém está para aturar.
Dizem-me que as estrangeiras gostam de levar os sapatos para dancar numa bolsa e que nao andam com eles na rua, ao contrário do que acontece com as argentinas. Verifico que nao é assim: sao as mulheres mais chiques que mudam de sapatos. O ritual é belíssimo. a mulher chega com a sua bolsa de seda, senta-se numa das filas da frente (para que seja bem vista e possa ela própria ver bem), descalca os sapatinhos, tira da bolsa os especiais sapatos de tango e calca-os rapidamente. A partir desse momento, olha. E é somente com o olhar que os convites se fazem. Com miradas de parte a parte, formam-se os pares. Por exemplo: o cavalheiro olha para a senhora que, por sua vez, aceita o seu olhar baixando levemente a cabeca. Quando a música comeca, e o senhor se levanta, a senhora levanta-se também e dirige-se imediatamente ao seu par. Ora isto numa sala a abarrotar, cheia de homens e mulheres é uma coisa fantástica de se observar. "E como sabem que o olhar é para elas ou para eles e nao para quem está sentado ao lado?" perguntava a vossa representante lusa, inocente. "Sabem" foi a nao resposta. Olha, bolas para isto. A verdade é que nao assisti a nenhum engano ou mal-entendido. Por isso devem mesmo saber.
Nas milongas nao se trocam palavras antes de dancar. Os cabelos das senhoras sao apanhados para nao incomodar os cavalheiros e ninguem se atreve a aparecer mal vestido (mesmo nas matinés) e com mau hálito. As caixinhas com pastilhas de menta marcam os bolsos dos senhores e enchem as carteiras das senhoras. A proximidade no tango nao permite falhas que ninguém está para aturar.
Dizem-me que as estrangeiras gostam de levar os sapatos para dancar numa bolsa e que nao andam com eles na rua, ao contrário do que acontece com as argentinas. Verifico que nao é assim: sao as mulheres mais chiques que mudam de sapatos. O ritual é belíssimo. a mulher chega com a sua bolsa de seda, senta-se numa das filas da frente (para que seja bem vista e possa ela própria ver bem), descalca os sapatinhos, tira da bolsa os especiais sapatos de tango e calca-os rapidamente. A partir desse momento, olha. E é somente com o olhar que os convites se fazem. Com miradas de parte a parte, formam-se os pares. Por exemplo: o cavalheiro olha para a senhora que, por sua vez, aceita o seu olhar baixando levemente a cabeca. Quando a música comeca, e o senhor se levanta, a senhora levanta-se também e dirige-se imediatamente ao seu par. Ora isto numa sala a abarrotar, cheia de homens e mulheres é uma coisa fantástica de se observar. "E como sabem que o olhar é para elas ou para eles e nao para quem está sentado ao lado?" perguntava a vossa representante lusa, inocente. "Sabem" foi a nao resposta. Olha, bolas para isto. A verdade é que nao assisti a nenhum engano ou mal-entendido. Por isso devem mesmo saber.
quinta-feira, novembro 04, 2004
Eros - Nível VII
Rosa (desde lo negro)
de Lopecito
Me das todos los motivos para el olvido,
y yo sigo apagando los puchos en tu muñequita de cera...
Me estás dando mas motivos para cambiar el rumbo
y yo sigo apagando los puchos en tu muñequita de cera...
Estoy preso...
...preso...
...y no tengo novia
Estoy preso...
...preso...
...en mi memoria
Desempolvo motivación en un grito gaucho...
...carajo!!
Desempolvo una ambición que se pudra mi memoria
y cambian las cosas, sin espinas las rosas...
Rosa, rosa desde lo negro
rosa...
Rosa, rosa desde lo negro
rosa...
...no ves que el chico está enfermo.
Rompiendo corazones solo se que el mío voy a romper
No entendés? Todos pierden
Y con el corazón roto sabés lo que soy?
Soy un enfermo llevame al hospital.
Rosa, rosa desde lo negro...
...no ves que el chico está enfermo.
Rosa (desde lo negro)
de Lopecito
Me das todos los motivos para el olvido,
y yo sigo apagando los puchos en tu muñequita de cera...
Me estás dando mas motivos para cambiar el rumbo
y yo sigo apagando los puchos en tu muñequita de cera...
Estoy preso...
...preso...
...y no tengo novia
Estoy preso...
...preso...
...en mi memoria
Desempolvo motivación en un grito gaucho...
...carajo!!
Desempolvo una ambición que se pudra mi memoria
y cambian las cosas, sin espinas las rosas...
Rosa, rosa desde lo negro
rosa...
Rosa, rosa desde lo negro
rosa...
...no ves que el chico está enfermo.
Rompiendo corazones solo se que el mío voy a romper
No entendés? Todos pierden
Y con el corazón roto sabés lo que soy?
Soy un enfermo llevame al hospital.
Rosa, rosa desde lo negro...
...no ves que el chico está enfermo.
Jamaitango: Hernán López Newbery e o seu grupo Lócion Migré sao a grande promessa do novo tango em Buenos Aires. Qual Gotan Project! Qual Melingo! Qual Bajofondo Tango Club! Lopecito vai dar que falar. Esta é a minha favorita de muitas favoritas. Cliquem nos linques com os títulos das cancoes para as poderem ouvir.
Deci la verdad
El whisky es de machos
tambien lo es el virulo
que no sepan los muchachos...
... que tenes roto el cuerpo
estas hecho una miseria
que no te llame Bielsa
que no se entere nadie.
Fue la lucha, tu vida y tu elemento
llegaste muy, muy lejos
muy lejos de Sarmiento...
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
...y terminamos todos en cana ... Boludo!!
El fútbol es de machos
el hockey es de minas
el llenga es muy boludo
y el rugby es de gorilas
y vos sos una miseria
que no te llame Bielsa
que no se entere nadie.
Fue la lucha, tu vida y tu elemento
llegaste muy, muy lejos
muy lejos de Sarmiento...
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
que sos la víctima de un reality,
pará, a mi me suena mauroviality
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
y nos van a romper el orto... Boludo!!
Deci la verdad
El whisky es de machos
tambien lo es el virulo
que no sepan los muchachos...
... que tenes roto el cuerpo
estas hecho una miseria
que no te llame Bielsa
que no se entere nadie.
Fue la lucha, tu vida y tu elemento
llegaste muy, muy lejos
muy lejos de Sarmiento...
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
...y terminamos todos en cana ... Boludo!!
El fútbol es de machos
el hockey es de minas
el llenga es muy boludo
y el rugby es de gorilas
y vos sos una miseria
que no te llame Bielsa
que no se entere nadie.
Fue la lucha, tu vida y tu elemento
llegaste muy, muy lejos
muy lejos de Sarmiento...
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
que sos la víctima de un reality,
pará, a mi me suena mauroviality
Deci la verdá, deci la verdá...
Deci la verdá, deci la verdá...
y nos van a romper el orto... Boludo!!
Oportunidade de prognóstico depois do jogo: George W. Bush vai ganhar as eleicoes. (Quando apareceu o vídeo do convidado especial Bin Laden, a vossa pitonisa fardada disse: "pronto, o Bush já ganhou". Nao tinha um computador à mao e nao pude, na altura, partilhar esta minha ideia com o mundo. Paciência. Uma astróloga argentina - uma espécie de Maya cá do sítio - previu a vitória de Bush, baseada na análise do mapa astrológico, e foi insultada em directo pelos entrevistadores. A mulher acabou a pedir desculpas pela previsao e quase foi obrigada a dizer que a Astrologia nao é uma ciência exacta. Que país!)
Para uma escrita pouco acentuada (2)
Em Buenos Aires (ou Bs As, como abreviam por aqui), os ferraris e os porsches estao guardados nas garagens e os rolexes bem fechados nos cofres. Nao é hora de ostentar riqueza porque os assaltos, e sobretudo os sequestros, sao frequentes, embora nao tanto como em 2001-2002.
Apesar de um clima mais ou menos perigoso que obriga a que se mantenha um low profile no que diz respeito à exibicao de riqueza, as criancas voltam sozinhas da escola. Com fardas dos diferentes colégios, os miúdos voltam a casa lá pelas cinco da tarde, de mochila às costas, sozinhos ou com amigos. E isto já nem no meu tempo se passava. Há sem dúvida um grande apego às criancas neste país. Na Europa, mesmo no sul, as criancas sao hoje em dia vistas como um empecilho, uma carga de trabalhos. Neste país jovem e muito católico, as criancas sao amadas, respeitadas e cuidadas. O perigo, normal em qualquer grande cidade, convive com uma preocupacao em manter algumas coisas intocáveis. A relacao com as criancas parece-me ser exemplo disso.
Em Buenos Aires (ou Bs As, como abreviam por aqui), os ferraris e os porsches estao guardados nas garagens e os rolexes bem fechados nos cofres. Nao é hora de ostentar riqueza porque os assaltos, e sobretudo os sequestros, sao frequentes, embora nao tanto como em 2001-2002.
Apesar de um clima mais ou menos perigoso que obriga a que se mantenha um low profile no que diz respeito à exibicao de riqueza, as criancas voltam sozinhas da escola. Com fardas dos diferentes colégios, os miúdos voltam a casa lá pelas cinco da tarde, de mochila às costas, sozinhos ou com amigos. E isto já nem no meu tempo se passava. Há sem dúvida um grande apego às criancas neste país. Na Europa, mesmo no sul, as criancas sao hoje em dia vistas como um empecilho, uma carga de trabalhos. Neste país jovem e muito católico, as criancas sao amadas, respeitadas e cuidadas. O perigo, normal em qualquer grande cidade, convive com uma preocupacao em manter algumas coisas intocáveis. A relacao com as criancas parece-me ser exemplo disso.
quarta-feira, novembro 03, 2004
Há mais Homeros na terra: Homero Manzi (a quem o tango em baixo é dedicado), Homero Expósito, Homer Simpson...
A Homero
de Aníbal Troilo e Cátulo Castillo
Fueron años de cercos y glicinas,
de la vida en orsay, del tiempo loco.
Tu frente triste de pensar la vida
tiraba madrugadas por los ojos...
Y estaba el terraplén con todo el cielo,
la esquina del zanjón, la casa azul.
Todo se fue trepando su misterio
por los repechos de tu barrio sur.
Vamos,
vení de nuevo a las doce...
Vamos
que está esperando Barquina.
Vamos...
¿No ves que Pepe esta noche,
no ves que el viejo esta noche
no va a faltar a la cita?...
Vamos...
Total al fin nada es cierto
y estás, hermano, despierto
juntito a Discepolín...
Ya punteaba la muerte su milonga,
tu voz calló el adiós que nos dolía;
de tanto andar sobrándole a las cosas
prendido en un final, falló la vida.
Yo sé que no vendrás pero, aunque cursi,
te esperará lo mismo el paredón,
y el tres y dos de la parada inútil
y el resto fraternal de nuestro amor...
A Homero
de Aníbal Troilo e Cátulo Castillo
Fueron años de cercos y glicinas,
de la vida en orsay, del tiempo loco.
Tu frente triste de pensar la vida
tiraba madrugadas por los ojos...
Y estaba el terraplén con todo el cielo,
la esquina del zanjón, la casa azul.
Todo se fue trepando su misterio
por los repechos de tu barrio sur.
Vamos,
vení de nuevo a las doce...
Vamos
que está esperando Barquina.
Vamos...
¿No ves que Pepe esta noche,
no ves que el viejo esta noche
no va a faltar a la cita?...
Vamos...
Total al fin nada es cierto
y estás, hermano, despierto
juntito a Discepolín...
Ya punteaba la muerte su milonga,
tu voz calló el adiós que nos dolía;
de tanto andar sobrándole a las cosas
prendido en un final, falló la vida.
Yo sé que no vendrás pero, aunque cursi,
te esperará lo mismo el paredón,
y el tres y dos de la parada inútil
y el resto fraternal de nuestro amor...
Para uma escrita pouco acentuada (1)
Cigarros? Mas eu nem sequer fumo! Bom, a verdade é que pensei que fosse possível actualizar o blogue daqui de onde estou, mas o acesso à Internet nao tem sido fácil. As minhas desculpas aos leitores que encontraram o bomba inteligente inactivo durante tanto tempo, inactividade essa que nao pensem ter acabado hoje.
Pois aqui las mujeres son hermosas e los chicos seductores e muy cancheros. Aqui nasceram Bioy Casares, Roberto Artl, Adriana Varela e a superbomba Natalia Fassi (a namorada do jogador do Boca Juniors, Carlos Tevez e motivo de inveja selvagem por parte da imprensa argentina em particular e do povo em geral). Aqui nasceu Jorge Luis Borges. Es un pais que me encanta. Sempre que vou almocar ao Munich digo "era uma dupla residência, por favor". Pode ser que um dia pegue.
Cigarros? Mas eu nem sequer fumo! Bom, a verdade é que pensei que fosse possível actualizar o blogue daqui de onde estou, mas o acesso à Internet nao tem sido fácil. As minhas desculpas aos leitores que encontraram o bomba inteligente inactivo durante tanto tempo, inactividade essa que nao pensem ter acabado hoje.
Pois aqui las mujeres son hermosas e los chicos seductores e muy cancheros. Aqui nasceram Bioy Casares, Roberto Artl, Adriana Varela e a superbomba Natalia Fassi (a namorada do jogador do Boca Juniors, Carlos Tevez e motivo de inveja selvagem por parte da imprensa argentina em particular e do povo em geral). Aqui nasceu Jorge Luis Borges. Es un pais que me encanta. Sempre que vou almocar ao Munich digo "era uma dupla residência, por favor". Pode ser que um dia pegue.
Subscrever:
Mensagens (Atom)